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A Educação Ambiental

Por:   •  7/9/2018  •  1.859 Palavras (8 Páginas)  •  424 Visualizações

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De acordo com Dias (1992), entre as orientações de Tbilisi destaca-se ainda que a Educação Ambiental deve considerar o meio ambiente em sua totalidade, em seus aspectos naturais e criados pelo homem. Enquanto processo contínuo e permanente a Educação Ambiental, deve atingir todas as fases do ensino formal e não formal; deve examinar as questões ambientais do ponto de vista local, regional, nacional e internacional, analisando suas causas, consequências e complexidade. Deve também, desenvolver o senso crítico e as habilidades humanas necessárias para resolver tais problemas e utilizar métodos e estratégias adequadas para aquisição de conhecimentos e comunicação, valorizando as experiências pessoais e enfatizando atividades práticas delas decorrentes.

Apesar da diversidade de definições, a Educação Ambiental pode ser entendida, de forma mais ampla, como uma dimensão da educação voltada para as questões ambientais (SANCHEZ, 2008). É um processo pedagógico participativo constante que busca incentivar no educando uma consciência crítica a respeito da problemática ambiental.

De acordo com a Lei 9.795/99, Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (LEI 9.795, 1999, art. 1º).

A Educação Ambiental é um processo onde indivíduos aprendem a importância do meio ambiente e como viver em harmonia com ele.

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Barbosa (2008) afirma que existem diversos conceitos que buscam definir a EA, formados por diferentes olhares. Além disso, a EA é um campo do saber que ainda não se consolidou e está mergulhado em variados interesses e relações de poderes que buscam definir a área.

2.2. A Educação Ambiental no Brasil

No Brasil, a Educação Ambiental surge estimulada pelos movimentos internacionais ecologistas que agitavam a Europa e os EUA entre os anos 60 e 70 do século passado. Em 1972 o Brasil esteve presente em Estocolmo, para a Conferências da ONU sobre o meio ambiente e assinou a Declaração da ONU para o Meio Ambiente Humano (DIAS, 2004).

Segundo Dias (2004, p. 80) em 1973, a Presidência da República criou a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), dentro do Ministério do Interior, comandada pelo professor Nogueira Neto. Esse foi o primeiro órgão nacional e oficial do meio ambiente no Brasil, entre suas atribuições estava a fiscalização e controle da poluição e a educação ambiental.

Com a criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) logo foi realizado um pacto de cooperação com o Ministério de Educação e da Cultura o que levou a definição de que a Educação Ambiental deveria constar no currículo.

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, no capitulo do meio ambiente, tornou a educação ambiental obrigatória em todos os níveis de ensino, porém sem trata-la como disciplina (BRASIL, 1997).

Mas, segundo Santos (2007, p. 14) apesar da previsão constitucional, bem como o fato da Educação Ambiental já ser reconhecida mundialmente como ciência educacional e também recomendada pela UNESCO e a Agenda 21, pouco foi feito no Brasil para a sua implantação concreta no ensino.

Inúmeras outras leis foram surgindo com os mesmos objetivos: a preservação e conscientização sobre a importância do meio ambiente e que reconheçam a importância da Educação Ambiental em nossas escolas.

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2.3. A educação ambiental na escola

Segundo Santos (2007), a educação apresenta-se como uma atividade própria do ser humano, por esse motivo ela deve ser conceituada para fundamentar e orientar os caminhos da sociedade. As tendências filosóficas da educação são constituídas de acordo com o padrão histórico de determinadas práticas educacionais

A escola é um espaço privilegiado para estabelecer conexões e informações, como uma das possibilidades para criar condições e alternativas que estimulem os alunos a terem concepções e posturas cidadãs, cientes de suas responsabilidades e, principalmente, perceberem-se como integrantes do meio ambiente. A educação formal continua sendo um espaço importante para o desenvolvimento de valores e atitudes comprometidas com a sustentabilidade ecológica e social (LIMA, 2004).

Segundo Travassos (2006), a escola é um ambiente ideal para a implantação a Educação Ambiental. E para que de fato está implantação alcance êxito, ela deve estar integrada ao projeto político-pedagógico escolar, sendo este projeto coerente com a sua realidade, comunidade e objetivos educacionais. O mesmo autor recomenda que seja um trabalho desenvolvido em conjunto coma comunidade escolar, tendo assim um caráter coletivo.

Segundo ANDRADE (2000), “... fatores como o tamanho da escola, número de alunos e de professores, predisposição destes professores em passar por um processo de treinamento, vontade da diretoria de realmente implementar um projeto ambiental que irá alterar a rotina na escola, além de fatores resultantes da integração dos acima citados e ainda outros, podem servir como obstáculos à implementação da Educação Ambiental”.

A educação ambiental nas escolas pode ser determinante para a amenização dos problemas que, há anos, vêm sendo causados ao meio ambiente pela ação do homem. (CARVALHO, 2001, p.46).

De acordo com Figueiró (2015), a determinação da temática ambiental na educação ganhou força, em nível mundial, a partir da proclamação da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005 - 2014); e, em nível nacional, em 2012, com a implantação da educação ambiental nos currículos escolares do MEC.

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REFERÊNCIA

ANDRADE, D. F. Implementação da Educação Ambiental em escolas: uma reflexão. In: Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 4.out/nov/dez 2000.

ANGHER, Anne Joyce (org.). Constituição Federal, 3 ed. São Paulo: Rideel, 2006.

BARBOSA,

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