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As Mulheres conquistam cada vez mais creibilidade e respeito no mercado de trabalho

Por:   •  11/10/2018  •  1.945 Palavras (8 Páginas)  •  339 Visualizações

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A Revolução Feminista que despertou as mulheres a mostrarem suas verdadeiras potencialidades e buscarem um lugar no mercado ocorreu há pouco mais de 30 anos. Entre as várias ideias que contribuem para a discriminação da mulher estão as que definem a mulher como “força de trabalho secundária” ao afirmar que sua contratação gera custos maiores do que a mão de obra masculina. A tese de que é mais caro contratar mulheres, está relacionada aos custos indiretos associados à maternidade e ao cuidado infantil.

Nesses 30 anos houve uma inserção, cada vez maior, da mulher no campo do trabalho, fato este explicado pela combinação de fatores econômicos, culturais e sociais, tais quais, os avanços e crescimento da industrialização no Brasil, o contínuo processo de urbanização e a redução das taxas de fecundidade nas famílias. Esses fatores ajudaram a mulher a se estabelecer no mercado de trabalho e a derrubar algumas falsas premissas e preconceitos que existiam sobre a mulher e suas capacidades perante o trabalho.

Com base no artigo de Janaína Raquel dos Santos Canabarro e Julice Salvagni, constatam que durante anos, a perspectiva na participação das mulheres líderes no ambiente organizacional, está em constante mudança. Isso é recorrente, de uma maior busca por reconhecimento na carreira feminina, por meio de maiores esforços para demonstrar que o perfil feminino é tão capaz e competente quanto ao perfil masculino, em função da liderança de uma organização. Portanto quebrando paradigmas da sociedade nesse gap entre cargos femininos e masculinos.

É notável o acréscimo representativo do número de mulheres inseridas no mercado de trabalho atual, inclusive com a conquista de cargos de chefias e outros até então inimagináveis, sob o ponto de vista de um contexto histórico, de que pudessem ser confiados às mulheres, como é o caso das gerentes de banco, engenheiras, motoristas. As mulheres representam 44% da população economicamente ativa do Brasil, segundo a Organização Internacional do Trabalho.

Algumas mulheres ainda declaram que existem muitas barreiras, culturais e preconceituosas sobre algumas profissões. Alguns aspectos culturais perante a mulher no mercado de trabalho se mostram tão enraizados na sociedade que algumas executivas sequer percebem o preconceito como tal, assumindo-o como elogio (do tipo: “Você não tem essas coisas de mulher, como instabilidade emocional”). Os estereótipos machistas estão tão arraigados culturalmente que por vezes não são percebidos por suas próprias vítimas (NETO; TANURE; ANDRADE, 2008).

- Contexto psicológico

Dentro das barreiras psicológicas, visando a presença feminina no corpo de empresas, podemos enxergar a dificuldade da diversidade do meio de trabalho, mesmo que esta ainda seja uma característica bem vista às empresas que realizam as contratações com foco em tornar seu meio de trabalho diversificado socialmente.

Segundo, Daft (2000) diversidade da forca de trabalho significa a contratação e a inclusão de pessoas com qualidade humanas diferentes e que pertençam a vários grupos sociais diferentes. Logo, a presença da mulher em ambientes coorporativos não só realiza a inclusão social da mesma.

A relevância da presença feminina, porque a mesma tornou-se relevante com a força que veem exercido em diversos países, realizando ainda contribuições econômicas.

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- Contexto do genero

Nas últimas décadas as mulheres conseguiram aumentar a sua participação no mercado de trabalho e conquistaram mais posições hierárquicas nas organizações ao redor do mundo todo. Segundo Thomas, isso ocorre devido à necessidade das empresas aumentaram o número de pessoas de diferentes culturas e gêneros, bem como às necessidades contemporâneas de aumentar a renda familiar. (THOMAS, 2000; HANASHIRO et al., 2005).

Embora a proporção das mulheres seja crescente, infelizmente, ela continua muito menor do que as dos homens em cargos mais elevados na hierarquia organizacional. A desigualdade de gêneros ainda existe e atinge as relações sociais.

Segundo Hurley, o cenário de dominação masculina ainda codifica os valores de todas as sociedades. Mesmo que esteja sendo disseminada de maneira menos explícita, esta dominação ainda reflete- se em inúmeras situações de discriminação que continuam ocorrendo, o que indica que da igualdade de direitos à igualdade de fato há ainda uma profunda diferença. (HURLEY, 1999; MAVIN e BRYANS, 1999; BETIOL, 2000; SOARES, 2000).

Ainda há um choque muito grande entre o universo dos gêneros masculino e feminino, e o principal fator que dificulta a inserção da mulher nos cargos executivos, é o fato de terem que provar diariamente suas qualificações e competências tanto quanto os homens para se manterem em suas devidas funções, tendo muitas vezes que assumir posturas masculinas para firmarem suas posições.

Outros tipos de preconceito que ocorre nas organizações é o comportamento feminino em cargos executivos. Ocorre uma contradição de homens machistas que pensam de uma forma na qual a mulher é estereotipada como um ser guiado por seus sentimentos e intuições e o homem por ser mais agressivo e racional. Neste caso para a mulher assumir um emprego, ela tem que assumir uma postura considerada “masculina” como forma de mostrar autoridade e adquirir o respeito dos subordinados. Para ser respeitada, tem que pensar, agir e trabalhar ′′como homem′′. Porém, não pode deixar de ter uma postura “feminina”, de docilidade e delicadeza. Essa demanda é paradoxal, pois não há como mesclar todos estes atributos ao mesmo tempo: ser emotiva, sensível, racional e agressiva (BETIOL e TONELLI, 1991; CARVALHO NETO, TANURE e ANDRADE, 2010).

Conclui-se que ainda que haja a possibilidade de analisar todas as barreiras as quais compõe as mulheres executivas no Brasil, ainda há um significativo processo discriminatório que incide sob a forma de preconceito. A única solução para as mulheres vencerem na carreira executiva, seria investindo mais no trabalho, com esforço contínuo e comprometimento maior que os homens. Além da competência técnica, elas tem o desafio de internalizar atributos que os homens valorizam, pois como dito anteriormente, este ainda é um universo predominantemente masculino.

Referencial Teórico:

http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_EOR1970.pdf

www.revistagesec.org.br/secretariado/article/download/347/pdf_73

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