O Meio agrícola representa atualmente uma contradição entre o uso de tecnologia
Por: marcioengenheiro • 5/2/2018 • Trabalho acadêmico • 1.168 Palavras (5 Páginas) • 556 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O meio agrícola representa atualmente uma contradição entre o uso de tecnologia, que é algo que remete ao moderno, e a falta de conhecimento, preparo e condutas que levem ao melhor uso das tecnologias. Fato é que as raízes desse uso não devidamente correto do maquinário que hoje é empregado no meio rural e florestal apesar de gerar uma produtividade bem ampliada, se comparada com a dos meios produtivos mais tradicionais, também gera uma série de conseqüências danosas para pessoas que convivam com essa mecanização ou, por uma eventualidade, se coloquem sobre o risco de receber sobre si algum efeito negativo dos equipamentos.
Segundo a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) os dados do agronegócio em 2017 o colocam como detentor de 23% do PIB do país, o que por si só já é uma forçante para aumento dos investimentos nessa área e o estimulo é ainda maior frente a retração da produção industrial, que nesse mesmo ano ficou em torno de 5,0%. Soma-se a esse cenário favorável ao agronegócio o fato dele ser dono da monta de 40% das exportações do país, o que pode ser traduzido como um escape para crises do mercado interno. Tudo isso torna o mercado agrícola atraente e o pressiona para cada vez mais suas fronteiras e potencialidades de produção sejam extrapoladas. E isso apenas pode ser atingido superando o gargalo tecnológico, mecanizando o campo. A força braçal, que já foi símbolo do trabalho no campo, hoje a cada dia é substituída pela força das maquinas. Aliás, pela força, velocidade, flexibilidade, praticidade entre outras características que a mecanização possibilita.
Entretanto a maquina, apesar de todas as vantagens que ela trás consigo, também trás demandas e características desumanizadas. Algo que no meio industrial acontece desde o século XVIII, no meio rural está sendo mais visualizado agora. Pois a maquina deve respeitar a fragilidade humana sendo ela física, psicológica ou temporal. Porém, toda uma conjuntura do meio agrícola-florestal permitiram e permitem a introdução dessas tecnologias em desacordo com a condição dos trabalhadores e sem que isso tenha maiores conseqüências devido a subnotificações de casos de acidentes que não expõe a realidade de forma a gerar impacto em autoridades e na sociedade em geral. Segundo Márquez (1986) o uso mais acentuado de maquinário elevou consideravelmente os riscos que laborais de atividades agrícolas relacionadas, e o autor ainda diz que mais 60% dos acidentes de trabalho no meio rural são decorrentes da mecanização agrícola.
2. VANTAGENS E DESVANTAGENS E RELAÇÃO A OUTROS AMBIENTES DE TRABALHO, E AS NORMAS QUE TRATAM DO ASSUNTO
O ambiente agrícola por sua natureza é mais estável se comparado ao urbano, mesmo com a maior instabilidade e cobranças por resultados que a mecanização e outras tecnologias trouxeram. Não é raro uma vida toda trabalhando para um único patrão, ao mesmo tempo em que os filhos seguem o mesmo caminho, não é comum mudanças na estrutura e infra-estrutura das cidades menores entre outras características que no campo resistem mais ao tempo. E isso exclui muitas pressões presentes nas cidades e nos ambientes industriais. Entretanto a de se fazer um contra ponto justo. O ambiente industrial e das cidades, apesar das suas cargas de estresse inerentes, são ambientes mais controlados e com maior suporte de saúde para o trabalhador. Em cidades facilmente se acham vários psicólogos, médicos, fisioterapeutas, enfermeiros das mais variadas especialidades, particularmente aqueles que participam diretamente das ações em prol da saúde e segurança do trabalhador. As cidades e indústrias já têm a presença enraizada dos técnicos e engenheiros de segurança do trabalho. Além do que as normas reguladoras em sua grande parte são voltadas para esse ambiente urbano industrial.
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