EMANCIPAÇÕES MUNICIPAIS NO ESTADO DO PARANÁ, NO PERÍODO DE 1986 A 1996
Por: Lidieisa • 3/4/2018 • 1.981 Palavras (8 Páginas) • 282 Visualizações
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Como todo processo de mudança, a emancipação possui consequências. Uma consequência considerável do processo de emancipação é o menor deslocamento da população local para os grandes centros. Reduzir a aglomeração nos grandes centros pode influenciar também no índice de violência urbana, desemprego e trânsito. Em alguns casos, a emancipação torna-se inviável levando em consideração os gastos legislativos e de pessoal que na maioria das vezes não trás retorno ao município, e este não consegue se desenvolver de forma independente continuando á sombra do seu município de origem.
PROCESSO EMANCIPACIONISTA PARANAENSE
O processo emancipacionista paranaense está ligado, na maioria das vezes aos interesses políticos, por parte de deputados e seus representantes municipais apresentando características ligadas ao controle do território, recursos econômicos e poder.
No que diz respeito ao fator político, todos os parlamentares paranaenses apresentam-se favoráveis a criação de novos municípios. Cigolini em sua pesquisa diz que:
“[...] a partir das informações, dados e bases teóricas relacionadas e analisadas, pode-se concluir que, subjacentes aos motivos apresentados nos projetos de emancipação, existem demandas e interesses, ligados à representação política, à formação de núcleos de poder local e ao controle de recursos, que, apesar de não serem apresentados e discutidos, são, em grande parte, responsáveis pela fragmentação do território em unidades administrativas no Estado do Paraná”. (CIGOLINI, 1999, p. 78)
O autor também menciona que as justificativas que são criadas pelos municípios são questionáveis podendo esconder reais objetivos do processo emancipatório.
“[...] ao analisarmos as justificativas dos processos no Paraná, percebemos que os argumentos utilizados não trazem informações que possibilitem concluir a veracidade dos motivos citados. Os argumentos de ordem econômica, por exemplo, não são acompanhados de dados de como estão concretizadas essas condições, ou seja, elas podem simplesmente não existir, ou serem potencialidades que se acredita existir nessas áreas”. (CIGOLINI, 1999, p.68)
O quadro abaixo mostra os municípios que se tornaram independentes à partir da Constituição de 1988:
Município Criado
Município de Origem
Lei
Data
Instalação
01
Nova Tebas
Nova Tebas
Pitanga
Pitanga
8.624
9211
08/12/1987
25/01/1990
01/01/1989
02
Diamante do Oeste
Matelândia
8674
21/12/1987
01/01/1989
03
Godoy Moreira
São João do Ivaí
8947
05/04/1989
01/01/1990
04
Ivaté
Ivaté
Umuarama
Umuarama
8970
9153
02/05/1989
15/12/1989
01/01/1990
01/01/1990
05
Lindoeste
Cascavel
9006
12/06/1989
01/01/1990
06
Ibema
Catanduvas
9007
12/06/1989
01/01/1990
07
Santa Tereza do Oeste
Cascavel e Toledo
9008
12/06/1989
01/01/1990
08
Ouro Verde do Oeste
Toledo
9009
12/06/1989
01/01/1990
09
Bom Sucesso do Sul
Pato Branco
9183
08/01/1990
01/01/1993
10
Honório Serpa
Mangueirinha
9184
08/01/1990
01/01/1993
11
Fazenda Rio Grande
Mandirituba
9213
26/01/1990
01/01/1993
12
Rio Bonito do Iguaçú
Laranjeiras do Sul
9222
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