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A Tomada de Decisões

Por:   •  2/6/2018  •  1.690 Palavras (7 Páginas)  •  300 Visualizações

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Teorias Não Racionais[editar | editar código-fonte]

Por não exemplificarem, de maneira realista, os processos cognitivos de um decisor, as teorias racionais foram julgadas na segunda metade do século vinte, culminando com o aparecimento das chamadas teorias não racionais. Hebert Simon, propôs o que viria a ser uma das principais teorias não racionais – Teoria da Racionalidade Limitada (bounded rationality) - como uma alternativa ao modelo rígido de tomada de decisão proposto pelas teorias racionais [3][1].

Segundo este conceito, o nosso raciocínio é limitado pela capacidade cognitiva da nossa mente. Sob um ponto de vista biológico e funcional, somos incapazes de encontrar e processar toda a informação inerente e necessária a uma tomada de decisão racional. Numa perspectiva mais natural e real, o decisor tem tempo, conhecimento e atenção limitados e por isso o processo cognitivo de procura de informação é muito escasso, influenciando grandemente as suas decisões [3][1].

Para além das limitações da mente humana, Simon acrescente que as nossas decisões são fortemente influenciadas pelo ambiente que nos rodeia, o que chama de racionalidade ecológica (racionalidade que é definida pela sua integração com a realidade). Os processos cognitivos que utilizamos para resolver determinada decisão tem que ser coerentes com a estrutura do ambiente no qual a decisão está a ser tomada. É necessário haver um match entre a estrutura do ambiente e a escolha da heurística que se utiliza para resolver a incerteza da decisão [3][1].

Heurísticas são processos cognitivos empregues em decisões não racionais, sendo definidas como estratégias que ignoram parte da informação com o objectivo de tornar a escolha mais fácil e rápida [4]. Heurísticas Rápidas e Frugais (fast and frugal heuristics) correspondem a um conjunto de heurísticas propostas por Gigerenzer e que empregam tempo, conhecimento e computação mínimos para fazer escolhas adaptativas em ambientes reais [3].

Dois sistemas no cérebro[editar | editar código-fonte]

Sistema 1 [editar | editar código-fonte]

Refere-se ao sistema intuitivo, cujo processamento da informação é rápido, ou seja, automático e paralelo. É associativo, emotivo, controlado pelos hábitos e, por isso, difícil de controlar, depende do acesso a memórias de longo prazo, além de ser um sistema ambíguo.[5]

Sistema 2[editar | editar código-fonte]

Refere-se ao sistema deliberativo, cujo processamento da informação, ao contrário do sistema 1, é lento, ou seja, requer maior esforço e é voluntário, sequencial, monitorizado, monitoriza as decisões do sistema 1, sobrepondo-se a este, o que exige redução da consciência e maior gasto de energia e é baseado em regras. [5]

Contribuição dos dois sistemas no comportamento humano[editar | editar código-fonte]

A distinção entre o sistema intuitivo e o sistema deliberativo ajuda a explicar os diversos domínios tais como, a Razão, a Categorização, a Tomada de decisão, julgamentos morais, resolução de problemas, entre outros.

No que refere às decisões intuitivas, estas exigem pouca reflexão, sendo baseadas em experiências passadas, bem como no pensamento hipotético, ou seja, modelos mentais ou simulações de futuras possibilidades.

Desde sempre que a sociedade tem tendência em promover a racionalização de decisões. Contudo, esta tendência de deliberação pode conduzir a piores decisões do que a intuição, uma vez que nesta última as opções disponíveis estão relacionadas com informação familiar, enquanto que a deliberação tem de ter em conta todos os cenários e resultados possíveis, algo que exige muito tempo e na vida real não temos, sendo, por isso, o pensamento racional limitado. Apesar disso, o sistema deliberativo é importante, na medida em que é necessário aprender por experiência como evitar desastres, embora seja impossível ser 100% racional em todos os pequenos aspetos do dia-a-dia, pois levaria a um imenso gasto de energia e, por conseguinte, à exaustão. [5]

Correlações neuronais[editar | editar código-fonte]

Em termos neuronais, o sistema intuitivo está correlacionado com os núcleos da base, amígdala, córtex temporal lateral. Por outro lado, o sistema deliberativo está correlacionado com o córtex cingulado anterior, Córtex pré-frontal dorsolateral. De acordo com o Modelo Paralelo Competitivo de Evans ambos os sistemas 1 e 2 processam a informação em paralelo e qualquer conflito é resolvido após ambos os processos gerarem potenciais respostas e, neste caso, o cerebelo e o lobo frontal médio estão correlacionados com ambos.[5] Damásio sugere que as emoções influenciam nas decisões de forma independente da razão, uma vez que emoções como a inveja e arrependimento, estão relacionadas com o pensamento deliberativo, enquanto que emoções como o medo e o desgosto são mais imediatos e automáticos. E, portanto, as decisões emotivas podem ser o resultado de um processo cognitivo ou um conjunto comum de processos. Daí que, não há um sistema específico relacionado com as emoções, pois ambos estão.[5]

Tomada de Decisão na Administração[editar | editar código-fonte]

Na administração, a tomada de decisão é o processo cognitivo pelo qual se escolhe um plano de ação dentre vários outros (baseados em variados cenários, ambientes, análises e fatores) para uma situação-problema. Todo processo decisório produz uma escolha final. A saída pode ser uma ação ou uma opinião de escolha. Ou seja, a tomada de decisão refere-se ao processo de escolher o caminho mais adequado à empresa, em uma determinada circunstância.

- Nível de importância dentro da organização:

- Altamente importantes;

- Importantes;

- Medianamente importantes;

- Pouco importantes;

- Não importantes.

- Estruturação:

- Estruturadas;

- Não-estruturadas.

- Previsibilidade:

- Rotineiras ou cíclicas;

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