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RESENHA CRÍTICA DO FILME: CAPITALISMO - UMA HISTÓRIA DE AMOR

Por:   •  13/3/2018  •  1.367 Palavras (6 Páginas)  •  1.118 Visualizações

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isso aconteceu pelo fato dos juízes que julgavam os casos serem subornados a condenarem cada vez mais jovens devido a instituição receber proventos do governo de acordo o número de internos, ou seja, tempo é dinheiro, muito dinheiro como disse Moore.

O capitalismo ganhou tamanha força, pois houve uma propaganda insistente e manipuladora por trás de suas ideologias capaz de convencer as vítimas a apoiarem o sistema sem analisá-lo num todo, simplesmente aceitá-lo como a salvação. A crise imobiliária que assolou o país ocorreu em razão de um rombo em Wall Street devido a concessão de empréstimos hipotecários de alto risco às famílias que já se encontram saturadas por dívidas, o que acarretou aos bancos um nível de falência por falta de pagamento das prestações. As empresas que abriram falência foram amparadas pelo governo, porém os milhares de pessoas que perderam suas casas e empregos não possuíram a mesma sorte, ou seja, ajudaram e não foram ajudados.

Diante de tantas desventuras surge uma esperança de dias melhores para os norte-americanos com a aproximação das eleições na qual o atual presidente Barack Obama surgia como candidato; acreditavam-se nas suas promessas - que dizia devolver a cada americano sua fatia da torta - e na capacidade do próprio Obama para reerguer os Estados Unidos e ajudar o seu povo já carregado de tantas descrenças. Porém, mais uma vez o capitalismo toma frente já que toda a campanha do mesmo foi financiada pelos bancos. Daí surge à especulação: Como apontar a fúria para os bancos? Ainda sim, mesmo com tantas desconfianças Barack Obama foi eleito, mas decepcionou a todos quando não cumpriu parte de suas promessas - a fatia da torta que já era pequena para a maior parte da população ficou restando zero -, não formulou, nem formula ações capazes de aliviar a vida de seus eleitores.

Em meio a escândalos de fraudes, corrupções e desumanidade o diretor utiliza uma exposição de opiniões que permite aos expectadores a análise dos fatos; os depoimentos e exemplos contidos no documentário expressa a própria visão do diretor. Ao pronunciar que não podemos controlar o mal, mas buscar encontrar maneira de eliminá-lo, ele refere-se ao mal sendo o capitalismo; ressalta ainda que a democracia é o bem pelo qual devemos lutar.

A apreciação desse documentário proporciona uma análise da realidade na qual existe um paralelo entre as posições sociais, de um lado uma classe que visa o lucro, conspira sobre qualquer um para alcançar seus objetivos, e de outro uma classe que começa a lutar pelos seus direitos, não deixando que as injustiças reinem. Suas críticas são bastante voltadas às grandes corporações que atuam de forma egoísta objetivando seus próprios interesses, as grandes empresas dominavam o sistema num todo, controlando até o governo com aprovações de leis que garantia a continuidade de seus projetos. O diretor do filme consegue passar a mensagem que é preciso lutar por uma sociedade mais justa e igualitária sem ter que passar por cima do próximo.

É preciso pensar no bem comum e deixar os interesses particulares de lado. É deprimente ouvir depoimentos de pessoas que tiveram seus entes queridos levados por circunstâncias da vida falar que tiveram a vida dos mesmos tratados como se fosse mercadorias, isso por que as empresas lucravam com as mortes em razão de terem em mãos apólices de seguros em nome das vítimas.

O documentário é imprescindível para o entendimento do quão devastador se tornam as políticas econômicas e as tomadas de decisões dos Estados pelas grandes empresas e influentes corporações. Situação parecida ocorreu no Brasil no período de 1995 a 2002, onde a equipe econômica estava mais interessada em atender as expectativas dos seus ex e futuros patrões do mercado financeiro do que olhar pelo bem estar da economia ou da população em geral.

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