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A LIDERANÇA BASEADA NA CONCILIAÇÃO DA RAZÃO E EMOÇÃO COMO NOVO MODELO GERENCIAL: QUESTIONÁRIO ABORDANDO DE ONDE VEM A LIDERANÇA

Por:   •  29/11/2018  •  4.150 Palavras (17 Páginas)  •  396 Visualizações

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A capacidade de liderar está intimamente ligada com o processo da motivação, em uma situação de mútua dependência entre líder e liderados. O líder precisa dos liderados para realizar metas e vice-versa. Só há liderança quando há liderados, que seguem o líder, ou aceitam sua influência, por algum motivo. A motivação dos liderados é a identidade de interesses entre suas necessidades, valores e aspirações e as proposições do líder. Se quiser desenvolver suas competências como líder, você deve entender as motivações das pessoas que pretende liderar. (MAXIMIANO, 2007:215)

É importante estar atento aos anseios e emoções dos funcionários para haver interação e motivação. Faz-se necessário saber ouvir e filtrar as informações, buscando utilizá-las a favor da organização. O líder apoia, incentiva e dá condições para que as metas sejam atingidas. Ainda segundo o autor supracitado, o ato de liderar está relacionado à confiança e aceitação. Líder é que apoia, incentiva e dá condições para que as metas sejam atingidas. A liderança está relacionada a comprometimento, estabelecimento de metas e retorno por parte da organização, a respeito das expectativas e anseios do grupo.

- Gerência

Observa-se que o papel do gerente geralmente está ligado à sua posição na hierarquia da empresa, preocupando-se em delegar tarefas para cumprimento de metas. A função gerencial exige uma racionalidade de pensamento maior e total dedicação no cumprimento de metas e aplicação de ações ordenadas. Motta (1997) salienta que a função dos gerentes muitas vezes limita-se ao cumprimento das tarefas de seus subordinados, não cabendo a eles a preocupação com o nível de satisfação de sua equipe. Porém ele evidencia que o modo de pensar do gerente contemporâneo deve ser substituído por uma forma mais abrangente e perspectivas maiores. A forma antiga de gerenciar, bitolada e presa a metas, deve ser substituída por estudo e aprendizagem contínua, pois engessamento de pensamentos e opiniões pode tornar-se uma desvantagem para a organização.

Segundo Aguiar (2005), fica claro que o gerente moderno deve adotar postura de estudante contínuo, sempre preocupado em adquirir novos conhecimentos e observar o meio. Para o autor, técnicas são importantes, mas servem apenas para melhorar estruturas e procedimentos e com o auxílio delas sabe-se que se deve adotar uma postura moderna ao se tratar de gerir pessoas. Aguiar (2005) ainda afirma que existe diferença ao se conceituar e analisar o termo gerência e o termo liderança, pois gerência está ligada a processos e cumprimento de metas e liderança é um processo de aprendizado. O autor salienta que a gerência está relacionada a autoridade e a poder social, utilizando-se de instrumentos coercitivos. Já a liderança acontece por meio da influência e que esta tende a ser percebida pelos membros. Não se observa aqui o predomínio de coação ou represálias por parte do dirigente.

Para um melhor esclarecimento do assunto abordado, o próximo item terá como objetivo definir emoção e razão ressaltando as características de ambas, procurando analisar se há relação entre emoção e liderança. Desta forma, pretende-se descobrir de onde vem a liderança; se ela é inata ou é aprendida.

- RELAÇÃO ENTRE EMOÇÃO E RAZÃO

2.1 Emoção

Nota-se que as emoções são as reações dos estados da mente e manifestam-se logo nos primeiros instantes de vida. Davidoff (2001) toma como exemplo os bebês, observando que os mesmos já transmitem emoções logo quando nascem; através do choro eles transmitem sensações de incômodo como fome ou frio.

Para Davidoff (2001), as emoções podem ser externalizadas através de expressões faciais, gestos, ações, etc. Aparecem subitamente e parecem difíceis de controlar. Elas são feitas de componentes subjetivos. Assim, essas respostas são de difícil acesso e, consequentemente, muitas pessoas não conseguem controlar certas reações, como um sorriso, transpiração ou expressão de descontentamento, por exemplo. De acordo com o autor, as emoções são reações que vem do interior devido a estímulos exteriores. A raiva, a tristeza e a angústia trazem reações negativas como choro, isolamento e agressividade. Outros sentimentos como alegria, afetividade, interesse e esperança trazem reações positivas como um sorriso espontâneo.

Davidoff (2001) ressalta ainda que as emoções podem apresentar-se não somente através de reações gerais, mas também podem ser transmitidas de forma negativa, através de gestos agressivos. É fato que muitas pessoas experimentam pensamentos agressivos com certa frequência, mas o importante é saber controlar os impulsos advindos desses pensamentos, procurando manter uma boa relação interpessoal. Davidoff (2001) defende que, embora as emoções tenham curta duração, seus efeitos sobre as pessoas podem ser duradouros. Para ele a emoção é parte integrante das interações e quando vivenciadas podem trazer ao indivíduo uma sensação negativa ou positiva, servindo como um sinal ou alerta quando situações parecidas vierem a acontecer.

É possível perceber que as emoções também são necessárias nas tomadas de decisão. Segundo Soto (2010), a emotividade vem conquistando destaque no ambiente empresarial, pois os executivos estão percebendo que grande parte de suas decisões estratégicas que requeiram urgência são, em grande parte, movidas por intuição. Saber trabalhar com as emoções é um grande desafio para os líderes contemporâneos. Esse conceito é considerado como maior fator para a eficácia de uma liderança. Refere-se ao gerenciamento de nós mesmos e de nossas relações de maneira eficaz. Ainda de acordo com Soto (2010), esse conceito mostra-se importante, pois diz respeito à maneira como se deve agir diante de emoções aparentemente incontroláveis. Faz-se necessário saber controlar as reações causadas por emoções negativas e saber analisá-las no outro, observando e lendo as emoções refletidas, para tentar manter um bom relacionamento com as pessoas com as quais há convivência.

Neste contexto, Soto (2010) também enfatiza que as emoções fazem parte do cotidiano das pessoas e apresentam-se também como forma de comunicação não verbal. Elas surgem devido a estímulos do ambiente e são expressas pelo corpo de diferentes formas. Nota-se que muitas vezes as emoções apresentam-se de forma intensa, mas o ser humano deve expressar suas emoções procurando aprender a controlar pensamentos negativos e muitas vezes agressivos. É possível perceber que as emoções

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