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A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO RAMO DE MONTAGEM DE MANGUEIRAS HIDRÁULICAS

Por:   •  2/5/2018  •  3.458 Palavras (14 Páginas)  •  541 Visualizações

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Este artigo pretende identificar, através de um estudo de caso em uma empresa do ramo de montagem de mangueiras hidráulicas, industriais e tubos de aço, localizada no Sudoeste de Minas Gerais, quais as práticas relacionadas ao planejamento que são adotadas pela organização, e quais resultados obtidos após a adoção dessa ferramenta administrativa. Como objetivos específicos, busca-se identificar pontos de melhoria na gestão, visando crescimento e solidificação da empresa em seu mercado de atuação.

2 PLANEJAMENTO

Para Chiavenato (1987), planejamento é uma função da gestão e da administração, a qual busca, antecipadamente, identificar os atos que poderão sobrevir ao ambiente empresarial.

[...] o planejamento implica fundamentalmente em traçar o futuro e alcançá-lo, sua essência consiste em ver as oportunidades e problemas do futuro e explorá-los ou combatê-los conforme o caso. O planejamento é um processo que começa com a determinação de objetivos; define estratégias, políticas e detalha planos para consegui-lo; estabelece um sistema de decisões e inclui uma revisão dos objetivos para alimentar um novo ciclo de planificação.

Segundo Thomaz e Lopes (1978), o planejamento é um método contínuo, sempre será necessário reajustá-lo de acordo com as alterações e mudanças que ocorrem no ambiente empresarial.

O planejamento é um processo contínuo, permanente e dinâmico. As empresas que o adotam mantêm o sistema vivo, dia após dia, ano após ano, pois, como veremos mais tarde, o planejamento sofre realimentação perene por ser enorme a interdependência (e interação) das partes que o compõem. (THOMAZ e LOPES, 1978, p.04)

Essas mudanças são identificadas através da análise do ambiente organizacional, no qual, são identificadas as oportunidades e ameaças existentes no ambiente externo e os pontos fortes e fracos dentro do ambiente interno. Esses fatores podem interferir na capacidade da empresa em cumprir seu objetivo. O propósito deste processo é analisar o ambiente organizacional para que seja realizado adequadamente o planejamento ideal, chegando ao seu principal objetivo.

Segundo Certo (2006), os três níveis de ambiente são: ambiente geral, ambiente operacional e ambiente interno.

No ambiente externo, encontram-se as oportunidades e ameaças que estão no círculo de fora da empresa, as quais interferem nas tomadas de decisões dos administradores desta organização.

Ainda segundo Certo (2006), o ambiente externo é composto pelos ambientes geral e operacional.

- Ambiente geral: constituído por componentes em que não há controle sobre eles, tais como, econômico, social, político, legal e tecnológico;

- Ambiente operacional: como no ambiente geral, também não há controle sobre seus fatores, que são constituídos por componentes como clientes, concorrentes, mão de obra e fornecedores.

Ambiente interno é o nível de ambiente da empresa que se localiza dentro de sua própria área, sendo representado pelos aspectos organizacionais, bem como pelas áreas funcionais compostas por componentes recursos humanos, marketing, produção, pesquisa e desenvolvimento e finanças. Este nível, geralmente, tem implicância direta, específica e é de natureza controlável. A análise do ambiente interno tem por finalidade investigar quais os pontos fortes e fracos da empresa que devem ser colocados em evidência diante do posicionamento do mercado.

2.1 Níveis do planejamento

Segundo Oliveira (2001), o planejamento é constituído de três níveis hierárquicos, sendo eles: estratégico, tático e operacional, os quais são relacionados de acordo com cada nível de decisão.

Figura 1 - Níveis de decisão e tipos de planejamento[pic 1]

Fonte: (OLIVEIRA, 2001, p.43)

- Planejamento estratégico: envolve a empresa por completo. É de responsabilidade dos níveis mais altos da administração (presidentes, sócios e diretores). Seus objetivos são alcançados em longo prazo;

- Planejamento tático: envolve as áreas funcionais da organização, como RH, pesquisa e desenvolvimento, financeiro, marketing e produção. É de responsabilidade da média gerência (coordenadores e gerentes). Seus objetivos são alcançados em médio/curto prazo;

- Planejamento operacional: este é aplicado em projetos de curto prazo. É de responsabilidade dos baixos níveis de gerencia (técnicos e executores). Esse planejamento dispõe de planos de ação e operacionais.

3 ESTRATÉGIA

Estratégia pode ser caracterizada como um caminho a ser seguido para alcançar os objetivos da empresa. É um conjunto de decisões, organizadas para a orientação da empresa no mercado. Afirma Wheelen apud Chiavenato e Sapiro (2004, p.39): “[...] estratégia empresarial é um plano-mestre abrangente que estabelece como a organização alcançará sua missão e seus objetivos”.

3.1 Origem

Estratégia não é um termo atual, ele vem sendo utilizado há muito tempo, no campo de estudos organizacionais.

Desde quando o homem das cavernas se pôs a caçar, pescar ou lutar para poder sobreviver, a estratégia sempre esteve presente como um plano antecipado do que fazer para ser bem sucedido. (CHIAVENATO E SAPIRO, 2004, p.26)

Uma das primeiras utilizações da estratégia foi na guerra. Esta era vista como “a arte do general” (CHIAVENATO e SAPIRO, 2004), onde os militares tinham uma ação programada, que era utilizada de acordo com o comportamento do adversário, pois, para vencer a batalha, era necessário planejar antes de entrar em ação. Confirmam Chiavenato e Sapiro (2004, p.27-28):

A guerra foi o cenário em que nasceu o conceito de estratégia, como é usualmente entendido. As constantes lutas e batalhas ao longo dos séculos fizeram com que os militares começassem a pensar antes de agir. A condução das guerras passou a ser planejada com antecipação. Ao longo dos milênios, o conceito de estratégia foi passando por constantes refinamentos e novas interpretações com aplicações na área militar.

Com isso, a estratégia integrou-se nas organizações a fim de construir um futuro sólido para as empresas a através do uso correto dos recursos empresariais, sendo eles, materiais, financeiros e humanos. Considera-se um meio de utilização que proporciona

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