SEXUALIDADE: UMA AÇÃO PEDAGOGICA NA ESCOLA
Por: Jose.Nascimento • 14/12/2017 • 3.347 Palavras (14 Páginas) • 451 Visualizações
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Segundo Silvares (2002), pesquisas atuais mostram que há evidências de que as crianças não entendem totalmente vários aspectos ligados à sexualidade a despeito de se envolver em uma diversidade de condutas sexuais. Ou seja, a partir do momento em que informamos a estas crianças sobre a sexualidade, as tornamos mais aptas de tomarem melhores decisões no que se diz respeito a sua vida sexual. Para que possa ocorrer, efetivas modificações na vida sexual dessas crianças, primeiramente é necessário estudar a melhor maneira de como se abordar essa temática com elas, seus familiares e sua instituição.
Precisa-se definir as melhores maneiras de se adentrar a esse assunto, que até então é tão delicado, os pais, precisam tratar dos assuntos de fórum mais íntimos e profundos, enquanto a instituição e os educadores trabalhos as formas mais sócias de convivência. Pois assim, cria-se um laço entre a escola e os pais, para que nesse momento seja criando uma força tarefa de enfrentamento a essas duvidas, segundo Suplicy (1983), muitos pais acreditam que a educação sexual tem o sentido exclusivamente de se sentar e assistir a aulas de anatomia ou realizar discussões que abordam sobre os perigos da sexualidade. Precisa-se compreender que a educação sexual é ensinada desde o dia do nascimento da criança, pois ela acaba por assimilar as informações do meio em que vive. Pode-se dizer que a maioria dos conhecimentos passados pelos pais são indiretos, ou seja, eles não tem conhecimento de que o fazem, e assim o sujeito constrói a sua percepção sobre a sexualidade (SUPLICY 1983).
De acordo com Muller (2013), depois do nascimento da criança, os pais são os principais exemplos, tornando-se os primeiros e fundamentais educadores sexuais de seus filhos. O meio familiar, deve ser um lugar tanquilo, onde a criança se sinta a vontade para compartilhar de seus medos e anseios, por mais delicada que seja a situação e conversa, principalmente no que tange os temas tabus referentes a sexualidade, estes pais precisam encorajar os seus filhos a guia-los a essa conversa para que seja solucionada seus principais dilemas e que suas expectativas sejam cumpridas ou ao menos discutidas O ambiente familiar precisa ser o porto seguro da criança, para que a mesma tenha um local para recorrer sempre que necessário. Para Ribeiro (2009), é fundamental que a família seja um ambiente de discussão e de desenvolvimento mútuos, sendo capazes de iniciar conversas, trocas experiências e resolver conflitos sem violência.
Quando começou a ser discutida a necessidade da educação sexual no ambiente escolar, havia certo receio dos pais sobre a temática, mas, com o passar do tempo, o aprofundamento das pesquisas e a reivindicação da abordagem do tema na escola, viu-se a importância desse aprofundamento, agora, caminha-se em outra direção, a unidade familiar, não só reconhece a importância, como cobra a orientação sexual dentro da escola, por vezes, pela dificuldade de se discutir o tema em casa, se acordo com BRASIL, 2000, os pais apresentavam resistências à orientação sexual no âmbito escolar, contudo sabe-se que atualmente os pais reivindicam a abordagem do tema, não só reconhecendo a sua importância para as crianças e jovens, como também a dificuldade encontrada em falar claramente a respeito do assunto em casa.
A escola também vem como ferramenta de combate ao preconceito, já que por diversas vezes as crianças aprendem sobre sexualidade de maneira distorcida. É esperado que a educação sexual transmita a sexualidade a partir de um enfoque sociocultural, ampliando a percepção do mundo do aluno, e ajudando-o a aprofundar e refletir sobre suas opiniões (SUPLICY, 1983). Para Ribeiro (2009), só informar não basta, é preciso apresentar atitudes positivas em relação ao sexo, para que as crianças possam perceber a sexualidade como algo positivo. Por sua própria natureza a criança é um ser curioso, atento e disposto ao aprendizado orientado, as respostas para suas perguntas colaboram para um exclarecimento mais saudável, incentivando assim, a escola e sua equipe a se prepararem para dar informações positivas, incentivando neste desenvolvimento da criança ao longo da vida. Nesse momento surge a importância da formação pedagógica e critica dos profissionais da instituição, pois, caso essas respostas não sejam resolvidas, gerará ansiedade e tensão. A Instituição, portanto, deve oferecer um espaço que tenha a finalidade de esclarecer dúvidas, contribuindo para o alívio das ansiedades que muitas vezes interferem na aprendizagem dos conteúdos escolares transmitidos (BRASIL, 2000).
. Para Muller (2013), uma educação sexual de qualidade é aquela que pode originar constantes reflexões sobre temas coletivos ou individuais. A instituição deve ter uma visão aberta, sobre essas experiências vividas, ou que ainda serão vividas pelos alunos, uma equipe pegagogica bem formada e preparada, auxiliará na construção destes indivíduos e uma educação exual vinculada a qualidade de vida, prazer e bem estar. Portanto, o trabalho da orientação sexual dentro das instituições é da promoção da saúde das crianças (BRASIL, 2000).
Uma Ação Pedagógica na Escola
Diante das dificuldades encontradas pelo dilema sexual na fase de desenvolvimento do aluno, é de extrema importância que o educador tenha maneiras mais amenas de atingir esse tipo de educação na escola, principalmente enquanto organização social, sendo necessária uma abordagem mais simples e que ajudem a possibilitar o acesso às informações e faça com que estas se transformem em conhecimento, trazendo uma luz aos questionamentos que envolvam a sexualidade humana, e, com mais ênfase naqueles assuntos que são mais delicados como, aborto, gravidez, contracepção, homossexualidade, erotismo, identidade sexual e outros.
O educador pode-se utilizar das mais variadas metodologias, fazendo uma observação e posterior avaliação da melhor didática a ser utilizada sobre sexualidade e aprendendo também a lidar com cada uma em sala de aula. São diversas as formas que se pode trabalhar a sexualidade na escola, diálogos, seminários, pesquisas, debates, mesas redondas, palestras e forma lúdico-culturais que estimulem os alunos no entendimento de dificuldades sexuais presentes na adolescência. De acordo com Lopes (2008), na sala de aula o tema da sexualidade é, em geral, um tabu pelo menos nos discursos legitimados pelos/as professores/as ao trabalhar com a educação sexual opacizando a multiplicidade de concepções e conseqüências sociopolíticas e culturais ao entender como dificuldade individualizada. Ele continua falando que a sala de aula é como uma sala vazia, tem
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