PDCA - Ferramenta de Gestão

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A evolução histórica da qualidade contribuiu para o desenvolvimento natural do ciclo PDCA que teve contribuição de grandes pensadores com os seguintes tópicos (MELLO, 2011) :

Inspeção: A preocupação com a qualidade surgiu com a inspeção dos produtos acabados quando predominava a manufatura, era feita em 100% dos produtos realizados pelo artífice com a preocupação de evitar que os produtos defeituosos chegassem ao consumidor final.

Com a revolução industrial no século XVIII as oficinas e os artesãos foram substituídos pelas fábricas e pelos operários que agora não precisava mais conhecer o processo produtivo, já que iria executar apenas uma parte do processo.

Era necessário agora criar inspetores que, usavam gabaritos e modelos padrão para determinar se o produto final estava ou não conforme.

Mas o aumento da produção tornou difícil a inspeção de todas as peças, veio então as primeiras ferramentas estatísticas com a determinação de médias e desvio padrão que auxiliavam a reconhecer as não conformidades.

Controle Estatístico da Qualidade CEQ: Com o aumento da produção em massa, tornou-se quase impossível a inspeção por questões de tempo e custo. Criou-se então mecanismos resumidos na estatística como a amostragem. Watter A. Shewart (1930) responsável pelos métodos estatísticos no controle de qualidade implantou também setores específicos dedicados a qualidade.

Porém essa forma de inspecionar somente apontava e quantificava as peças defeituosas e ainda trouxe a responsabilidade da qualidade para apenas um setor.

Em 1940, Shewart criou o gráfico de controle de processos passando a controlar cada etapa do processo. O ciclo PDCA também leva o nome de ciclo de Deming, devido sua disseminação no Japão na década de 1950 e ciclo de Shewhart (1930) que foi professor de Deming e primeiro mentor do método.

A história do ciclo PDCA se funde com a história da qualidade e se divide em quatro partes básicas desde as primeiras máquinas da revolução industrial até os dias de hoje.

Garantia da Qualidade: Em 1950 o ciclo de produção conhece uma notória era de expansão da qualidade, o Japão com sua grande necessidade de se reconstruir da destruição da guerra, convida Juran e Deming para auxiliá-los no quesito qualidade.

Passou-se então a preocupação de previnir os defeitos desde o início do processo, surgiram padrões e normas de qualidade, nessa época a qualidade deixou de ser responsabilidade de um departamento e passou a ser de todos os funcionários da empresa.

Nasce aqui o conceito de qualidade total. Tornou-se necessário eliminar os problemas com produtos defeituosos antes que eles aparecessem. Entra em cena Crosby com o programa defeito zero, Juran com os custos da qualidade e Feigenbaun com o controle total da qualidade (TQC). Vale dizer que o Japão foi extremamente competente na absorção das idéias e teorias relativas a qualidade.

Gestão da Qualidade Total Em 1970 o Ocidente com o resto do mundo notou a superioridade dos produtos japoneses, nessa época teve início a gestão da qualidade total com o foco no cliente e nos processos de gestão, a qualidade incorpora a teoria e ferramenta de toda sua história, que passa a agregar valor aos produtos.

Na década de 1980 a 1990 a Gestão da Qualidade Total é disseminada por todo o mundo que estava determinado a experimentar as ferramentas que alavancaram a indústria japonesa.

Em 1980 surgiram as normas ISO 9000 que é um símbolo de reconhecimento da qualidade.

Evolução do Conceito de Qualidade

Inspeção

- Conformidade do produto

- inspeção do produto acabado sem análise do processo

Controle Estatístico da Qualidade

- Inspeção por amostragem

- Setores responsáveis pela qualidade

- Ferramentas estatísticas para detecção de variações no processo produtivo

Garantia da Qualidade

- Foco na prevenção dos defeitos

- Envolvimento de todos os setores da empresa

- Criação de sistema de qualidade

- Conceito de qualidade total

Gestão da Qualidade Total

- Foco na gestão

- Envolvimento integral da empresa

- Superação das expectativas do cliente

- Surgimento das normas ISO

Fonte: Figura desenvolvida e adaptada pelos autores, com base em informações extraídas do livro. (MELLO, 2011, p.13)

Percebemos que com o decorrer do tempo a gestão muda seu foco em relação a qualidade, em determinado momento era apenas a detecção de eventuais defeitos de fabricação, posteriormente passou-se a analisar as peças fora de sequência, por amostragem e com o auxílio de cálculos estatísticos, pós segunda guerra nota-se que tudo que fabricava tinha um consumidor final independente da qualidade, porém no Japão a filosofia zero defeitos tinha bastante força, na segunda metade do séc. XX muitos países olham para o Japão e percebem que havia necessidade de mudar seus conceitos e o ciclo PDCA está sendo mais do que nunca, sendo tomado como base para toda organização produtora de bens ou serviços.

Processo

Nesse trabalho falamos várias vezes a palavra processo, mas o que vem a ser processo?

Processo é um conjunto de causas que provoca um ou mais efeitos, uma empresa é um grande processo, que é formada por vários processos menores (CAMPOS, 2004, p.19).

Assim gerenciar uma empresa seja de serviços ou produtos pode ser definido com gerenciar um processo. Um gerenciamento por processo é o controle de vários colaboradores ligados a cada processo, esse gerenciamento compartilhado garante a qualidade de todas as etapas do conjunto.

Como funciona o Ciclo PDCA

Esse ciclo permite a organização de cada um dos processos, independente da sua natureza, tornou-se um conceito universal, cujo proprietário é