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AS QUALIDADES DO PROFISSIONAL DE SUCESSO NA ÁREA CONTÁBIL

Por:   •  7/6/2018  •  4.876 Palavras (20 Páginas)  •  343 Visualizações

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Com crescimento do capitalismo, houve algumas modificações no processo de produção, e consequentemente, houve também a necessidade de mudar a forma de contabilizar os fatos, pois novos elementos foram se inserindo, como a contratação de pessoal com salários a receber, fazendo necessário, um aperfeiçoamento nas anotações contábeis.

A contabilidade moderna teve início em 1494 até 1840, com o surgimento da Obra “La Contabilità Applicattaall e Amministrazioni Private e Pubbliche” (A Contabilidade Aplicada e Administração Privada e Publica) de Francesco Villa (1840). A obra foi desenvolvida para participar de um concurso a respeito de contabilidade e obteve sucesso, pois foi premiada pelo governo da Áustria obtendo seu marco na história da Contabilidade. Para Francesco Villa (1840), contador e professor de contabilidade italiano, as escriturações contábeis poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente, bastaria conhecer o patrimônio, surgindo assim, o pensamento patrimonialista e a Contabilidade Científica.

Devido aos grandes fatos ocorridos neste período, dentre eles pode-se citar a descoberta da América, em específico o descobrimento do Brasil no ano de 1500, houve necessidade de se aprimorar e utilizar ainda mais a contabilidade. Diante disso, foram se desenvolvendo mais escritas contábeis, de forma que pudessem obter um controle de riquezas adquiridas neste mundo moderno que se iniciava. Porém, no século XVII ainda existia uma certa confusão em relação a administração de bens com a contabilização dos mesmos, conforme o trecho abaixo.

Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo postulados jurídicos (Portal da Contabilidade, 2015)

Por fim, a Contabilidade Científica inicia-se em 1840 e permanece até os dias atuais. Neste período, surge o Patrimônio como objeto da contabilidade, ou seja, um direito, segundo os jurídicos da época. Também chega-se à conclusão que contabilidade não é simplesmente registro e sim um instrumento básico de gestão, de administração, um apanhando de informações para tomada de decisões de diversos usuários, de forma a obter uma melhor e mais segura forma de controle de patrimônio. Após anos de grande influência italiana na contabilidade, inicia-se em 1920 um novo período da contabilidade, a predominância a partir de agora seria norte americana.

No Brasil, conforme o Portal da Educação (2015) surgiu no ano de 1870 o primeiro decreto que regulamenta a profissão contábil, conhecido como o Decreto Imperial nº 4.475. Logo, a profissão de Guarda-Livros é avaliada como a primeira ocupação liberal regulamentada no Brasil. A princípio o profissional contábil no Brasil, recebeu o nome de guarda-livros, para ser reconhecido como profissional era necessário ter em seu currículo o curso de comércio, e conhecimentos da língua portuguesa. Os Italianos contribuíram muito com a contabilidade no Brasil, acredita-se que a primeira escola especializada no ensino contábil foi a Escola de Comércio Alves Penteado, em 1902.

De acordo com Stein (2015, p.15), “A contabilidade de antigamente era baseada na forma jurídica, no documento fiscal, diferente dos dias atuais, em que prevalece a essência do fato ocorrido sobre a forma”.

Em 1946 através da USP (Universidade de São Paulo), foi criado o primeiro curso de Ciências Contábeis e Atuarias.

“Ficam criados o Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade, de acordo com o que preceitua o presente Decreto-lei” (ART. 1º DECRETO-LEI 9.295/46).

Tais conselhos são responsáveis pela fiscalização da profissão contábil, exercida pelos profissionais habilitados como contadores e técnicos em contabilidade.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) com sede em Brasília é responsável em supervisionar os 27 Conselhos Regionais de Contabilidade, editar as normas brasileiras de contabilidade, o código de ética da profissão, responsável pelos valores aplicados em taxas e multas, anuidades, dentre outros.

O Conselho Regional de Contabilidade (CRC) realiza toda a fiscalização no que diz respeito aos contadores e técnicos em contabilidade. Tem como dever, dentre outros, orientar, informar e punir, sendo uma ponte entre profissionais da contabilidade e órgãos municipais, estaduais e federais, com o intuito de mantê-los sempre atualizados quanto às mudanças na legislação tributária, econômica, etc. O CRC oferece também grandes quantidades de cursos, palestras e eventos com profissionais especializados em diversas áreas da contabilidade. Segundo Batista (2012, p.5), ex-presidente do CRC-GO, “Trabalhamos em busca da sintonia com os interesses e anseios dos profissionais da contabilidade”.

3. Desafios e perspectivas na busca pelo sucesso profissional

Após a conclusão do bacharelado em Ciências Contábeis, o recém formado dispõe do diploma, mas ainda não do Certificado que o autoriza a prestar os serviços como Contador, surgindo aí seu primeiro desafio, diante disso José Dutra de Oliveira Neto em seu artigo sobre o retorno do exame de suficiência do CFC diz que é necessário conseguir a aprovação na prova do CRC. Esse exame traz uma segurança a todos na sociedade, já que o Órgão tem o intuito de disponibilizar no mercado, profissionais que deverão ter condições para exercer suas funções de acordo com as exigências deferidas ao ramo.

“Apesar de contar com 412 mil profissionais registrados no Conselho Federal de Contabilidade- CFC, a área de ciências contábeis vive hoje um desafio: a falta de mão de obra qualificada no país” (PELLEGRINO, 2010, p.25). Mesmo com a quantia elevada de formados, o número é insuficiente para atender as necessidade das 5 milhões de empresas existentes no Brasil.

De acordo com Maria Thereza Pompa Antunes, na publicação do seu artigo, A adoção no Brasil das normas internacionais de contabilidade IFRS: o processo e seus impactos na qualidade da informação contábil, na revista de economia & relações internacionais, a contabilidade brasileira segue as regras da Internacional Financial Reporting Standards-IFRS, fazendo uma exigência pela profissionalização, haja vista que no Brasil, as empresas valorizam mais o departamento financeiro, deixando de lado a designação da área de controle de gastos. O bom profissional contábil está cada vez mais escasso no mercado, com isso, o contador Souto (2012), defende

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