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APS ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS

Por:   •  6/11/2018  •  1.626 Palavras (7 Páginas)  •  401 Visualizações

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(ou projetos). A estrutura departa mentalizada por função enfatiza a especialização, propiciando alta qualidade técnica em questões especificas, mas traz uma dificuldade de visualização dos objetivos maiores do negócio: a estrutura departa mentalizada por produtos focaliza o negócio, em sua essência, deixando a desejar quando a especialização de funções, que podem ser exercidas sem a profundidade requerida, até mesmo, em duplicidade entre as divisões. A estruturação da organização na forma matricial permite sobrepor os gerentes de produtos (ou projetos) aos gerentes funcionais. Assim, os coordenadores de projetos administram, com olhos voltados para os interesses do negócio da organização, os recursos cedidos pelas áreas funcionais da empresa.

Trata-se de uma forma de estrutura mais flexível as mudanças ambientais e permeável ás inovações do que as anteriormente descritas.

Como entraves ao sucesso e gerenciamento da estrutura matricial, pode-se citar:

- Possibilidade de conflitos, devido a duplicidade de comando entre chefias de projetos e chefias funcionais;

- Necessidade de alteração profunda na cultura organizacional;

- Estrangulamento de decisões, que passam a envolver diversos setores da organização.

Essa forma de estrutura organizacional mostra-se indicada para conviver com a crescente complexidade interna das organizações, à medida que seu tamanho se expande.

Para TASMASKO, citado por MACHADO E SILVEIRA (1998, P.40), a estrutura matricial deve ser empregada quando da ocorrência simultânea das três seguintes condições: (1) em duas sou mais atividades críticas da empresa, há necessidade de uma tomada de decisão altamente coordenada; (2) o trabalho a ser feito é extremamente complexo e deve ser executado em meio a condições de grandes incertezas; (3) vários recursos vitalmente necessários para executar o trabalho são extremamente escassos.

ESTRUTURA CELULAR

O tipo de estrutura a seguir descrito, aqui denominado celular, pode ser encontrado na literatura com várias denominações, embora mantendo suas características essenciais. Assim, enquanto PAIVA (1999, P.101-103) descreve um modelo organizacional celular, RIBEIRO ( 1993, pg,27-28) faz referência ao trabalho de Landier, que propõe a existência de uma empresa poli celular.

Embora com particularidades próprias, decorrentes da visão de cada autor, trata-se de variações em torno do mesmo tema, ou seja, da necessidade de uma forma diferente de estruturar a organização, apropriada á crescente complexidade, tanto de suas atividades quando de seu relacionamento com o ambiente externo.

Por retratar avanços relativamente recentes no campo organizacional e, por tanto, com menos difusão do que as demais formas de estruturas antes tratadas, optou-se aqui por apresentar as contribuições de diversos autores, proporcionando uma maior compreensão de suas nuances.

Para VASCONCELOS e HEMSLEY (1997, pg.25) trata-se de uma forma organizacional de alta complexidade, em que o delineamento da estrutura praticamente inexiste, e a informalidade é muito elevada.

Em PAIVA (1999, pg.101-131) se encontra a descrição do modelo celular.

Para o autor, alguns atributos caracterizam esse tipo de organização:

- Reconhecimento por valor gerado: “(...) o funcionário pode ocupar diversas posições em células distintas, de acordo com suas habilidades e competências” dessa forma, os limites impostos pelos cargos formais e pelos departamentos podem ser rompidos, aumentando a possibilidade de participação do indivíduo nas questões organizacionais;

- Autodesenvolvimento: “considerando-se que o conhecimento adquirido é, antes de mais nada, um ativo intelectual pertencente ao profissional, que leva consigo a qualquer empresa em que atue, nada mais lógico que esse profissional, amparado pela empresa, invista em seu desenvolvimento” assim, nesse tipo de situação caberá à organização definir com clareza o perfil do profissional desejado e criar mecanismos de incentivo para que o empregado possa realizar seu autodesenvolvimento;

- Responsabilidades pelos fins com autonomia sobre os meios: o empregado age livremente sobre os processos, escolhendo o melhor meio de alcançar os objetivos estabelecidos. Trata-se, portanto, de avaliar os resultados efetivos de cada profissional, e não de impor padrões de desempenho das atividades necessárias a alcança-los.

- Compromisso com o resultado: todos os indivíduos podem participar de todos os projetos da organização, tanto nas fases de planejamento quando nas de execução, de acordo com suas habilidades e competências, podendo, portanto, engajar-se na realização de compromissos assumidos;

- Decisões compartilhadas: o modelo celular considera como melhor a decisão tomada em consenso, que traduzir-se-á em compromisso assumido pelo indivíduo. Coloca-se assim, em oposição a posturas que descartam certos profissionais no processo de decisão para, posteriormente, exigir deles o cumprimento do que foi decidido.

Uma célula pode ser classificada de várias formas. Quanto a periodicidade de existência, pode-se ter células permanentes, as quais estarão em funcionamento permanente, células periódicas, que alternarão períodos de funcionamento com outros de inatividade, e celular eventuais, que serão montadas por tarefas especificas, desfazendo-se ao termino da missão. Quanto a visibilidade, pode haver células virtuais, em que seus participantes estão separados, embora atuando no mesmo processo, e cuja atuação pode ser facilitada significativamente pelo uso de tecnologias de comunicação, como a internet e videoconferência, entre outros.

ESTRUTURA EM REDE

Estruturar a organização pode funcionar em rede significa desagregar as funções da organização, transferindo-as para outras organizações que passam a atuar interligadas, sob a coordenação de um escritório central. A organização retém para si apenas o aspecto essencial do negócio, passando a administrar a rede de relacionamentos formada a partir da transferência para terceiros de todas as atividades que outras empresas puderem realizar com maior eficiência e a menores custos. Como funções tipicamente internas as organizações passam a ser executadas fora de seus domínios, torna-se

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