COMPLEMENTAÇÃO DA DISCIPLINA: TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO II
Por: Ednelso245 • 7/3/2018 • 3.585 Palavras (15 Páginas) • 474 Visualizações
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A preocupação com a estrutura organizacional parte de três abordagens principais: a teoria clássica de Fayol, a teoria da burocracia de Weber e a teoria estruturalista.
2.1 TEORIA CLÁSSICA DE FAYOL
“Fayol defendia a visão anatômica da empresa em termos de organização formal, isto é, a síntese dos diferentes órgãos que compõem a estrutura organizacional, suas relações e suas funções dentro do todo.” (CHIAVENATO, 2014. p. 14). Henri Fayol (1841-1925) foi um engenheiro francês que desenvolveu um olhar conciso e global a respeito da estrutura organizacional.
Para ele, existem seis funções básicas dentro de toda empresa:
- Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa.
- Funções comerciais: relacionadas com a compra, venda e permutação.
- Funções financeiras: relacionadas com a procura e gerência de capitais.
- Funções contábeis: relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
- Funções de segurança: relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
- Funções administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas. (CHIAVENATO, 2014. p. 14).
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Figura 1: As funções básicas da empresa. Fonte: Administração virtual. Disponível em: http://www.administracaovirtual.com/adm_artigos_Taylor_Fayol.htm>. Acesso em: 22 Maio 2016.
Dessa forma, Fayol não busca exaltar a função administrativa em relação às outras, mas ressalta que essa é o elo de ligação entre as demais, fortalecendo a estrutura da organização como um todo na medida em que age proporcionalmente dentro das outras funções, executando tarefas de previsão, organização, comando, coordenação e controle.
2.2 TEORIA DA BUROCRACIA DE WEBER
Essa teoria foi criada pelo sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) que afirma que apesar de o termo burocracia popularmente ter um significado pejorativo, nesse contexto admite um significado mais técnico, que “identifica certas características da organização formal voltadas exclusivamente para a racionalidade e para a eficiência.” (CHIAVENATO, 2014. p. 17).
Essa teoria burocrática de Weber acabou por criar o ‘tipo ideal’ que “expõe como se desenvolveria uma forma particular de ação social se o fizesse racionalmente em direção a um fim e se fosse orientada para atingir um e somente um fim.” (ANDRADE; AMBONI, 2011. p. 74). Isto significa que, cada situação observada deve ser descrita como uma ação normativamente ideal e possível. Assim, os autores também afirmam que não pode ser considerado nem falso nem verdadeiro, apenas válido ou não-válido, de acordo com o contexto e sua utilidade.
Chiavenato (2014, p. 17) apresenta que para Weber, a eficiência de uma organização estaria fundamentada em uma abordagem prescritiva e normativa que apresentava sete dimensões, sendo elas: a formalização (normas escritas), divisão do trabalho (cargos ou posições definidos), princípio da hierarquia (organograma bem definido), impessoalidade (desempenho de relações impessoais entre os cargos), competência técnica (qualificação profissional individual), separação entre propriedade e administração (os recursos pertencem à organização) e profissionalização do funcionário (especialistas em face da divisão do trabalho).
Hall (1973 apud CHIAVENATO, 2014. p. 18), afirma que cada uma dessas dimensões podem se apresentar em diferentes níveis dentro de uma organização, e varia de acordo com o nível de burocratização dentro de cada empresa. Dessa maneira algumas dimensões podem ser extremamente burocratizadas enquanto outras nem tanto. Mas independente disso, para Weber, a burocracia capacitaria uma empresa a atingir o mais alto grau de eficiência dentro dos objetivos organizacionais.
2.3 TEORIA ESTRUTURALISTA
A teoria estruturalista “se desenvolveu a partir dos estudos sobre as limitações e a rigidez do modelo burocrático, considerado um modelo típico de sistema fechado” (CHIAVENATO, 2014. p. 21). Esta teoria apresenta os traços de uma abordagem aberta e compreensiva, levando em consideração as estruturas formais e também as informais. Além disso, para melhorar o entendimento do fenômeno organizacional o ambiente externo também passou a ser analisado.
Amboni e Andrade (2011, p. 140) que o estruturalismo busca analisar e comparar os fenômenos e elementos em sua totalidade destacando sua posição de valor. Corroboram ainda que a preocupação estruturalista é “com as relações e interconexões das partes na constituição e na compreensão do todo. [...] está alicerçado na totalidade e na reciprocidade para facilitar o entendimento de que o todo é maior que a simples soma das partes”.
3 MUDANÇA ORGANIZACIONAL
A mudança é uma característica marcante em ambientes tipicamente dinâmicos e está diretamente ligada à flexibilidade e capacidade de adaptação de uma empresa, sendo um jeito diferente de como determinadas tarefas e/ou processos são executados em face de uma variável não comum ao cotidiano podendo ser interna ou externa e planejada ou não.
Chiavenato (2014, p. 108) afirma que “as empresas estão incluídas em um contexto altamente mutável no qual produtos, serviços, tecnologias, competências, necessidades do cliente, conhecimento, aspectos sociais e culturais, tudo isso está passando por mudanças” e complementa que a melhor forma de se estabelecer em um ambiente em constante mudança é mudar de acordo com ele.
Bressan (2001) citado por Andrade e Amboni (2011, p. 162) ainda conceitua mudança como sendo:
Qualquer modificação, planejada ou não, nos componentes organizacionais formais e informais mais relevantes (pessoas, estruturas, produtos, processos e cultura); modificação que seja significativa atinja a maioria dos membros da organização e tenha por objetivo a melhoria do desempenho organizacional em resposta às demandas internas e externas.
Bernardes e Marcondes (2003, p. 233) corroboram que mudanças requerem compreensão dos administradores porque comportar-se de
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