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Resenha: A história das coisas e A história secreta da obsolescência planejada

Por:   •  20/12/2017  •  1.092 Palavras (5 Páginas)  •  464 Visualizações

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Em 24 de Dezembro de 1924, fundou-se o primeiro cartel mundial para controlar a produção de lâmpadas e dividirem o mercado o mercado mundial entre eles. O cartel chamado de Phoebus, reunia os principais fabricantes, de lâmpadas da Euroupa e EUA e tinha como principal objetivo controlar o consumidor.

Na sociedade de consumo, as estratégias publicitárias e a obsolescência planejada mantêm os consumidores presos em uma espécie de armadilha silenciosa, num modelo de crescimento econômico pautado na aceleração do ciclo de acumulação do capital (produção-consumo-mais produção). Mészáros (1989, p.88) diz que vivemos na sociedade descartável que se baseia na “taxa de uso decrescente dos bens e serviços produzidos”, ou seja, o capitalismo não quer a produção de bens duráveis e reutilizáveis. A publicidade é o instrumento central na sociedade de consumo e um grande motivador de nossas escolhas, pois é por meio dela que geralmente nos são apresentados os produtos de que passamos a sentir necessidade. A função da publicidade é persuadir visando a um consumo dirigido. Para aquecer as vendas, trabalha arduamente para convencer o consumidor da necessidade de produtos supérfluos. É o que Bauman (2008) chama de “economia do engano”. Para Latouche (2009, p.18), “a publicidade nos faz desejar o que não temos e desprezar aquilo que já desfrutamos. Ela cria e recria a insatisfação e a tensão do desejo frustrado”.

A obsolescência planejada é um marco do capitalismo que se expande cada dia mais, A obsolescência planejada é uma estratégia de mercado em que o processo de se tornar obsoleto, isto é, fora de moda ou já não utilizável, de um produto é planejada desde a sua concepção. Isso é feito para que no futuro o consumidor sinta a necessidade de aquisição de novos produtos e serviços que o fabricante oferecerá como substitutos para os antigos. Muitas vezes os consumidores veem a obsolescência planejada como um complô das empresas para fazê-los gastar mais.

Uma estratégia de obsolescência planejada pode ser contraproducente. Caso o fabricante a aplique com muita frequência, pode criar uma resistência do consumidor, que não se convence de que vale a pena substituir o que comprou há tão pouco tempo. É o que vem acontecendo no setor automobilístico.

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