GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS(SUPPLY CHAIN MANAGEMENT) COMO UM MODELO COMPETITIVO E GERENCIAL

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Depois disso, é apresentado o resultado de uma pesquisa de Larson e Halldorsson, cujo propósito principal era definir o que se entendia como sendo o escopo de SCM, onde são identificados quatro visões de COMPRAS, e estão agrupadas em: tradicionalistas a SCM como aspecto estratégico na área de compras; (RE) rotuladores-a SCM é simplesmente um nome atual para o setor COMPRAS; interseccionistas-a SCM não é uma união de áreas, mas uma área que contém elementos de todas as outras áreas; e unionistas- a área de compras é o escopo da SCM.

Em seguida, Pires retoma as diversas definições sobre a SCM e enfatiza a importância que outros autores como Mentzer dá a gestão interna da SCM, já que ela é a “coordenação sistêmica e estratégica das tradicionais funções de negócios dentro de uma particular empresa e ao longo da SC, com o propósito de melhorar o desempenho no longo prazo das empresas individualmente e da SC como um todo”. E assim define a SCM como uma abordagem sistêmica, um conjunto de processos de negócios gerenciais-focaliza a SCM como um processo de negócios para obter um balanço adequado dos termos de satisfação do cliente e eficiência ao longo da SC. o texto traz ao longo de seu caminho muitas definições, muitos conceitos de SCM.

Dentro dessa perspectiva, são mostrados três eixos como sendo escopo da SCM: processo de negócios, tecnologias iniciativas, práticas e sistemas, e organização e pessoas que sugerem um modelo tridimensional da atuação de SCM, onde existe uma escala de evolução em cada eixo, a visão estratégica deve permear os três eixos, deve-se medir os resultados e o modelo é apenas uma abstração no sentido de ilustrar o conteúdo de SCM.

Ao final do capítulo, o assunto também envolve o conceito de empresas virtuais (VE)que podem ser consideradas uma cooperação temporária entre competências complementares e explorar uma oportunidade específica de negócio. Esse tipo de negócio tem crescido devido à velocidade e globalização da era digital. Esse conceito de virtualidade significa habilidade da empresa oferecer produtos/serviços completo ao cliente, sendo ela proprietária apenas de seus recursos. Algumas características dessas empresas são o foco nas competências centrais dirigidas pela oportunidade, estrutura dinâmica, relacionamento semi-estável, confiança, infra-estrutura tecnológica, onde parte dessas atribuições também se aplicam à SCM. Assim, uma empresa virtual possui uma cadeia de suprimentos mais eficaz, eficiente por ser dinâmica e existindo similaridades entre elas como por exemplo as parcerias entre as empresas (devem ser feitas boas escolhas) que dividem competências e recursos para atender as demandas de mercado e o crescente uso da TIC para facilitar a execução conjunta e integrada de processos de negócios em geral.

Ao final do texto, é comentado também sobre a cadeia de suprimento enxuta e cadeias ágeis, onde o termo de produção enxuta nasceu no Ocidente com o movimento de just in time. Esse termo é utilizado no contexto de SCM como foco na remoção de anomalias e práticas que causam desperdícios nos processos ao longo da SC. Já a produção/manufatura ágil é mais contemporânea e atua com foco na obtenção de um sistema produtivo que se adapte e responda rapidamente às mudanças no mercado. Uma constatação importante é que muitas empresas que se aderiram à produção enxuta também se tornaram ágeis. Um exemplo de negócios nessa linha são as empresas virtuais que também se utilizam dos mesmos princípios. Num ambiente dinâmico e competitivo, os custos e agilidade são fatores que concorrem para o sucesso do negócio.

Esse texto tem enfoque acadêmico, é útil para ter a ideia dos conceitos de gestão de cadeia de suprimentos de forma mais clara, mais didática e traz uma visão interna da gestão sem esquecer os elementos externos para uma eficiência de SCM.

Maylla Raquel Araujo Morais, acadêmica do curso de Administração de empresas da Universidade Estadual do Piauí.