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A GESTÃO DE CAIXA EM TEMPOS DE CRISE

Por:   •  5/12/2018  •  2.388 Palavras (10 Páginas)  •  266 Visualizações

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Estas funções operativas podem e devem ser efetuadas em todos os setores da organização, no entanto, na gestão de caixa serão imprescindíveis para a mantença e sucesso do negócio, ainda mais em épocas de anacronismo econômico, momento em que organização e planejamento serão determinantes para a continuação da empresa no mercado competitivo. O planejamento e acompanhamento baseado em projeções realistas das atividades evitará surpresas negativas.

Ademais, em contextos adversos é indispensável monitorar a entrada e saída de recursos para segmentar custos e despesas, separando custos fixos de custos variáveis, visando uma total eficiência alocativa. A gestão de caixa deve combinar os diferentes recursos ou insumos de maneira a maximizar o resultado pretendido, de modo a evitar gargalos e desperdícios, que resultam num custo maior que o necessário, algo a ser efetivamente evitado em momentos críticos.

A maneira com que os recursos são aplicados se reflete decisivamente na eficiência e custo dos serviços ou produtos, vez que uma distribuição mais equilibrada dos recursos financeiros implica maximizar o resultado e minimizar os custos para se alcançar determinado objetivo ou resultado.

Outra preocupação que o gestor de caixa deve ter é quanto a estabilidade e sustentação financeira a longo prazo do negócio. Da mesma forma, é preciso haver uma forte organização financeira da empresa, demarcando responsabilidades e estabelecendo amplitudes adequadas de controle. Assim, além de planejar, controlar e avaliar, a gestão financeira também irá se valer de outras funções determinantes, tais como orçamento, tesouraria, faturamento, custos, administração do capital de giro e análise investimentos. Para uma gestão de caixa eficiente é preciso gerenciar com afinco os recursos financeiros que a empresa precisa no seu dia-a-dia (quanto manter em caixa, em conta bancária, em investimentos de curto prazo e alta liquidez, administração dos estoques de materiais e outros insumos).

As decisões tomadas na empresa afetam diretamente sua vida financeira e como a maioria das decisões tomadas na organização possuem um certo caráter financeiro, o gestor de caixa opera uma papel chave no sucesso ou fracasso da empresa.

Além disso, aliada à contabilidade a gestão financeira possibilitará uma comparação de resultados atuais com os de anos anteriores, e com o momentos presente e com perspectivas de futuro. A análise é feita por meio do fator econômico e financeiro que possibilitará ao gestor de caixa avaliar o acerto da gestão econômico-financeira e a necessidade de correção. Ademais, é possível avaliar o retorno e a seguranças dos investimentos, já que estamos falando de crise. Isso possibilitará que os credores tenham a garantia dos capitais emprestados e o retorno nos prazos estabelecidos.

A análise de balanços pode apoiar gestores a tomar melhores decisões de investimentos, que garantam o fluxo de caixa das empresas. O gestor de caixa, portanto, deverá se preocupar mais em manter a solvência da empresa, proporcionando os fluxos de caixa necessários para honrar suas obrigações e adquirir e financiar ativos circulantes fixos, necessários para atingir as metas da empresa. Isso pois irá reconhecer receitas e despesas somente com respeito às entradas e saídas de caixa, trazendo uma administração mais realista a fim de superar as adversidades. Assim, o gestor financeiro usa os dados fornecidos pela contabilidade como um importante subsídio ao processo de tomada de decisão financeira.

O gestor de caixa se encarregará também de todo o planejamento e adequação financeira a nova realidade que empresa enfrentará, de modo a transformar os dados financeiros a serem utilizados para monitorar a situação financeira e avaliar as condições e necessidades de se aumentar ou reduzir a capacidade de produção e dos financiamentos requeridos. Estas tomadas de decisões acerca de investimentos (em ativos circulantes e permanentes) e financiamentos (de curto e longo prazo) serão determinantes.

O fluxo de caixa é uma das ferramentas mais simples úteis no dia a dia da empresa que tem como objetivo controlar o fluxo do dinheiro ao longo do tempo, através dele o gestor conseguirá enxergar o ocorrido (contas recebidas e pagas) e o a ocorrer (contas a pagar e a receber). É possível que uma empresa apresente lucro líquido e mesmo assim vá à falência. O péssimo fluxo de caixa é o que acaba com a maioria das empresas que fracassam.

Em épocas de retrocesso econômico um dos maiores problemas a serem combatidos é a venda sem entrada de efetiva de caixa. Isso pode ocorrer por diversos motivos, tais como:

- descontos maiores e mais pedidos de parcelamento, o que reflete em uma entrada menor de recurso por mais tempo (para driblar esta situação é imperioso aumentar o volume de vendas e como isso nem sempre é possível, outros problemas acabam surgindo);

- a queda do recebimento é mais rápida do que a queda dos custos, pois um impacto real no fluxo de caixa leva algum tempo para acontecer (nos momentos de crise é muito importante se cercar de fontes de financiamentos baratas mesmo antes de precisar usá-las);

- cancelamentos, inadimplência e devoluções (por insegurança ou por questões financeiras, os clientes podem devolver produtos adquiridos, não pagar por serviços prestados ou suspender àqueles serviços que não julgam essenciais, o que pode ser combatido com boas praticas de cobrança).

Ademais, diante de um cenário de crise, aumenta-se a dificuldade de acesso ao crédito devido ao risco de inadimplência, o que restringe a credibilidade. A liberação para a concessão de crédito afeta a empresa em muitas vertentes (rendimentos, vendas, lucros, produção), além de influenciar na imagem do mercado competitivo. O responsável financeiro da organização precisa ter uma abrangência de conhecimentos teóricos e práticos, sobretudo encontrar formas que possibilitem as decisões a fim de prolongar a vida da empresa, principalmente no que tange a liberação para concessão de crédito.

É mister reavaliar constantemente os valores cobrados, observando o concorrência e a flutuação de mercado, bem como estrutura de custos, além de um acompanhamento diário das finanças pelo gestor.

Outro fator importante na estrutura organizacional é o planejamento estratégico do controle da carga tributária e das despesas de operação. Com esse planejamento o gestor de caixa tem a estimativa para fazer suas provisões, controlar seus fluxos e reduzir seus custos, trabalhando de forma lícita para que a organização tenha seu crescimento sólido e promissor mesmo

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