FATORES QUE INFLUENCIAM NA MOTIVAÇÃO DOS PROFESSORES DO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL TINA GARCEZ NO MUNICÍPIO DE ANORI ESTADO DO AMAZONAS
Por: Kleber.Oliveira • 28/6/2018 • 3.074 Palavras (13 Páginas) • 479 Visualizações
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O principal objetivo das atividades realizadas neste trabalho consistiu em identificar os fatores que influenciam na motivação dos professores do Centro Municipal de Educação Infantil Tina Garcez, no município de Anori – Amazonas; dando ênfase aos estímulos positivos à motivação profissional, buscando detectar os fatores internos e externos que influenciam em suas atividades laborais, bem como conhecer o percentual de satisfação em exercer a docência.
Para a realização deste trabalho observou-se que, fomentar os fatores quais possam influenciar na motivação humana, apresentam-se como um grande desafio para os cientistas comportamentais e para aqueles que administram as instituições, seja ela pública ou privada. Os efeitos da não motivação no trabalho podem gerar graves problemas tanto para as organizações quanto para as pessoas. Se para o profissional, a falta de estímulos positivos é um fator constante, dificilmente este alcançará o desempenho desejado pela instituição.
Os estudos voltados à motivação dos seres humanos levam os teóricos a acreditarem que não se pode motivar as pessoas, uma vez que a fonte de energia que move o comportamento motivacional, vem do interior delas, sendo inerente às suas características de personalidade. O que se deve buscar são as possíveis relações entre a situação que o individuo encontra no seu ambiente de trabalho, sua motivação, e como isso influencia no êxito de suas atividades.
A pesquisa realizada buscou detectar possíveis fatores que influenciavam na motivação de uma pequena, mas importante parcela dos profissionais que exercem a “bela arte” de educar crianças de até cinco anos.
Outro fator determinante na realização desta pesquisa é que a mesma esteve voltada para os profissionais que atuam no Centro Municipal de Educação Infantil Tina Garcez , o único nesta modalidade de ensino no município de Anori, interior do Estado do Amazonas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 FATORES MOTIVACIONAIS
Muitas teorias foram desenvolvidas ao longo da história humana, na tentativa de se adequar os fatores motivacionais aos valores dos grupos que formam as instituições públicas ou privadas, na busca de sucesso em seus objetivos e satisfação do profissional. Segundo Maciel e Sá (2007). Atualmente, uma das teorias motivacionais que mais tem sido explorada, surgiu da preocupação de Frederick Herzberg que em pesquisar no contexto de trabalho, buscou identificar quais os fatores que se acham relacionados com aquelas atitudes que influem na produção e situações que determinam satisfação no trabalho. Essa importante pesquisa levou Herzberg a afirmar que “o contrário de satisfação não pode ser chamado de insatisfação, mas caracteriza-se mais como nenhuma satisfação. Da mesma forma, o contrário de insatisfação não pode ser entendido como satisfação, mas nenhuma insatisfação”. Maciel e Sá (2007) Davis (1992) citando Herzberg (Apud Maciel e Sá 2007. p10), afirmam ainda que:
Os fatores de motivação, na sua maior parte, estão centrados no trabalho; eles estão ligados com o conteúdo do trabalho. Por outro lado, os fatores de manutenção estão principalmente relacionado ao contexto de trabalho, porque estão mais ligados com o ambiente que envolve o trabalho.
Observa-se que, generalizar os fatores que influenciam na motivação dos profissionais é algo que não pode ser feito mesmo entre pessoas que desenvolvam tarefas similares, ou seja, tais fatores são influenciados por várias situações e como cada individuo se comporta perante estas.
2.2 MOTIVAÇÃO E O PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Entender o que influencia na motivação de um profissional ao exercer suas atividades a tempos vem sendo fonte de estudos de vários pesquisadores, sempre observando o comportamento humano. Lévy-Leboyer (apud BERGAMINI, 1997b, p. 89),na sua obra A Crise das Motivações, propõe que:
A motivação não é nem uma qualidade individual, nem uma característica do trabalho. Não existem indivíduos que estejam sempre motivados nem tarefas igualmente motivadoras para todos. Na realidade, a motivação é bem mais do que um composto estático. Trata-se de um processo que é ao mesmo tempo função dos indivíduos e da atividade que desenvolvem. É por isso que a força, a direção e a própria existência da motivação estarão estreitamente ligadas à maneira pessoal que cada um percebe, compreende e avalia sua própria situação no trabalho.
Observa-se que o autor, acima citado, coloca a motivação como um fator intrínseco do individuo, podendo ser estimulado por situações que lhes parecem valorosas, sendo também influenciadas por fatores extrínsecos referenciando assim o valor de suas atividades com a importância deste para o meio em que esta inserido. Em outras palavras, as atitudes e os comportamentos de cada pessoa dependem de seus valores, os quais variam de pessoa para pessoa (Sá e Lemoine,1999). Nesse sentido, variam também as necessidades de cada um.
Ao tratar do profissional de educação infantil e dos fatores que influenciam em sua motivação observa-se que estes de certa forma estão se definindo, tendo em vista que até mesmo está etapa de ensino apenas recentemente, fora reconhecida com parte integrante da educação básica. A formação de uma identidade profissional está associada à formação de uma identidade institucional (Silva, 1999). Como não poderia deixar de ser, o novo papel que vem sendo construído para a educação infantil traz uma nova visão sobre a criança e também uma nova concepção de profissional. Para Maria Victoria Peralta (1996), as novas exigências que se apresentam na educação infantil, requerem um educador que seja capaz de criar modalidades curriculares e promover o auto estudo e a avaliação permanente dos avanços e das limitações de sua prática. Esta realidade exige um profissional mais dinâmico capaz de moldar-se as várias necessidades exigidas para o exercício na educação infantil. O Documento “Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à Educação” p 8. Reconhece que;
... a trajetória da educação das crianças de 0 a 6 anos assumiu e assume ainda hoje, no âmbito da atuação do Estado, diferentes funções, muitas vezes concomitantemente. Dessa maneira, ora assume uma função predominantemente assistencialista, ora um caráter compensatório e ora um caráter educacional nas ações desenvolvidas.
No cenário acima apresentado percebe-se que o profissional da Educação
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