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A Origem

Por:   •  28/9/2018  •  1.379 Palavras (6 Páginas)  •  253 Visualizações

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Quando o dinheiro era comida, você podia plantá-lo ou criá-lo na forma de gado. Quando era sal,

dava para filtrar o cloreto de sódio a partir da água do mar. Quando eram peças simples de ouro e

prata, tinha como ir minerar para conseguir mais. Mas o ponto é que agora existia uma moeda

corrente controlada pelo governo. Isso, de cara, aumenta a confiança das pessoas na hora de fazer

negócios. Se você não precisa nem de uma balança, nem de nada, fica bem mais fácil comprar e

vender. No meio de todas essas aparentes vantagens, pode acontecer a desvalorização do valor do

dinheiro, uma vez que ele estaria de fácil acesso a todos, e se lembrarmos o que o autor disse no

início do capítulo, para ser dinheiro, não pode ser abundante, tem que ser raro, algo que todos

desejem.

CAPÍTULO 12

O DIA EM

QUE A TERRA

PAROU

O capítulo trata do que ocorreu com o mercado mundial, que foi abalado com a crise imobiliária nos

EUA, em 2008. O autor mostra como uma jogada econômica afeta o mundo e com isso gera o

maior caos econômico visto desde a grande depressão.

No início do séc. XXI. Os bancos americanos desenvolveram um sistema lucrativo, Como dito pelo

autor, “os bancos americanos tinham descoberto como plantar dinheiro” e fizeram isso, fazendo

empréstimos, e de um jeito que lucravam sem correr riscos. Os bancos emprestavam dinheiro,

porém a divida que tinha para receber dos empréstimos, o banco dividia em vários títulos e vendia

essa dívida para vários investidores no mercado financeiro. E assim o banco cobria o valor do

empréstimo e ainda gerava lucro para o banco, dessa forma se livrando dos riscos de um futuro

calote. Sendo assim, o investidor que comprava a divida com intenção de receber o valor devido ao

banco pelo credor, sofrendo no lugar do banco os riscos de calote. Porém, tinha a garantia de títulos

de hipoteca (CDOs). No caso a garantia era o imóvel, que serve para garantir o empréstimo em caso

de calote.

Com o lucro sendo garantidos para os bancos, estes facilitaram os empréstimos para financiamento

imobiliário. Pessoas que não tinham renda suficiente para obter financiamento imobiliário se viram

conseguindo seus empréstimos sem fazer força, nem ter de apresentar bateladas de documentos

comprovando que eram boas pagadoras. No EUA e outros países ricos a maioria da população era

dona do próprio teto, assim a procura cada vez mais aumentava, enquanto as construções de novas

casas nem mesmo acompanhava a demanda, fazendo os preços subirem, isso, porém, não fez a

procura diminuir, na verdade impulsionou ainda mais as buscas, já que a valorização rápida dos

imóveis fazia-se um investimento atrativo para muitos. Vendo assim como lucro garantido, muitos

estavam até hipotecando suas casas e comprando de volta do banco na mesma hora, dessa forma

lucrando no futuro e embolsando o dinheiro da venda. Esse lucro, as pessoas podiam ter muito mais

dinheiro e comprar outras coisas, e assim o mercado foi impulsionado em diversas áreas em todos

os cantos do planeta, sendo um combustível para a economia.

Mas tudo tem um fim, o que mantinha esse crescimento era o valor imobiliário, A ideia de que o

valor delas aumentaria para sempre, mas essa ideia teve um fim. Depois de um ano ou dois o preço

de mercado do imóvel já era maior que o da hipoteca original, então valia a pena para um Banco

fazer o empréstimo para o sujeito quitar essa dívida. A casa, agora valorizada, estava lá para servir

de garantia, como sempre. E uma hora o número de casas construídas ficou maior que a demanda

por elas. Uma pequena queda inicial no valor dos imóveis tornou os refinanciamentos impossíveis.

Nenhuma instituição financeira queria bancar a quitação de uma hipoteca quando o valor da

garantia, o da casa, já não era maior que o do refinanciamento. E aí não teve jeito, os bancos

correram para leiloar as casas e escapar do prejuízo. Só que muitos bancos fizeram isso ao mesmo

tempo. A quantidade de casas no mercado foi lá para cima, e o preço, agora, lá para baixo. Do

mesmo jeito que o excesso de financiamentos inflou os preços, a quantidade cada vez maior de

imóveis indo a leilão alimentou a baixa, e os preços não pararam de cair. O mercado entrou em

pânico. No fim das contas, ninguém sabia ao certo se os títulos que tinham na mão

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