SUSTENTABILIDADE EM TEMPOS DE CRISE

...

- Economia Criativa

Atualmente, surgiram novas tecnologias, que têm como base a criatividade dos desenvolvedores, aproveitando as oportunidades geradas pela globalização. Estas tecnologias envolvem um novo setor: Economia Criativa.

Definição: a Economia Criativa é o setor econômico constituído pelas Indústrias Criativas, ou seja, conjunto das atividades econômicas relacionadas à produção e distribuição de bens e serviços criados através do uso das habilidades e criatividade de grupos ou indivíduos específicos como principais insumos.

O Ministério da Cultura (2011) define a Economia Criativa Brasileira como “os setores criativos são aqueles cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato criativo gerador de um produto, bem ou serviço, cuja dimensão simbólica é determinante do seu valor, resultando em produção de riqueza cultural, econômica e social.”

- Princípios norteadores da Economia Criativa

[pic 1]

Figura 1 A economia criativa brasileira e seus princípios norteadores

Diversidade Cultural: é um dos princípios norteadores pelo fato da Economia Criativa ter como base a criatividade originada através da vasta criatividade que existe no país, mantendo as raízes.

Sustentabilidade: é preciso avaliar como é desejado o desenvolvimento, pois, mesmo que gere ganhos significativos, as atividades de desenvolvimento não podem prejudicar as condições de vida do planeta.

Inovação: para a Inovação, é preciso o conhecimento, identificação e o reconhecimento de oportunidades, escolher as melhores opções, a capacidade de empreendimento e assumir riscos, olhar crítico e pensamento estratégico. Atualmente, inovar não está relacionado a crescimento econômico de forma quantitativa, mas sim de aperfeiçoar o que já existe, identificando soluções aplicáveis.

Inclusão Social: é necessário desenvolver e implementar projetos que ajudem a criar ambientes favoráveis ao desenvolvimento da criatividade, promovendo a inclusão produtiva da população, através da formação e qualificação profissional e d geração e oportunidades de geração de renda.

ANÁLISE DE CASO

Com base nas definições descritas no capítulo anterior, é possível relacionar a Sustentabilidade com a Economia Criativa uma vez que esta tem o desenvolvimento sustentável como princípio norteador.

A solução para as empresas serem mais sustentáveis está na Economia Criativa, com a oportunidade de desenvolver novas formas de obter seus produtos, investindo em algo inovador. Em tempos de crise como o vivido atualmente pelo Brasil, é preciso investimento, principalmente nas novas tecnologias, pois, elas possibilitam a redução de custos, desenvolvimento e aperfeiçoamento de pessoal e, principalmente, fazem com que os agentes econômicos girem a economia.

Como exemplo de ação sustentável, a empresa Steel Química Engenharia desenvolveu uma nova forma de pré-tratamento de metais para pintura. O processo de Fosfatização Orgânica é feito através de taques ecológicos, que diminuem a eliminação de efluentes e a redução de custos energéticos. A empresa é pioneira no projeto e já desenvolveu sua linha de tanques ECO, que atendem à norma ISO 14.000.

Com uma solução sustentável como a elaborada pela Steel Química, as empresas que realizam o processo de fosfatização podem investir na nova tecnologia. Há empresas que terceirizam este processo, devido às implicações ambientais. Estas podem adotar o projeto da Steel Química, investindo em um novo maquinário, reduzindo os custos com terceiros (logística, custos com retrabalhos, etc) e garantindo um novo conceito aos consumidores, mostrando que a empresa está disposta a colaborar com o ambiente.

CONCLUSÃO

Neste trabalho, foi exposto ao leitor as definições de Sustentabilidade e Economia Criativa, baseadas em obras de autores conceituados.

Com o intuito de responder à questão “como ser sustentável e econômico ao mesmo tempo?”, os dois temas expostos são correlacionados e é demonstrado que é possível sim, através da Economia Criativa.

Com o exemplo citado da Steel Química, pode-se concluir que as novas tecnologias que vem surgindo com base nas habilidades e criatividade humanas, é possível ajudar o planeta, investir em tecnologia de primeira e ainda economizar, reduzindo custos e processos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- MINISTÉRIO DA CULTURA. Plano da Secretaria da Economia Criativa. 2 ed. Brasília, 2011.

- MIHELCIC, James R.; e ZIMMERMAN, Julie Beth. Engenharia Ambiental: Fundamentos, Sustentabilidade e Projeto. 1 ed. Rio de Janeiro: LTC-GEN, 2012.

- ROSA, Altair. Rede de Governança Ambiental na Cidade de Curitiba e o Papel das Tecnologias de Informação e Ccomunicação. Dissertação de mestrado. Gestão