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Plano de Marketing

Por:   •  4/12/2017  •  6.275 Palavras (26 Páginas)  •  569 Visualizações

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Esta é uma prática típica de cooperativa que envolve distintos graus de regularidade e formalidade. A carona solidária é uma das medidas da gestão da demanda de tráfego altamente incentivada nos Estados Unidos, no Canadá e vários países da União Europeia para aliviar os problemas crônicos de congestionamento viário. Nesse e outros países se reservam faixas exclusivas para os veículos de grande ocupação (em inglês: high-occupancy vehicle (HOV) lanes) permitindo aos participantes da carona solidária, outros usuários que viajam com pelo menos um ou dois passageiros, e os veículos do transporte público, ultrapassar os veículos que ficam quase parados no congestionamento nas outras faixas do corredor.

Segundo reportagem da revista Vida Simples, 65% dos automóveis da cidade de São Paulo andam apenas com seus motoristas – a média geral é de 1,49 pessoas por veículo, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego. Bastaria que 5% passassem a levar outro passageiro para que 450 mil carros saíssem de circulação. O arquiteto Paulo Mendes da Rocha apontou para a estupidez que é usar um veículo de 700 quilos (que ainda por cima fica parado no trânsito) para levar apenas uma pessoa de 70 quilos.

Em países como os EUA, a carona é incentivada desde a Segunda Guerra Mundial, para economizar combustível. Lá, e também no Canadá e na Noruega, não apenas várias empresas incentivam o uso de caronas entre seus funcionários (chamada de carpooling), com vagas preferenciais de estacionamento e até bônus salariais, como há faixas exclusivas nas vias de tráfego intenso para automóveis com mais de dois passageiros.

A principal ferramenta da Carpool Brasil é um portal online onde empresas após um cadastro terão acesso a um sistema para gerenciar e aperfeiçoar o conceito de carona coletiva de seus funcionários. Os funcionários que aceitarem participar do programa receberão informações de outros usuários que residam próximo a sua moradia, facilitando o trabalho de combinar caronas. Após esse primeiro passo, o usuário poderá escolher a forma de participar da carona.

O grupo possui acesso a informações reais de mercado em um nível razoável, dado que muitas estão disponíveis em sites e revistas, além de muitas reportagens que já foram feitas sobre os principais problemas causados devido ao crescimento não planejado das maiores cidades do país.

Para uma análise completa do assunto iremos utilizar dados de órgãos governamentais com foco na região metropolitana de Campinas, além das pesquisas também terem sido feitas com empresas da região, e sua escolha será justificada no decorrer do projeto, com intenção de expansão para capitais e grandes cidades que sofram com o problema de congestionamentos e poluição.

O grupo enxerga essa oportunidade como inovadora e altamente sustentável, justificando nossa escolha nos itens a seguir.

- Análise de Mercado

A Carpool Brasil irá focar em empresas e demais instituições privadas como escolas, universidades e condomínios e prédios empresariais na região metropolitana de Campinas que estão dispostas a aplicar ou melhorar uma política de responsabilidade socioambiental visto que problemas de infraestrutura e custo para fazer com que seus funcionários se desloquem de suas residências para as instalações da empresa são cada vez mais comum nas empresas da região.

Em uma pesquisa realizada pelo jornal O Estado de São Paulo na cidade de São Paulo, 76% dos entrevistados afirmaram que deixariam de usar o carro se houvesse boa alternativa de transporte público de passageiros. Esse cenário também pode se aplicar na região de Campinas, conforme veremos a seguir.

- Macro Ambiente

De acordo com a Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República - SEDU, no período 1995 a 1999, o número de passageiros transportados por ônibus nas áreas urbanas brasileiras (cidades acima de 100 mil habitantes), caiu cerca de 13%, passando de 16,12 para 13,96 bilhões de passageiros/ano.

Num quadro de profundas alterações - econômicas, demográficas, sociais, tecnológicas - por que vêm passando os centros urbanos brasileiros, a dinâmica das cidades se alterou significativamente nas últimas décadas. Os hábitos de deslocamento das populações se transformaram, a demanda se segmentou, e os usuários ficaram mais exigentes quanto à qualidade dos serviços. O crescimento urbano e a periferização da população (com a ocupação em áreas informais) provocaram o aumento das distâncias, dos tempos de viagem e dos custos dos deslocamentos. O planejamento dos serviços de transporte público não se adaptou a essa nova dinâmica e as redes de serviços não se adequaram às novas necessidades. Apesar do aumento da oferta (a produção quilométrica mensal nas capitais brasileiras passou de 195 milhões de km em abril 1995 para 223 milhões no mesmo mês de 1999 - fonte: Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano - NTU, 2001), os serviços se mantiveram deficientes, especialmente no que diz respeito à regularidade, flexibilidade e qualidade.

Os deslocamentos por meios "alternativos" passaram, então, a ser mais atrativos que os serviços de transporte regular, considerados inflexíveis, caros e de qualidade insatisfatória. Novos serviços por micro-ônibus, vans, Kombi e moto táxis, formais ou não, passaram a disputar passageiros nas ruas com os tradicionais serviços por ônibus. Com o aumento do nível das tarifas, os deslocamentos a pé ou por bicicleta aumentaram significativamente na parcela mais pobre da população. Por outro lado, o uso do automóvel, antes restrito às classes de renda mais alta, expandiu-se, atingindo parcelas da população que antes dependiam do transporte coletivo.

O problema da acessibilidade física, provocado pela inadequação das redes de serviço à nova ordem de ocupação urbana, e as altas tarifas dos serviços (o valor da tarifa média ponderada cresceu cerca de 72% acima da inflação, para o período 1994 a 1999 - fonte NTU, 2001), obrigaram parcela da população (os mais pobres) a restringirem o número e o motivo de suas viagens, privando-os do acesso aos serviços essenciais (saúde, educação, trabalho, lazer, etc.). Isso agravou o problema da pobreza urbana e da exclusão social.

A intensificação do uso do automóvel, por sua vez, trouxe a sobrecarga dos sistemas viários das cidades (com os congestionamentos severos), o aumento da poluição ambiental, e crescimento do número de acidentes. Apesar dos efeitos positivos do novo Código de Trânsito Brasileiro, o Brasil ainda

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