Resenha Crítica Filme Invictus
Por: Juliana2017 • 28/2/2018 • 1.235 Palavras (5 Páginas) • 686 Visualizações
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até quem antes o desgostava pelo simples gesto de chamar cada jogador pelo nome. Sem dúvida essa humanidade presente no presidente é uma de suas características mais marcantes e um verdadeiro talento, por ele muito bem utilizado.
Ainda se tratando do presidente e seu lado humano, pode-se destacar na partida final do campeonato quando ele se propõe a apostar a vitória com o representante do time adversário All Blacks da Nova Zelândia. Mandela porpôs a aposta para diminuir o clima de tensão e ouviu da outra parte de maneira bastante arrogante “Seu ouro pelas minhas ovelhas”. Mesmo confrontado, Mandela não se deixou abater e terminou o que seria um processo de negociação, novamente, de maneira bastante humana e responsiva – levando em consideração que poderia haver motivos pessoais por trás daquela resposta amarga da outra parte – respondendo que, na verdade, ele só tinha pensado em uma caixa de vinho mesmo.
Esse talvez seja outro ponto positivo do presidente em processos de negociação: levar tudo com senso de humor, o que torna as coisas bastante mais fáceis e com resolução mais clara.
No caso da cena em que seu antigo chefe de Segurança vai tirar satisfação com ele pois o antigo time de Segurança Nacional – composto somente por brancos e os quais, provavelmente, tinham lutado contra eles no Apartheid – não há tanto senso de humor assim. Nesse caso, o presidente é bastante duro e até mesmo ditatorial para que sua vontade prevaleça, pois ele necessita que a mudança que ele quer ver para o país comece em seu próprio time. Assim, nessa específica cena, ainda que à priori não se entenda como uma negociação ganha-ganha, mas sim onde o presidente com maior poder saia com a vantagem, no fundo, a médio e longo prazo, a imposição vem sim no sentido de que todos saiam ganhando por meio da unificação dos povos no país.
Por fim, outra cena de negociação, ai então, não envolvendo diretamente o presidente, mas, novamente, não tão bem sucedida, foi quando o time de rugby por ordens superiores foi exigido de realizar trabalho voluntário com as crianças carentes da comunidade. Todos se revoltaram e pediram para que o capitão Piennar levasse o assunto para os superiores explicando o porquê do time não querer abraçar a causa. Piennar, já tendo entendido o motivo pelo qual o presidente havia feito esse pedido, comunicou, então, seus parceiros que não faria nada. É então, nesse momento que acredito ter havido uma falha para ele não ter sido bem sucedido. Ele simplesmente falou que não faria e pronto, não fez questão de entrar em mais detalhes e explicar porquê não faria. Como um bom negociador, Piennar poderia ter exposto de maneira clara seus pontos e então, entrado numa discussão com seu time para convencê-los de que aquilo seria realmente melhor para o país e também, seu consequente apoio de 43 milhões de sul africanos durante toda a Copa de Rugby de 1995.
Copa esse vencida pelo time e por toda a África do Sul.
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