A Mulher no Mercado de Trabalho
Por: Lidieisa • 5/4/2018 • 1.830 Palavras (8 Páginas) • 303 Visualizações
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Apesar desse crescimento no Brasil a mulher representa apenas 5,1% dos cargos em construção, enquanto os homens ocupam 94,9%. Nas indústrias ocupam um pouco mais que a metade, oposto a isso representam a maioria em cargos domésticos com o percentual 94,5%, e também em cargos de administração publica 63,2%. A área de atuação com menos diferença e no Comércio onde elas ocupam 41,2% e o sexo oposto 58,8%, segundo IBGE,2009.
Embora as mulheres sejam maioria da população brasileira, ela representa a minoria em dados de empregabilidade correspondendo a 3,6% já os homens 7%. As mulheres também são minoria em trabalhos com carteira assinada, 35,5%, enquanto as autônomas correspondem a 30,9%, desta porcentagem 17% são como empregada domestica.
- O DIFERENCIAL DA EDUCAÇÃO
As mulheres se preocupam mais com os estudos que os homens, já que o conhecimento técnico acaba virando um diferencial na hora da contratação. Isso se reflete em dados, estes informam que a distância entre os sexos no quesito instrução aumentou em todas as faixas etárias, a maior diferença esta entre os 18 e 24 anos de idade, 32% das mulheres dessa faixa estudam, entre os homens esse numero cai para 28,9%.
O “sexo frágil” se arma de conhecimentos e educação para enfrentar as dificuldades, e ser competitiva no mercado, contraditório a isso pesquisam revelam que quanto maior o grau de instrução, maior é a diferença salarial entre homens e mulheres. Em 2002, o rendimento da mulher equivalia a 70% do rendimento masculino. Em 2012 a taxa subiu para 73%. Mas para pessoas acima de 12 anos de estudos os salários são ainda mais desiguais, o rendimento feminino cai para 66% da renda do homem.
- MULHERES EM CARGOS DE LIDERANÇA
Se o número de mulheres trabalhando e menos que o dos homens, é lamentável saber também que elas são também minoria em cargos de chefia. Um dos fatores de dificuldade que a mulher enfrenta para conquistar cargos de liderança é a licença maternidade, um direito conquistado com muitas lutas, e ampliado em 2008, na extensão de quatro para seis meses, garantindo uma maior segurança para mulher voltar para seu trabalho e reorganizar sua rotina. Na visão da empresa quanto maior for o cargo, maior será a frustação para a empresa quando a mulher se fizer ausente.
De acordo com a pesquisa Internacional Business Report (IBR), realizado em 36 países a presença de mulheres em cargos de CEO aumentou 5% de 2015 para 2016. E de mulheres no comando financeiro também registrou saldo positivo de 5% para 11%.
Apesar do Crescimento o Brasil ocupa a 3ª posição nos países que menos promovem funcionárias mulheres para posições mais altas, já que 57% das companhias brasileiras não têm mulheres em cargos de liderança, dados da pesquisa: “Women in Business 2019” da Grant Thornton.
Cabe ressaltar as características do perfil de liderança feminino, que vem ganhando destaques no gerenciamento de pessoas. As mulheres valorizam mais o trabalho em equipe, são mais perseverantes e constantes, menos imediatista e mais capazes de raciocinar a longo prazo. A sensibilidade feminina permite facilidade na formação e controle de equipe além de possuir como destaque: organização, flexibilidade, detalhismo e tranquilidade.
Foram muitas conquistas ate aqui, mas ainda há muito caminho a percorrer para se chegar a chefia e muito grande além do esforço do trabalho em si, a mulher tem que enfrentar as barreiras feitas por preconceitos e discriminação.
- MULHERES EM CARGOS POLÍTICOS
A ausência da mulher na politica não é algo tão atual, vem da historia onde as mulheres não tinham nem o direito de voto. Somente em 1932 as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto, sendo o Brasil o primeiro país latino americano a conceder esse direito.
Apesar disso o direito de voto não implicou na transformação substancial das relações de gênero, na Assembleia Constituinte de 1934 apenas uma mulher foi eleita: Carla Pereira de Queiroz, São Paulo. Entre 1945 e 1982 a presença feminina na Câmara Federal não chegou a 2%. Somente em 1986 foram eleitas mulheres em numero considerado na Câmara dos Deputados.
Em 1995 a Conferencia Mundial sobre a mulher das Nações Unidas estabeleceu no mínimo 30% como meta mundial de participação das mulheres em casa legislativa, mas isso não mudou muito o numero de mulheres na politica, geralmente não passam de 30%.
Para Vera Soares, Secretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Política para as Mulheres do governo federal, o motivo para o déficit de participação feminina na política é a falta de incentivo e de investimentos das próprias legendas para que as mulheres sejam efetivamente eleitas, não figurando apenas por cumprimento da cota exigida por lei.
"Não é que as mulheres não queiram ou não gostem de política. Elas participam ativamente dos movimentos sociais que impulsionam as transformações do país. Mas elas acabam não participando da política formal. Eu acho que o grande impedimento aí são os partidos e a falta de investimento por parte deles" (Vera Soares).
Um marco histórico na politica brasileira não foi muito distante: em 2010 onde foi eleita a primeira presidenta mulher no Brasil, Dilma Rousself, que foi reeleita em 2014, e teve processo de impeachment aberto em dezembro de 2015, e no mês atual de Maio de 2016 o processo ainda está em andamento.
- DIFERENÇA SALARIAL
A diferença salarial entre homens e mulheres vem desde o início, ainda na segunda guerra mundial onde as mulheres recebiam 60% a menos que os homens. Hoje segundo a ultima pesquisa do IBGE 2012, no Brasil as mulheres recebem 73% do rendimento masculino.
Isso ocorre por discriminação pura e simples, esta e definida como observância de tratamento desigual para insumos de produção iguais. E essa e a única justificativa para uma mulher e um homem com mesmos cargos e funções e ate empresas terem salários diferentes. Sem duvida a diferença salarial é um dos maiores desafios da mulher atual.
- CONCLUSÃO
A muito tempo a mulher vem lutando por oportunidades e direitos iguais, e principalmente respeito, tanto no mercado de trabalho, quanto na sociedade.
Apesar de ter conquistado espaço no mercado de trabalho o preconceito nunca deixou de existir e isso se reflete na minoria de mulheres que ocupando cargos de chefia,
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