A ECONOMICA BRASILEIRA
Por: Juliana2017 • 28/6/2018 • 988 Palavras (4 Páginas) • 328 Visualizações
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os principais mercados consumidores.
A exportação de ouro do Brasil cresceu em toda a primeira metade do Século XVIII, alcançando o apogeu entre 1750 e 1760. A economia mineira proporcionou uma renda média inferior à da economia açucareira na sua etapa de maior prosperidade.
No entanto, o desenvolvimento endógeno com base no próprio mercado da região mineira não se realizou por várias razões: 1) a incapacidade técnica dos imigrantes para iniciar atividades manufatureiras; 2) a falta de desenvolvimento manufatureiro em Portugal cujas técnicas poderiam ser transferidas ao Brasil; 3) o acordo de Methuen em 1703 entre Portugal e a Inglaterra que fez com que Portugal retirasse o embargo às importações de tecidos ingleses. Enquanto a Inglaterra foi o único país da Europa a fomentar o desenvolvimento manufatureiro antecedendo à Revolução Industrial, Portugal transformou-se numa dependência agrícola dos britânicos. Essa é certamente uma das causas do atraso econômico do Brasil em relação aos países líderes do capitalismo mundial.
Ao transformar-se o café em produto de exportação, o desenvolvimento de sua produção se concentrou na região montanhosa próxima da capital do país, o Rio de Janeiro. Na economia cafeeira, os interesses da produção e da comercialização estiveram entrelaçados e, desde cedo, a classe dos cafeicultores compreendeu, também a enorme importância de ter o governo como instrumento de ação econômica. A renda gerada pela economia cafeeira permitia remunerar os proprietários, os assalariados e o governo.
O Século XX começou no Brasil com a crise da economia cafeeira devido à superprodução. Para evitar a queda do preço do café no mercado internacional, o governo brasileiro procurou desencorajar a produção e interveio para comprar os excedentes obtendo, para tanto, empréstimos no exterior. O serviço desse empréstimo seria coberto com um novo imposto cobrado em ouro sobre cada saca de café exportada. O êxito financeiro da experiência consolidou a vitória dos cafeicultores e reforçou o seu poder no governo central por mais de um quarto de século até 1930.
A partir desse momento, dois eventos precipitaram os preços para uma baixa significativa: o primeiro, o governo federal, no esforço de combater a inflação e estabilizar o câmbio, deixou de socorrer a economia cafeeira, gerando clima de desconfiança e, o segundo, a eclosão da crise da Bolsa de Nova York.
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