Teorias Administrativas

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Com uma releitura da Teoria Clássica, Peter Ferdinand Drucker formulou a Teoria Neoclássica, que propunha uma administração cuja organização apresentasse aspectos informais e formais com o colaborador visto como quem deve agir de maneira racional e social para atingir os objetivos. Essa teoria destaca as funções do administrador, que são: Planejar para alcançar os objetivos; organizar as atividades para realizar o planejamento; dirigir as pessoas para que alcancem os objetivos indicados pelo planejamento; e por último controlar para assegurar que todas as outras funções sejam executadas.

Na década de 40, a Teoria Burocrática da Administração surge para orientar o trabalho do administrador, baseada nos estudos de Max Weber, visando uma administração racional, formal, rígida, dotada de normas e métodos que induzam ao pleno alcance dos objetivos. A teoria Burocrática aprova um sistema hierárquico, impessoalidade nas relações, dificultando a comunicação, especialização de funcionários, oposição ás mudanças entre outros.

Focando no Homem Organizacional, o indivíduo moderno que realiza em várias organizações funções diferente, a Teoria Estruturalista surgiu como uma mescla das Teorias das Relações Humanas e Burocrática, onde a organização passa a ser analisada de maneira a considerar o ambiente externo a qual está inserida. Um aspecto muito forte da Teoria Estruturalista é o reconhecimento de que os conflitos não apresentam uma ameaça à organização e sim de que ele gera a inovação, sendo ele a expressão de que algo na organização deve ser mudado para ocorrência de melhorias.

Hebert Alexander Simon, em meados de 1947, permite através de seus livros, a introdução da Teoria Comportamental da Administração, enfatizada neste artigo, que se fundamenta no comportamento humano dentro do ambiente organizacional, relata que o homem tem necessidades a serem supridas para estar apto a cumprir suas obrigações com desempenho e satisfação. A Teoria Comportamental defende a precisão de motivação ao trabalhador para o equilíbrio da organização.

Por volta de 1962, surge a Teoria do Desenvolvimento Organizacional, que prega a necessidade de mudanças no modo e no clima da organização para melhores rendimentos, para isso a organização deve ser capaz de adaptar-se ás diferentes exigências e mudanças tanto no meio externo ou interno da empresa, deve possuir também senso de identidade tanto da organização quanto dos empregados, deve ter a concepção da realidade do ambiente que se encontra, e por último é indispensável à empresa ser integrada, com todos os membros cooperando para o desenvolvimento da organização.

Também chamada de Pesquisa Operacional, a Teoria Matemática da Administração faz uso da Matemática para a tomada de decisões quantitativas. Trata-se de uma Teoria ligada a exatidão nas decisões da organização diminuindo os erros e aumentando as chances de êxito nas operações organizacionais.

O biólogo Ludwig Von Bertalanffy, formula a Teoria dos Sistemas da Administração, em meados da década de 1960, onde as organizações são abordadas como sistemas abertos, considerando fatores internos e o ambiente que elas compõem, mostrando várias vertentes de uma organização, tem a visão do Homem Funcional, que exerce papéis na organização, devendo relacionar-se com os outros indivíduos, conduzindo suas expectativas e integrando-se nos novos papéis que lhe são concedidos.

Enxergando a administração como dependente de fatores e circunstâncias diversas, que devem ser administrados através de diagnósticos situacionais, a abordagem contingencial mostra que o ambiente influencia os comportamentos e também a estrutura da organização, enfatizando novamente que a organização não deve ser vista como imutável, a tecnologia também influencia as características da organização, proporciona formas de alcance do objetivo.

Como dito por Chiavenato:

Na realidade, cada teoria administrativa surgiu como uma resposta aos problemas empresariais mais relevantes em sua época. E, nesse caso, todas elas foram bem-sucedidas ao apresentarem soluções específicas para tais problemas. De certo modo, todas as teorias administrativas são aplicáveis às situações atuais e o administrador precisa conhecê-las bem para ter à sua disposição um naipe de alternativas adequadas para a situação. (CHIAVENATO, 2003, pág.12).

Assim, todas as Teorias da Administração foram criadas para solucionarem problemas de sua época, e é a partir delas que conseguimos analisar os problemas ocorrentes nas organizações mais antigas e as formas que foram aplicadas na intenção de solucioná-los. Essas teorias são aplicáveis hoje, basta serem adaptadas para cada particularidade, pois mesmo com intenções e estudos nas organizações passadas, temos na atualidade problemas que necessitam de soluções, são modelos que resultam em caminhos e inspirações para exercer de forma correta a administração e condução das empresas.

- Abordagem e Teoria Comportamental

A Abordagem Comportamental começou a surgir em meados da década de 1940. Nos Estados Unidos novos pensamentos e métodos de administrar, trazendo na sua essência uma visão fundada no comportamento humano. Esta abordagem marca a ciência do comportamento como solução para os problemas enfrentados nas organizações. O estudo do comportamento dentro das teorias estudadas na área da Administração recebe principalmente forte influência da Psicologia Organizacional.

Desta forma, Chiavenato discorre:

Os autores behavioristas verificaram que o administrador precisa conhecer as necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações. (Chiavenato, 2003, pág.329)

O Comportamento faz parte do ser humano e é a maneira que ele reage em suas ações ou atitudes com influência do meio ambiente e seus estímulos onde se encontra inserido. Com o advento da Abordagem Comportamental surgiu a ênfase nas pessoas para o processo e comportamento organizacional. Esta abordagem subdivide-se em: Teoria Comportamental da Administração e Teoria do Desenvolvimento Organizacional.

A Teoria Comportamental critica a Teoria das Relações Humanas, como por exemplo, o modelo de máquina que representava a organização como um todo. Porém é dela que são tirados alguns desdobramentos, conceitos e fundamentos como pontos iniciais de estudos. O marco inicial da Teoria Comportamental