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Teoria Geral de Sistemas

Por:   •  17/6/2018  •  4.445 Palavras (18 Páginas)  •  500 Visualizações

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2 METODOLOGIA

Neste estudo, o método utilizado é a base dedutiva (ZANELLA, 2014), já que parte da teoria geral da Administração para obter e analisar os dados coletados específicos. Lakatos e Marconi (2009, p. 91) explicam que o método dedutivo “parte das teorias e leis e na maioria das vezes prediz a ocorrência dos fenômenos particulares”. O estudo configura-se, também, como um estudo de caso e Marconi e Lakatos (2009) também o chamam de monográfico. Isso porque se analisam as percepções de como funciona um determinado sistema de uma empresa de tecnologia, após identifica-se um subsistema específico e observa-se qual é a deficiência que poderá ter um novo formato através de ideias mais inovadoras.

A obtenção das informações foi realizada por meio de visitas in loco, entrevistas com o Coordenador da Área de Produtos, e também através de informações obtidas pelo site da empresa. A análise das informações foi qualitativa, ou seja, descritiva-interpretativa.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao pararmos para pensar a respeito da administração e das organizações, percebemos que há uma complexidade, onde tudo depende de tudo. Então nos perguntamos: como lidar com essa complexidade? Conforme Maximiano (2011), complexidade é a condição normal que as organizações e os administradores devem enfrentar, e que quanto maior é o problema e as variáveis, mais complexa é a situação. No entanto, são as limitações das pessoas, e o entendimento dos fatos, que fazem com que elas tratem os problemas complexos como se fossem simples, e correm o risco de ver agravarem os problemas e se tornando mais difíceis de resolver.

A Teoria Geral dos Sistemas (TGS) apresenta-se como uma forma de organização de sistemas complexos que podem ser representados como uma base para a unificação dos conhecimentos científicos nas últimas décadas. Bertalanffy (1975) utilizou este conceito para descrever as características principais das organizações como sistemas pouco antes da Segunda Guerra Mundial, antes mesmo da criação da cibernética, da engenharia de sistemas e outros campos afins. A Teoria Geral dos Sistemas tem por objetivo identificar as propriedades, princípios e leis característicos dos sistemas, em geral, independentemente do tipo de cada um, da natureza de seus elementos componentes e das relações entre eles.

A Teoria Geral dos Sistemas é interdisciplinar, isto é, pode ser utilizada para fenômenos investigados nos diversos ramos tradicionais da pesquisa cientifica. Muitos estudiosos procuram aplicar a TGS a seus diversos campos. No caso particular das Ciências Sociais, o modelo de sistema aberto tem revelado potencialidades, quer pela sua abrangência, quer por sua flexibilidade, onde cada sistema existe dentro de um meio ambiente constituído por outros sistemas (CHIAVENATTO, 2004). Assim como também no campo da psicologia, da economia, da ciência política e da sociologia, através de grandes estudiosos. A figura 1 apresenta esta integração da TGS as ciências, e que segundo os pressupostos de Bertalanffy, é uma tendência que leva a uma integração necessária a educação científica.

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Figura 1 –Teoria Geral dos Sistemas

Fonte: Teoria Geral da Administração. Motta & Vasconcelos, 2006

O ponto de partida do enfoque sistêmico é a ideia de sistemas. Para Maximiano (2011), sistema é um todo complexo ou organizado. Um conjunto de partes que interagem e funcionam como todo é um sistema. Nos estudos de Chiavenatto (2004), a palavra sistema denota um conjunto de elementos interdependes e interagentes ou um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado. Ou seja, um conjunto de coisas ou partes formando um todo unitário, cuja reciprocidade das partes corresponde busca soluções para problemas mais ou menos complexos.

Os sistemas podem ser representados como conjunto de elementos ou componentes interdependentes, que se organizam em três partes: entradas, processo, e saída. As entradas e saídas tem a função de fazer o sistema interagir com os outros sistemas, que formam o ambiente. As entradas compreendem os elementos ou recursos físicos ou abstratos, incluindo todas as influências e recursos recebidos do meio ambiente. O processo define a natureza do sistema, a natureza das relações entre as partes, e não apenas as partes, que são muito similares em todos os sistemas (MAXIMIANO, 2011). As saídas são os resultados do sistema, os que o sistema pretende atingir ou o que realmente atinge. Ocorrem também saídas específicas, pois cada sistema é formado de subsistemas.

SISTEMA - TRANSFORMAÇÃO

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AMBIENTE

Figura 2: Uma empresa é um sistema composto de vários subsistemas

Fonte: Autores do trabalho

Um parâmetro do sistema é o “ambiente”. O ambiente é o meio que envolve externamente o sistema. Um sistema aberto recebe suas entradas do ambiente, processa e efetua as saídas no ambiente, de tal forma que existe entre ambos – sistema e ambiente – uma constante interação. O ambiente serve como fonte de energia, materiais, e informação ao sistema. Pelo fato do ambiente estar constantemente em mudança, deve ocorrer um contínuo processo de adaptação do sistema de forma dinâmica. O modelo de sistema aberto é um complexo de elementos em interação e intercâmbio contínuo com o ambiente. (Chiavenatto, 2004).

Por sua vez, Oliveira (2015) afirma que os sistemas abertos são regulados, procuram atingir metas e, portanto, são intencionais, possuindo uma finalidade objetiva. Desse modo, a organização, mesmo sem estímulos externos, não é um sistema passivo, mas um sistema intrinsecamente ativo. E como uma organização naturalmente se mantém em desequilíbrio, chamado de estado constante de um sistema aberto, é capaz de liberar potenciais ou tensões existentes em resposta a estímulos libertadores. Um estímulo, isto é, uma alteração nas condições externas, não causa um processo em um sistema autonomamente ativo.

Outro mecanismo essencial e pertencente à organização é a comunicação. Quando

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