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Trabalho Micro e Macroeconomia: A economia de acordo com a atual conjuntura econômica brasileira

Por:   •  9/7/2018  •  8.165 Palavras (33 Páginas)  •  465 Visualizações

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Deve-se levar em consideração então, que os indivíduos agem de forma excepcionalmente racional, gerando a auto-regulação da economia, não necessitando de qualquer tipo de intervenção no mesmo.

2.1 Visão dinâmica

Segundo Schwartz, a visão estática (a soma das partes é igual ao todo) começou a ser demolida nos anos 20 por Piero Sraffa, que ao alertar contra os pressupostos das leis neoclássicas, indicava que o espaço econômico não é homogêneo, plano, no qual indivíduos com o mesmo poder buscam a satisfação de interesses mutuamente compatíveis. A partir daí entra em cena a visão dinâmica da economia, onde a soma das partes gera um caleidoscópio, uma economia com padrões de concorrência e organização industrial que mudam sem parar ao longo do tempo, sem que as relações globais sejam harmônicas.

O autor afirma também que os neoclássicos (teoria estática) ao defenderem uma coerência entre a racionalidade “micro” e “macro”, acabam fazendo afirmações sobre mecanismos gerais de operação do sistema econômico. Em contraponto, na visão dinâmica, apesar de abrirem mão dessa coerência global, não deixam de fazer afirmações sobre a “estrutura geral” da economia capitalista.

Outra oposição apontada pelo autor entre a visão estática e a visão dinâmica, refere-se à visão de mercado de trabalho: a visão neoclássica de “mercado de trabalho”, afirma que os trabalhadores seriam responsáveis pela “oferta” e os empresários pela “demanda” de mão de obra. Já na visão dinâmica, são os empresários que definem o nível de emprego da economia, enquanto os trabalhadores têm um comportamento passivo (princípio da demanda efetiva).

2.2 Visão Estática x Visão Dinâmica

Visão Estática

Visão Dinâmica

A soma das partes é igual ao todo

Os comportamentos de todos e de cada um dos indivíduos são regidos por uma lógica geral; a soma das ações individuais racionais é um desempenho coletivo eficiente.

A soma das partes é um caleidoscópio

A soma das partes gera um caleidoscópio, uma economia com padrões de concorrência e organização industrial que mudam sem parar ao longo do tempo, sem que as relações globais sejam harmônicas.

Parte de uma lógica capaz de explicar todos os aspectos da economia;

Não há qualquer compromisso “atomístico”, ou seja, não se busca traduzir uma lógica geral do sistema no comportamento de suas unidades elementares (não se prende à noção de sistema);

Os neoclássicos, ao defenderem uma coerência entre a racionalidade “micro” e “macro”, acabam fazendo afirmações sobre mecanismos gerais de operação do sistema econômico.

Em contraponto apesar de abrirem mão dessa coerência global, nem por isso deixam de fazer afirmações sobre a “estrutura geral” da economia capitalista.

Os neoclássicos insistem na constituição mercantil das atividades econômicas, ou seja, cada economia é uma estrutura de trocas (em que o dinheiro é apenas introduzido de fora, no sistema, para facilitar as trocas).

O dinheiro não é introduzido “de fora” e sua disponibilidade depende da operação do sistema financeiro e das relações sempre mutantes entre os vários setores econômicos.

A visão neoclássica de “mercado de trabalho”, segundo a qual os trabalhadores seriam responsáveis pela “oferta” e os empresários pela “demanda” de mão de obra.

Na visão dinâmica, são os empresários que definem o nível de emprego da economia, enquanto os trabalhadores têm um comportamento passivo (princípio da demanda efetiva).

3.1 O autor discorre sobre o contexto histórico da evolução do pensamento econômico e analisa, sobretudo, as situações paradoxais em que os costumes das sociedades e as teorias dos pensadores de cada época esbarram em dificuldades e contradições para entender o contexto econômico. Sendo estática ou dinâmica, micro ou macro, a Economia lida com possibilidades de controle, em que fazer previsões é arranjar provisões, munir-se. Alguns alegam que o mercado se autorregula sem interferência do Estado, outros afirmam que existe necessidade de intervenção estatal. O autor afirma que até mesmo os mais neoclássicos economistas defendem um controle, ainda que sejam mínimos, sobre os agentes econômicos – pessoas, empresas, setores e instituições. Neste aspecto conforme o autor, já surge uma situação paradoxal, pois é a visão liberal da economia assumindo características totalitárias.

3.2 Contexto histórico

Grego:

Oikos: palavra grega que significa casa e nomos que se refere a “costume, convenção ou lei”. Nesta época predominava rigidez nas relações familiares gregas, sendo os princípios transmitidos de geração para geração. Em oposição ao mundo doméstico estava tudo que podia ser discutido publicamente. Surgia aos poucos, uma realidade intermediária, onde o filósofo Epicuro que vivia em uma época de decadência das cidades gregas se preocupava com a sobrevivência digna do cidadão independente cuja denominação passa a ser oikeiosis (exaltação do prazer). Entre os estóicos a oikeiosis foi adquirindo um sentido mais amplo, uma ampliação do sentido oikos (casa) e catalática (trocas).

3.3 Preço justo

Na Idade Média, tem início a busca pelo “preço justo” que é o principio catalático (trocas) adequado ao instinto de autopreservação. Entretanto, entre a democracia grega e o surgimento moderno das cidades, o instinto econômico exerceu-se, sobretudo, através da violência – impérios, escravização, invasões, etc. Também ocorreu a dominação por meio da representação da força, no caso a Igreja que representava a força divina.

3.4 O Poder Invisível é ineficiente – Pensadores

Maquiavel (1469 – 1527) discutia os meios de obtenção e manutenção do poder pela ação da força, pela administração da violência e dos conflitos de interesse entre vários grupos. Em Maquiavel, o Poder já não é matéria divina; o rei se preserva mais por saber manipular as necessidades humanas. Esse modelo de dominação baseado na manipulação era insuficiente para uma época que consagraria a invisibilidade do poder porque a obra

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