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ANÁLISE DA VISITA Á CAMPO COM EMBASAMENTO NOS TEXTOS LECIONADOS: PRAIA DOS ARTISTAS: NATAL/ RIO GRANDE DO NORTE

Por:   •  3/5/2018  •  1.598 Palavras (7 Páginas)  •  620 Visualizações

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“Deste modo, ao mesmo tempo em que os espaços públicos permanecem ambientes desejados pela população e reivindicados por ela ao poder público, cabe reconhecer que convivem com este desejo, de certo modo reprimindo-o ou neutralizando-o, uma série de situações controversas relacionadas ao binômio medo – segurança e à difusão de “espaços públicos” de outra natureza, como os propiciados pelo uso da internet. Cabe, no entanto, reconhecer a existência de outros aspectos que também contribuem de maneira desfavorável às reais apropriações dos espaços públicos, tais como a própria qualidade dos espaços públicos, e, portanto, as formas de planejamento e gestão sobre estes incidentes.”

[pic 5]

Ao continuar o percurso pela orla, pode-se ver o antigo bar caravela, onde nos anos 80 eram realizados campeonatos de surf. Hoje, pelo avanço do mar, o bar só abre em maré baixa, tornou-se um espaço em constante degradação e com poucas chances de ser revitalizado pela maré incontrolável e a indiferença política para obtenção de soluções que recuperem aquela área. Infelizmente o que se vê do local são restos de um monumento histórico que o tempo e o esquecimento se apossaram. Além do Caravela há um antigo bar que permanece ativo até os dias atuais mas com outra dinâmica, sabendo lidar com as constantes transformações que é o caso do Chaplin, hoje utilizado para recepções de casamentos, formaturas entre outros, mas que já foi bar e boate. Único que permaneceu desde os anos 70 para os dias atuais.

Contudo, apesar das entristecedoras noticias adquirida sobre o local, algo que trás esperança e resgate dos anos dourados é o encontro que acontecem no calçadão da praia dos artistas, próximo ao bar caravela, de antigos amigos, com idades em torno de 50 á 70 anos que se reencontram para relembrar de uma época onde viveram bons momentos. Há uma saudade e um desejo de rever aquela praia tão bela quanto antes, mas aqueles senhores sabem que as transformações no local desmotivaram a população turística, onde constantes assaltos não favorecem a visitação local. Compreendem que a parte da mobilidade urbana favoreceu a região e a construção de novos bares, hotéis, e do Centro de Artesanato, onde permanece viva a cultura artesã do local, gerando emprego e renda . Todas essas transformações favoreceram para o crescimento urbanístico da Cidade do Natal, porém não o suficiente para resgatar a quantidade de turistas e banhistas que se tinha antigamente. Como cidadãos, eles esperam que algo seja feito para revitalizar aquela região, mesmo sabendo que os governantes atuais tratam com indiferença este assunto de grande importância para a história, moradores e frequentadores do local.

Lamas, quando define um dos espaços públicos, a rua, expõe a característica de permanência do traçado, que independente das transformações urbanas resiste-se ao tempo. Isso ocorre para aqueles senhores que frequentam a praia dos artistas e os moradores do local, onde sempre verão traços atuais que possam trazer recordações do passado. Além disso, com embasamento em poéte, Lamas afirma que “a rua ou o traçado relaciona-se diretamente com a formação e crescimento da cidade de modo hierarquizado, em função da importância funcional da deslocação, do percurso e da mobilidade de bens, pessoas e ideias” isso se relaciona com a mobilidade urbana realizada na praia dos artistas que favoreceu o crescimento da cidade e a economia local, com suas novas construções comerciais.

O que faz aquele grupo de senhores permanecerem frequentando aquela localidade e marcando reencontros nos finais de semana, são as lembranças, apesar da parte física não permanecer como antes, em suas mentes continuam vivas e recordar para eles é viver novamente cada momento que tiveram nas décadas de 70 e 80. Podemos ver que apesar de tudo ainda há pessoas que não se esqueceram daquele tempo, daquela época, daquela história e principalmente das lembranças que serão como livros ambulantes em suas mentes que serão lidos para seus filhos, netos, bisnetos e assim sucessivamente, fazendo com que se enraíze e a esperança de melhorias para o local cresça e se efetue. Como cita Gabriel García Márquez em seu livro, Memórias de Minhas Putas Tristes: “O que você viveu ninguém rouba”, e assim serão as lembranças que jamais serão esquecidas por aquelas pessoas, serão como heranças de um passado que nem mesmo o tempo poderá roubar, mas que apesar disso, necessita de atenção para não ficar só nas lembranças o que precisa ser revitalizado e reconstruindo naquele marco histórico.[pic 6]

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