O PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS E PROJETOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Por: kamys17 • 22/11/2017 • 2.720 Palavras (11 Páginas) • 432 Visualizações
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A mudança de direção que ocorreu na organização do caso analisado da Companhia de Defesa, no ano em que o planejamento foi apresentado, pode ser uma das razões pelas quais a implementação do planejamento estratégico falhou, uma vez que os responsáveis pela execução do plano devem ser envolvidos no processo desde o princípio. É permitido delegar as ações, no entanto, a execução do plano deve estar sob a responsabilidade daqueles que o elaboraram.
O fato do processo de planejamento ter sido totalmente manual, de não ter utilizado ferramentas eletrônicas, tais como programas, planilhas ou simuladores; do trabalho ter utilizado processadores de texto; não ter havido sistematização dos dados gerados pelas pesquisas e consultas, não ter ocorrido revisão de questionários, testes semânticos e de validação; a falta de avaliação do planejamento; o fato das atividades não ter sido mapeado em todas as unidades gestoras, também podem ser apontados como motivos.
O processo de execução é um conjunto específico de comportamentos e técnicas que as organizações precisam dominar para realizarem a estratégia, para obterem vantagens competitivas ou para atenderem bem aos seus usuários. De acordo com a situação atual apresentada no texto do caso analisado observa-se que o processo de execução do planejamento falhou.
A gestão do conhecimento subsidia o planejamento estratégico e, dialeticamente, é influenciada por ele. As visões de longo prazo traçadas no processo de planejamento estratégico são alimentadas e modificadas pelo conhecimento da organização, quer seja porque a visão anterior já foi cumprida antes do prazo previsto, ou porque não atende mais ao ambiente de negócios da organização.
A implantação da estratégia depende do comprometimento de todos na organização e esse comprometimento é conseguido quando as organizações também se comprometem com as aspirações dos seus colaboradores, em questões que vão além dos salários e gratificações. Para tanto, deve-se recorrer mais uma vez da gestão do conhecimento, no sentido de derrubar as barreiras que impedem a aprendizagem.
A visão compartilhada e o domínio do pensamento sistêmico são essenciais ao planejamento estratégico e, consequentemente, a garantia da execução da estratégia. O pensamento sistêmico, que integra todas as outras disciplinas, possibilita enxergar os fatos dentro de um contexto (e não isoladamente) e ajuda a criar e mudar a realidade. A visão compartilhada é obtida por meio de objetivos claros e comuns do planejamento estratégico; da participação ampla no processo de planejamento, da tradução da visão individual em visão compartilhada; da identificação de objetivos comuns ao grupo e do compromisso e envolvimento de cada integrante da organização. Por essas razões, programas de gestão do conhecimento devem ser implantados para o sucesso do processo de planejamento estratégico.
Para melhorar a execução do planejamento na Companhia de Defesa pode-se fazer um melhor uso da tecnologia para que tenha uma melhor visão das informações coletadas, bem como melhorar a comunicação e trazer inovações e mudanças. A integração de informações no âmbito dos sistemas que compõem o ciclo de gestão, em especial relacionados às funções planejamento, orçamento, pessoal, finanças, monitoramento, avaliação e controle, ponto essencial para subsidiar a melhor alocação de recursos e o acompanhamento do andamento e dos resultados produzidos pelas ações.
É de suma importância buscar o alinhamento dos processos de trabalho das organizações que integram o ciclo de gestão dos recursos públicos, explorar pontos de sinergia entre os órgãos participantes, bem como eliminar eventuais sombreamentos ou procedimentos que não mais se justifiquem.
Investir em monitoramento e avaliação é parte principal desse processo, para possibilitar melhores condições para o gerenciamento e, portanto, para subsidiar a reorientação da ação estratégica, a alocação de recursos e a gestão de restrições, com especial atenção para os projetos prioritários; maximizar os bons resultados dos projetos que são executados e observar porque outros não dão resultado.
A gestão por resultados, com foco no cidadão, se coloca como objetivo e como instrumento da melhoria da gestão pública. Assim, é primordial desenvolver e implementar mecanismos que orientem e subsidiem os processos de pactuação de resultados e alinhem as estruturas de incentivos. A gestão por resultados se apresenta como uma proposta de cultura organizativa, de direção e de gestão, por meio da qual se enfatiza os resultados e não os processos e procedimentos.
Fazer constantes revisões dos resultados alcançados e apresentar nas reuniões que devem ser rigorosamente seguidas e desenvolver melhor os processos institucionais definidos no mapa estratégico, desta forma os objetivos do planejamento estratégico poderão ser alcançados em níveis satisfatórios.
2.2 gerenciamento de projetos
Projeto é um esforço temporário empreendido para criar algo único
e exclusivo. Constitui-se no conjunto de ações inter-relacionadas, com prazo de execução definido (início, meio e fim), recursos e objetivos claramente previstos,
que visa o desenvolvimento de um novo produto ou serviço ou a melhoria
dos processos de trabalho. Os projetos podem se iniciar a partir de demandas de um setor específico ou do aproveitamento de oportunidades.
Os projetos caracterizam-se pela temporariedade, singularidade e progressividade. São temporários, pois apresentam início e fim definidos. Como envolvem a mobilização de recursos, o prazo de duração deve ser predeterminado para se ter a exata noção de tempo, custo e recursos humanos a
serem expendidos na sua execução e geração dos resultados. Quanto ao
prazo, classificam-se em: de curta ou de longa duração.
É importante ressaltar que a temporariedade dos projetos não implica
na temporariedade dos produtos, serviços ou resultados. Todo projeto cria um produto definido e novo. Dessa forma, ele é considerado único, pois, por mais que os produtos possam ser similares, apresentará peculiaridades que o torna exclusivo com relação a outros.
Para que se tenha melhor controle e se crie interdependência entre as atividades, os projetos devem ser divididos em algumas fases, constituindo
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