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Análise do Transporte na região Sul

Por:   •  5/2/2018  •  1.685 Palavras (7 Páginas)  •  257 Visualizações

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O Porto de Cachoeira do Sul une a região central do Estado aos portos de Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. O porto é considerado de grande potencial econômico, devido à navegabilidade do Jacuí entre Cachoeira do Sul e Porto Alegre (SPH-RS, 2014c).

O Porto de Porto Alegre recebe fertilizantes, bobinas de papel-jornal, pasta de celulose, transformadores elétricos, sal, derivados de petróleo, grãos de origem vegetal, produtos siderúrgicos, contêineres e cargas em geral. A maioria das cargas transportadas, em termos de valor agregado, é convergida ou gerada nas imediações desse porto. Porém esse não aproveita sua atual infraestrutura portuária e hidroviária. Assim, as indústrias gaúchas, que possuem alto índice de penetração nos mercados internacionais, não encontram no PPOA um portal de negócios (COLLAZIOL, 2003). Em 2013 o porto movimentou 1.004.522 toneladas, sendo que grande parte desta, se deu através da importação, sendo a principal rota, Porto Alegre – Rio Grande.

O Porto de Charqueadas é dedicado, exclusivamente, ao transporte de granéis sólidos (carvão) para o abastecimento do Polo Petroquímico de Triunfo. O Porto de Charqueadas , no ano de 2013, movimentou 258.763 toneladas (SPH-RS, 2014a).

A partir da análise dos dados, é possível observar de forma mais clara como o sistema hidroviário gaúcho se configura. Embora o estado possua algumas rotas com movimentação de cargas maior do que as outras, como é o caso da rota Porto Alegre-Rio Grande, podemos concluir que todos os portos e hidrovias são significativos não só para a movimentação de cargas mas como forma de crescimento regional e estadual. Não basta produzir de maneira eficiente se a produção não for escoada da maneira correta. Portanto, é crucial que se invista mais nos portos interiores, pois, estas rotas tem capacidade para se desenvolverem ainda mais, e possibilitam que regiões do estado, que ainda não se desenvolveram industrialmente, possam avançar e crescer de acordo com o crescimento geral do estado e do país.

Pode-se perceber que o Porto de Rio Grande é peça chave na matriz hidroviária gaúcha, pois possibilita que os portos do interior se conectem com o mar. Por exemplo, se desejarmos exportar através do porto de Pelotas, esta mercadoria se dirigirá através de barcaças para o porto de Rio Grande, e então sim, será exportada. Já o porto de Pelotas se localiza próximo ao porto de Rio Grande sendo considerado um porto alimentador. Podemos perceber que cada porto interior possui seu papel estratégico, formando junto com o porto de Rio Grande, a matriz hidroviária do estado.

Podemos ainda analisar cada porto individualmente. O porto de Rio Grande, como explicado anteriormente, é peça chave na matriz hidroviária do RS, possibilitando a entrada de e saída de mercadorias no estado. O porto de Pelotas, é considerado importando pois é um alimentador para o porto de Rio Grande, porto do qual está próximo. Também é alfandegado, permitindo que as cargas sejam avaliadas e tributadas diretamente em Pelotas, agilizando o processo. Possui ainda estrutura para manutenção de embarcações. O porto de Estrela é crucial para o crescimento não só de Estrela, mas para todo o vale do taquari, região onde o mesmo está localizado. A região do Vale do Taquari, deferente de outras regiões do estado, é uma região industrial, o que aumenta ainda mais a importância do porto para a região. É importante ainda para a região de Santa Cruz do Sul. Já Cachoeira do Sul é importante economicamente devido ao arroz, sendo o porto importante para a movimentação do mesmo através do estado e ainda, a movimentação até o porto de Rio Grande para exportação. O porto de Porto Alegre foi historicamente importante para o Rio Grande do Sul. Atualmente, embora atue com capacidade reduzida, possui grande movimentação de cargas, principalmente a rota de Rio Grande-Porto Alegre, com produtos de importação. Já o porto de Charqueadas é importante devido a sua localização, região metropolitana de Porto Alegre, possui um terminal de uso privativo, e ainda é importante para o polo petroquímico, fundamental para a economia de estado.

4. CONCLUSÕES

Concluímos que a malha hidroviária gaúcha tem grande potencial para crescer, sendo importante que o crescimento desta, impulsione a economia do estado. Para tal, é necessário que se identifiquem os problemas e que investimentos sejam feitos, em estrutura, dragagem, iluminação e outros pontos importantes. É preciso que o estado perceba os benefícios que o transporte de cargas através de portos representam para o estado, e que se aproveite todo o potencial hidroviário existente no estado do Rio Grande do Sul.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COLLAZIOL, A. Transporte hidroviário no Rio Grande do Sul. UERGS, 2003. Disponível em . Acesso em 7/04/2014.

CNT. Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa CNT transporte marítimo 2012. Brasília, 2012.

DA SILVA, F. S; SELLITTO, M. A. Sistema hidroviário e portuário do Rio Grande do Sul: visão geral e contextual da infraestrutura. 2008. Disponível em . Acesso em 5/04/2014.

SARAIVA, P. L. O.; MAEHLER, A. E. Transporte hidroviário: estudo de vantagens e desvantagens em relação a outros modais de transporte no sul do Brasil. SIMPOI, 2013.

SCP-RS. Secretaria de Coordenação e Planejamento do Estado do RS. A Logística de transportes no desenvolvimento regional. Disponível em http://www.scp.rs.gov.br/upload/rumosVol4_1_001_067_red.pdf>. Acesso em 8/04/2014a

SPH-RS. Superintendência de Hidrovias e Portos do

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