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A PARTICIPAÇÃO E A SITUAÇÃO ATUAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  5/4/2018  •  6.039 Palavras (25 Páginas)  •  432 Visualizações

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Muitas trabalhadoras são mães e precisam deixar os filhos para sustentar a casa. O governo tem investido muito nisso. Em 2002, tínhamos pouco mais de 10% das crianças de 0 a 03 anos nas creches. Em 2012, esse número passou para 21%. A situação melhorou, mas os esforços precisam continuar. (GODINHO, 2015)

Além disso, segundo Probst(2015), no RH Portal, é importante ressaltar que a inserção da mulher no mundo do trabalho vem sendo acompanhada, ao longo desses anos, por elevado grau de discriminação, não só no que tange à qualidade das ocupações que têm sido criadas tanto no setor formal como no informal do mercado de trabalho, mas principalmente no que se refere à desigualdade salarial entre homens e mulheres.

De acordo com Probst(2015), menciona o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dois estudos com o balanço dos ganhos e as dificuldades enfrentadas pelas brasileiras ao longo dos anos 90. A renda média das trabalhadoras passou de R$ 281,00 para R$ 410,00. As famílias comandadas por mulheres passaram de 18% do total para 25%.

A média de escolaridade dessas “chefes de família” aumentou em um ano de 4,4 para 5,6 anos de estudos. A média salarial passou de R$ 365 para R$ 591 em 2000. Uma dificuldade a ser vencida é a taxa de analfabetismo, que ainda está 20%. Outra característica da década foi consolidar a tendência de queda da taxa de fecundidade iniciada em meados da década de 60. As mulheres têm hoje 2,3 filhos. Há 40 anos, eram 6,3 filhos.

Com menos filhos, as mulheres puderam conciliar melhor o papel de mãe e trabalhadora. A história da mulher no mercado de trabalho, no Brasil, está sendo escrita com base, fundamentalmente, em dois quesitos: a queda da taxa de fecundidade e o aumento no nível de instrução da população feminina. Estes fatores vêm acompanhando, passo a passo, a crescente inserção da mulher no mercado e a elevação de sua renda.

No entanto, Em entrevista concedida ao site da Veja, Nadine Gusman, representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil, reforça a importância de adoção de políticas públicas e defende força-tarefa entre homens e mulheres na luta por igualdade. Segundo sua opinião, “se for pela vontade espontânea, ou pela consciência, demoraremos mais de 80, 100 ou 200 anos para atingir a igualdade”.

Nadine lembra que a sociedade ainda não criou todas as estruturas para garantir uma vida produtiva fácil e igualitária entre homens e mulheres. Assim, quando elas entram no mercado de trabalho, os salários são menores e os preconceitos dos empregadores são diversos, como por exemplo, a questão de que a mulher pode engravidar, ter filhos, sugerindo que esses fatores encarecem sua mão de obra.

Além disso, ela chama atenção para o fato de que as pessoas ainda acham que os homens de fato merecem estar nas lideranças e que as mulheres ainda não tem capacidade e formação para ocupar posições mais altas. Os homens ainda estão a margem da luta pela igualdade de gênero por uma questão de comodidade e por acharem que isto é um problema das mulheres.

Ainda de acordo com Probst (2015) na atualidade, onde há alta taxa de desemprego, as mulheres tem sido a parte mais afetada. Esse fator tem sido preocupante inclusive pelo fato de que boa parte das mulheres tem função central no sustento da família. No ano passado, uma análise do IBGE mostrou que as brasileiras estão tendo filhos mais tarde e se tornando chefes de família em mais domicílios do país.

Todos esses fatores demostram que é preciso uma movimentação social e política forte para que haja uma conscientização de que um mundo mais igualitário é melhor para todos, citando dados do Fórum Econômico Mundial que reforça a tese de que quanto maior a igualdade de gênero nos negócios, mais as economias tendem a ser dinâmicas e competitivas.

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2.EVIDÊNCIAS DA DESIGUALDADE

Segundo Stefano (2015) da revista Exame, um estudo da consultoria americana McKinsey sobre o mercado brasileiro, mostra que há um equilíbrio, no que diz respeito aos gêneros, na admissão de recém-graduados nas empresas.

No momento que as promoções começam a surgir, no entanto, as mulheres vão ficando para trás. No Brasil, as mulheres detêm 35% dos cargos de média gerência e 16% dos altos cargos executivos. Entre os presidentes de empresas, elas são apenas 2%.

Ainda de acordo com este estudo, por muitos anos, a explicação para a distância salarial entre os gêneros e a ausência de um número maior de mulheres em cargos de comando era baseada na diferença do que os economistas chamam de capital humano — a qualificação acadêmica e profissional. Os homens, segundo essa argumentação, tinham uma formação melhor e eram mais produtivos. À medida que o nível de educação feminina foi aumentando, essa explicação foi perdendo força.

De acordo Stefano(2015) enfatiza que há mais de duas décadas as mulheres são maioria nas universidades brasileiras. Antes elas se voltavam majoritariamente para áreas consideradas menos nobres. Hoje há mais mulheres do que homens entre os médicos com menos de 30 anos. Em 2013, o número de mulheres que concluíram cursos de graduação em direito e administração em todo o país foi superior ao de homens.

Na revista Carta Capital, Machado(2016) observa que na hora de avançar na carreira, vai se acentuando de forma assustadora a tendência já visível nos dados anteriores: as mulheres são apenas 23% entre os pesquisadores 1ª do CNPq, e muito menos do que isso entre os professores titulares.

Inclusive, pode-se notar que as áreas de pesquisa com maior concentração de mulheres recebem muito menos incentivos financeiros do que as dominadas predominantemente por homens.

Quando se fala em altos cargos, as mulheres marcam pouquíssima presença entre os membros, em contrapartida, representam 84% dos profissionais dedicados à Educação Básica. É também nesse nível de ensino que estão os salários mais baixos do magistério.

Apesar de todas essas conquistas, a desigualdade persiste. Por quê? O que pode ser explicado pela diferença que ainda existe em termos de currículo acadêmico e de experiência profissional e o que é consequência de um tratamento desigual?

Uma pesquisa feita por economistas das universidades Harvard e Princeton descobriu que o número de mulheres nas grandes orquestras americanas não passava de 5% nos anos 70. Logo após a introdução de audições às cegas para a contratação

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