A Administração e Gerenciamento de RSS
Por: eduardamaia17 • 1/5/2018 • 3.592 Palavras (15 Páginas) • 333 Visualizações
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De acordo com a temática que envolve os RSS, que necessita um olhar disciplinar, uma vez que se encontram relacionadas a esse assunto variáveis pertencentes a diferentes áreas do saber, como o meio ambiente, a química, a biologia e a saúde coletiva. O presente estudo propõe uma exploração sobre aspectos relacionados ao trabalho de administração desses resíduos e a saúde e segurança dos funcionários que lidam diretamente com os RSS na instituição privada Monte Azul que exerce suas atividades na região de Araçatuba.
OBJETIVO DA PESQUISA
O objetivo da presente pesquisa foi analisar a situação da gestão dos resíduos gerados principalmente os Resíduo do Serviço de Saúde da cidade de Araçatuba e conhecer a adequação que a empresa Monte Azul tem na administração desses materiais ligado à legislação, tecnologia usada, procedimentos, acondicionamento, coleta e transportes desses Resíduos, verificar também se as normas que regulamentam a gestão desses resíduos está devidamente sendo seguida pela empresa.
METODOLOGIA EMPREGADA
No presente trabalho utilizou-se como metodologia de natureza exploratória descritiva, através de uma abordagem qualitativa, nas atividades ligados ao tratamento dos resíduos de serviços de saúde, conforme as lei e normas de biossegurança aplicadas saúde e a segurança dos trabalhadores de Resíduos, a pesquisa teve como a participação dos profissionais que desempenham atividades específicas, entrevistando e dialogando, também com a realização de pesquisas bibliográficas e artigos ligadas ao setor, constatamos de como esse processo influência no meio ambiente, que tem como objetivo de organizar a produção de resíduos e proporcionar à redução do lixo gerado, encaminhamento seguro, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, da otimização recursos naturais e a integridade do meio ambiente.
O que é RSS?
RSS ou Resíduo do Serviço de Saúde, é o nome técnico de: lixo hospitalar, lixo branco, lixo infectante, lixo séptico e lixo biológico. Existe muitos riscos potenciais existentes nos resíduos de saúde (biológicos, químicos e radioativos) que podem colocar em risco a saúde pública do meio ambiente.
Quem é o Gerador?
Os geradores do RSS são os estabelecimentos de assistência à saúde humana ou animal, que incluem: os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos em campo; laboratórios analíticos de produtos para a saúde; necrotério, funerárias e serviços onde se realizam atividades de embalsamento; serviços de medicina legal; drogaria e farmácias, inclusive as de manipulação; ensino e pesquisa na área de saúde; centro de controle de zoonoses; distribuidores e importadores de produtos farmacêuticos, materiais e controles para diagnostico; unidades moveis para atendimento à saúde; serviços de acupuntura, e serviços de tatuagem, dentre outros similares.
Qual a Responsabilidade?
Os estabelecimentos prestadores de serviços de assistência à saúde, são os responsáveis civil administrativa e criminalmente pelos seus resíduos, desde a geração até o destino final. Devido a importância do correto manuseio, toda existência do RSS, está amparada pela
Resolução 306/2004 da ANVISA, desde a geração, acondicionamento, coleta interna, abrigo, coleta externa, transporte, tratamento, até a destinação final.
Classificação dos Resíduos
Os resíduos são classificados em:
Grupo “A” – Biológicos: Resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente devido a presença de agentes biológicos (bactérias, fungos, vírus, clamídias, riquetsias, micro plasmas, príons, parasitas, linhagens celulares, outros organismos e toxinas). Ex.: Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, bolsas transfusionais de sangue ou hemocomponentes, meios de cultura, vacina vencida ou inutilizada, filtros de ar e gases, tecidos, membranas, órgãos, placentas, fetos, peças anatômicas, animais, carcaças e vísceras, objetos perfurantes ou cortantes, excreções, secreções, líquidos orgânicos, ou outro que tenha tido contato, materiais descartáveis que tenham entrado em contato com paciente.
Grupo “B” – Químicos: Resíduos que contém substancias químicas que podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente devido as suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxidade. Ex.: Drogas quimioterápicas e outros produtos que possam causar mutagenicidade e genotoxicidade e os materiais por elas contaminados; medicamentos vencidos, interditados, não utilizados, alterados e impróprios para o consumo, reagentes de laboratórios, resíduos contendo metais pesados, antimicrobianos e hormônios sintéticos, etc.; demais produtos químicos considerados perigosos conforme classificação constante da NBR 10.004 da ABNT.
Grupo “C” – Radioativos: Resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente devido as suas características de radiações ionizantes, radiação cósmica; radiação natural dos materiais. Ex.: Enquadram-se neste grupo os resíduos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a Resolução CNEN 6.05.
Grupo “D” – Comuns: São todos os resíduos que não oferecem qualquer tipo de perigo à saúde ou ao meio ambiente, equivalem-se ao lixo doméstico ou os Resíduos Sólido Urbanos – RSU. É nesse grupo que se enquadram os resíduos recicláveis. Ex.: papéis, restos de alimentos e etc.
Atenção: qualquer resíduo comum se for contaminado com resíduos perigosos, torna-se igualmente perigoso.
Grupo “E” – Perfuro cortantes: Materiais perfuro cortantes ou escarificantes tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâmina de bisturi... etc.
Acondicionamento
O acondicionamento é feito em sacos ou recipientes que evitem vazamento e resistam as ações de puncturas ou rupturas.
Grupo A: Saco plástico com Identificação do gerador, data, símbolo e inscrição de infectante, devendo serem substituídos quando atingirem 2/3 ou 24 horas, fechado com forte nó, sem esvaziamento ou reaproveitamento. (NBR nº 9191)
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