A História da ciência e das universidades
Por: Sara • 8/8/2018 • 2.947 Palavras (12 Páginas) • 280 Visualizações
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VI a. C. na cida
de grega de Mileto, por
aquele que é apontado como o primeiro filósofo, Tales de Mileto.
Tales de Mileto acreditava em deuses, ma
s a resposta que ele dá à pergunta acerca
da origem ou princípio de tudo o que vemos
no mundo já não é mítica ou sobrenatural.
Dizia Tales que o princípio de todas as co
isas era algo que podia ser diretamente
observado por todos na natureza: a água. Te
ndo observado que a água fazia crescer e
viver, enquanto que a sua falta levava os se
res a secar e morrer; tendo, talvez, reparado
que na natureza há mais água do que terra e que grande parte do próprio corpo humano
era formado por água; verificando que esse el
emento se podia encontrar em diferentes
estados, o líquido, o sólido e o gasoso, foi leva
do a concluir que tudo surgiu a partir da
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água. A explicação de Tales ainda não é cien
tífica; mas também já não é inteiramente
mítica. Têm características da
ciência e características
do mito. Não é baseada na
observação sistemática do mundo, mas
também não se baseia em entidades
sobrenaturais. Não recorre a métodos adequa
dos de prova, mas também não recorre à
autoridade religiosa e mítica.
Este aspecto é muito importante. Cons
ta que Tales desafiava aqueles que
conheciam as suas idéias a demonstrar que nã
o tinha razão. Esta é uma característica da
ciência — e da filosofia — que se opõe ao
mito e à religião.
A vontade de discutir
racionalmente idéias, ao invés de nos limitar
mos a aceitá-las, é um elemento sem o qual
a ciência não se poderia ter
desenvolvido. Uma das vantagens da discussão aberta de
idéias é que as falhas das nossas idéias são
criticamente examinadas
e trazidas à luz do
dia por outras pessoas. Foi talvez por isso que outros pensadores da mesma região
surgiram apresentando diferentes teorias e, deste modo, se iniciou uma tradição que se
foi gradualmente afastando das concepções míticas anteriores.
Assim apareceram na Grécia, entre outros,
Anaximandro (séc. VI a. C.), Heráclito
(séc. VI/V a. C.), Pitágoras (séc. VI a. C.), Parmênides (séc. VI/V a. C.) e Demócrito
(séc. V/IV a. C.). Este último defendia
que tudo quanto existia era composto de
pequeníssimas partículas indivisí
veis (átomo), unidas entre si de diferentes formas, e que
na realidade nada mais havia do que átomos
e o vazio onde eles se deslocavam. Foi o
primeiro grande filósofo naturalista que ac
hava que não havia deuses e que a natureza
tinha as suas próprias leis. As ciências da
natureza estavam num estado primitivo; eram
pouco mais do que especulações baseadas na observação avulsa.
Por outro lado, as ciências matemá
ticas começaram a desenvolver-se e
apresentaram desde o início mais resultad
os do que as ciências da natureza.
Pitágoras descobriu resultados matemático
s importantes (teorema de Pitágoras),
apesar de não se saber se terá sido realme
nte ele a descobrir o te
orema ou um discípulo
da sua escola. A escola pitagó
rica era profundamente mística;
atribuía aos números e às
suas relações um significado mítico e religi
oso. Mas os seus estudos matemáticos eram
de valor, o que mostra mais uma vez como a
ciência e a religião estavam misturadas nos
primeiros tempos. Afinal, a sede de conhec
imento que leva os seres humanos a fazer
ciências, religiõe
s, artes e filosofia é a mesma.
O teorema de Pitágoras
Os resultados matemáticos tinham uma
característica muito diferente das
especulações sobre a origem do universo e de
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