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Os grandes debates comtenporaneos

Por:   •  1/11/2017  •  4.714 Palavras (19 Páginas)  •  417 Visualizações

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Schlick, por exemplo, tentou mostrar o vazio dos enunciados sintéticos a priori, de Kant. E por duas vias: - Se os enunciados têm uma verdade lógica, então eles são analíticos e não sintéticos;

- Se a verdade dos enunciados depende de um conteúdo factual, eles são, portanto, a posteriori e não a priori.

Dessa maneira, Schlick (juntamente com seus companheiros) tentou formular um critério de cientificidade que pudesse ou que tivesse uma correspondência com a Natureza. Por isso, o Círculo de Viena adotou uma forma de empirismo indutivista que

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se utiliza de instrumentos analíticos como a lógica e a matemática para auxiliar na formação dos enunciados científicos. Tal critério seria, então, o de verificabilidade.

Para os pesquisadores do Círculo de Viena os enunciados científicos deveriam ter uma comprovação ou verificação baseada na observação ou experimentação. Isto era feito indutivamente, ou seja, estabeleciam-se enunciados universais a partir da observação de casos particulares. Para ele, a metafísica está, portanto, associada a períodos pouco gloriosos na história da filosofia, marcados por discussões; improfícuas, porque ela é a tentativa de sistematizar um conjunto de ideia.

Noutro lugar, Schlick dirá que o traço comum aos metafísicos de todos os tempos é a crença na possibilidade de comunicar um contato verdadeiramente íntimo com as coisas. O resultado do estabelecimento deste critério surgiu também a partir da concepção de linguagem de Wittgestein que os membros do Círculo de Viena utilizaram. Para ele, o mundo era composto de “fatos” atômicos associados e, assim, expressariam sua realidade. Daí os enunciados gerais poderem ser decompostos em enunciados elementares referentes ou congruentes à Natureza, o que exclui os enunciados metafísicos do processo de conhecimento.

Karl Popper e a Falseabilidade.

Karl Popper rejeitou o método indutivo. No método indutivo através de experiências e de repetidas observações é feita uma hipótese. Na opinião de Karl Popper, a hipótese deve ser testada, para ver se ela é verdadeir a. Quando tivermos qualquer coisa que a invalida, a hipótese não é mais válida. Esta teoria foi adotada pelo autor com o principio da falseabilidade. Segundo Popper (2001, p. 29),

“uma teoria é chamada de empírica ou falseável, sempre que sem ambigüidade, dividir a classe de todos os possíveis enunciados básicos nas seguintes duas subclasses não vazias: Primeiro: a classe de todos os enunciados básico com os quais é incompatível, a essa classe chamamos de classe de falseadores potenciais da teoria; e Segundo: a classe dos enunciados básicos que ela não contradiz.”

Mais resumidamente, podemos apresentar o ponto dizendo que uma teoria é falseável se não estiver vazia a classe de seus falseadores potenciais.

Karl Popper diz que não existe o conhecimento absoluto, sem erro, absolutamente certo. Tudo o que existe é provisório. Segundo Popper, a posse do conhecimento é a procura da verdade.

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Nada é definitivo, assim a velocidade da luz que aparece como limite na fórmula de Einstein não é absoluto, pois, não temos ainda capacidade de produzir uma luz, com a velocidade maior de 300.000 km/segundo. Poderá algum dia se achar um velocidade maior, invalidando a fórmula de Albert Einstein (1879-1955). Uma outra coisa interessante é que somente as pesquisas deste século levaram Einstein a formular a sua teoria. A teoria de Einstein engloba as leis de Newton, principalmente aquela que diz aplicada uma força sobre uma massa, produz uma aceleração. Dobrando -se esta força, dobra-se a aceleração. Triplicando-se a força, triplica-se a aceleração. Os conhecimentos do passado não davam para fazer a teoria de Einstein, mas os conhecimentos atuais, contem os conhecimentos passados, sendo um caso particular dos mesmos, pois, na Terra vale as leis de Newton e no espaço, vale a lei de Einstein.

Ainda segundo Karl Popper (2001, p.33) as teorias não são verificáveis, mas podem ser confirmadas.

“Ao invés de discutir a probabilidade de uma hipótese, toca-nos, a tarefa de averiguar que testes, que críticas essa hipótese conseguiu superar; cabe-nos tentar averiguar até que ponto a hipótese mostrou-se capaz de manter-se incólume, resistindo aos testes a que foi submetida. Em resumo, cabe-nos averiguar até que ponto ela foi confirmada”.

Paradigmas Científicos Segundo Thomas Kuhn.

Paradigma é um modelo padrão a ser seguido, um conhecimento no qual um estudo de uma realização científica, com métodos e valores a serem usados em outras pesquisas, é baseado. É um conceito da ciência e da epistemologia que define um padrão a ser seguido, um pressuposto filosófico, uma matriz, ou seja, uma teoria, que origina o estudo de determinado campo científico, em poucas palavras, paradigma é a teoria mais aceita pela sociedade, ou uma linha de pensamento também designada como corrente.

O conceito paradigma era utilizado apenas na gramática, na retórica e na linguística. Porém, o físico, Thomas Kuhn contribuiu significativamente para a evolução e desenvolvimento científico, empregando o conceito “paradigma” de forma geral às ciências. Thomas designou como paradigmáticas as realizações científicas que geram modelos, que por determinado período, de modo mais ou menos explícito, conduzem o desenvolvimento posterior de outras pesquisas. Foi a partir da compreensão da prática do cientista que Thomas Kuhn desvelou os

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mecanismos internos da ciência. Para ele as ciências evoluem a partir dos paradigmas (modelos, representações, interpretações de mundo universalmente reconhecidas). É através dos paradigmas que os cientistas buscam respostas para as questões colocadas pela ciência, sendo, portanto pressupostos da ciência. Segundo Kuhn:

“paradigmas são asrealizações cientificas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornece problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência” (Kuhn, 1991, p.13).

Programas de Pesquisa Segundo Lakatos.

Lakatos procurou demonstrar que

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