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SÍNTESE AVALIAÇÃO PARTICIPATIVA DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Por:   •  22/10/2018  •  1.183 Palavras (5 Páginas)  •  287 Visualizações

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De acordo com Barreira (2009) o avaliador partilha o seu conhecimento técnico e poder de condução da avaliação com o grupo, numa perspectiva democrática na qual todos são chamados a participar. Ele assume o papel de facilitador pedagógico por capacitar/ instrumentalizar os sujeitos a serem os protagonistas da avaliaçao, de modo que possam exercer sua autonômia em relação ao avaliador.

Para a referida autora “[...] o avaliador assume, no decorrer do tempo, o papel de suporte e de consultor em assuntos técnicos e em tarefas específicas como análise estatística, desenho de instrumentis e relatório técnico”. (BARREIRA, 2000, p. 72). Quanto ao seu papel de consultor o avaliador é assim designado por ser chamado a participar de alguns momentos durante a execução da avaliação, ou, quando depois de terminada contribua com seus conhecimentos como avaliador externo.

Os procedimentos utilizados em uma avaliação participativa caracterizam-se por métodos dialógicos e participativos, como por exemplo, o uso de entrevistas interativas e dialógica, observação participante, análise de depoimentos, auto- avaliações, reuniões avaliativas grupais, e até mesmo a realização de oficinas criativas com recurso ao teatro, música, dança e outras formas de expressão que favoreçam o espaço para a participação e manifestação do indivíduo ou grupo de modo que seja possível a captação dos procedimentos e resultados do programa.

Conforme Barreira (2000) na avaliação a participação dos membros ativos do programa deve ser crescente, e deve envolvê-los em todas as fases de elaboração, implementação e execução do programa, assim como na formulação do problema, no desenho do plano, análise, interpretação dos dados e em outras etapas do processo avaliatório. Nos termos de Furtado (2011,p. 5), “[...] trata-se uma participação que vai muito além do fornecimento de informações [...]”.

De acordo com Carvalho (2009) a participação dos envolvidos limita o risco da avaliação participativa se tornar periférica e superficial, em razão disso, a participação da equipe técnica e dos beneficiários do programa é importante para a aferição não tão somente da consecução ou não dos objetivos propostos em um determinado programa soicial, mas também para a avaliação da sua capacidade em responder as demandas do seu público- alvo. Nessa direção, a avaliação participativa não deixa de utilizar instrumentos tradicionais da avaliação, como: a definição de indicadores, aplicação de questionários, realização de entrevista, e observação participativa ao mesmo tempo que estimula a reflexão dos participantes.

Nesse sentido, a avaliação participativa no campo das políticas públicas permite o redirecionamento de políticas, programas ou projetos sociais para melhor atender as reais necessidades dos seus beneficários. Carvalho (2009) argumenta que esse tipo de avaliação permite “correções de rotas”, pois oportuniza encontrar antecipadamente possíveis problemas ou estratégias inadequadas e alterá-las objetivando melhorar a sua eficácia e eficiência. Mediante esse tipo de avaliação é possível a apreensão dos múltiplos fatores, processos e resultados da ação pública a partir da diversidade de opiniões sobre o programa em avaliação.

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