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Os Aspectos Interdisciplinares das Históricas Ações de Estado no Atendimento á População

Por:   •  24/5/2018  •  1.581 Palavras (7 Páginas)  •  386 Visualizações

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Este vai surgir na década de 30, a partir da iniciativa de grupos sociais majoritariamente femininos vinculados à igreja católica, cuja origem social pode ser localizada na burguesia e aristocracia agrárias da época, e que constituirão exatamente a base social do movimento leigo.

Entre os anos de 1932-1936, num contexto político conturbado, as vésperas da ditadura que implanta o Estado Novo, foi inaugurado em São Paulo o Centro de Estudos e Ação Social (CEAS) como primeira iniciativa de formação de “trabalhadoras sociais”, baseado no método de ensino da Escola Católica de Serviço social de Bruxelas, com orientação para a formação técnica da ação social e difusão da doutrina social da igreja. Sendo promovidos diversos cursos dentre os quase se destacam: o de filosofia, moral, legislação do trabalho, doutrina social, enfermagem de emergência etc. O serviço social surgirá como um departamento especializado de ação social, que deve funcionar como alternativa à caridade e à repressão.

Em 1940 surgi em São Paulo outra escola de Serviço Social destinada a homens e com a oferta de bolsas gratuitas, subsidiadas pelo Estado, era o Instituto de Serviço Social. A prática que caracteriza a ação da igreja nesse período é marcada por um profundo conservadorismo, inspirada por correntes de pensamentos da direita européia, tem como principais adversários o anticlericalismo, o comunismo e as idéias materialistas que, segundo seu julgamento, encontram-se disseminadas no meio e operário e são vistas como ameaça através que é preciso neutralizar através da difusão da doutrina cristã e da obstaculização do desenvolvimento autônomo das organizações operárias. Durante o governo de Juscelino Kubistchek em 1960, surgiu dentro da categoria, assistentes sociais envolvidos no trabalho em comunidades que, influenciados pela militância católica de esquerda, começaram a questionar o trabalho social meramente assistencialista e sem perspectivas de mudanças na realidade dos assistidos.

Segundo SILVA, 1995, p.28 “Por outro lado, um reduzido setor da categoria profissional é influenciado pelo novo posicionamento dos cristãos de esquerda, que colocam a conscientização e a politização em função das mudanças estruturais. Essa nova postura permite que se registre, no período 60-64, uma prática desse reduzido grupo de assistentes sociais que parte de uma analise crítica da sociedade, percebendo as contradições e a necessidade de mudanças radicais”.[pic 8]

Entre os anos de 1967 e 1984 o Serviço Social se renova e neste período eventos organizados pelo CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviço Social), envolvendo profissionais e professores da área. E depois se articulando com a ABESS (Associação Brasileira de Assistentes Sociais). A perspectiva modernizadora foi projetada no documento do Congresso 1967 realizado em Araxá/MG. Nele fica elencada a necessidade da busca do desenvolvimento associado à promoção humana, através da conscientização da população, embasada na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).

A ORIENTAÇÃO FILOSÓFICA, CRÍTICA, ÉTICA E POLÍTICA DO ASSISTENTE SOCIAL.

O profissional, ou seja, o Assistente Social trabalha para combater as mazelas engendradas pelo capitalismo, entre as quais podemos destacar: a fome, o desemprego, a miserabilidade, a obstaculização das relações de trabalho, a exploração de menores, de mulheres, de idosos dentre outras. Podemos-se dizer em síntese as seqüelas da questão social. Vivemos numa sociedade desigual, na qual o Estado com suas ações minimalistas orientadas por ditames internacionais sucumbem à classe que só tem a mão de obra para sobreviver.

Mesmo com tantas contradições dentro do capitalismo, existem pessoas que acreditam em mudanças entres essas pessoas como o próprio profissional Assistente social. Estes abraçam as causas dos trabalhadores, brigam para retirada do código de menores, lutam contra a ditadura, e se mobilizam pela Constituição de 1988. Dessa maneira vários debates e discussões ocorreram e no ano de 1993, se materializam de forma coerente com as orientações filosóficas e políticas, a reformulação do Código de Ética. Sendo que este indica um rumo ético-político, um horizonte para o exercício da profissão nele encontra-se princípios que dão suporte para vencer os desafios do cotidiano, são fundamentais e devem nortear as práticas dos profissionais.

Segundo Iamamato (2008, p.77) os princípios que norteiam os profissionais são:[pic 9]

- Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do Autoritarismo;

- Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis e sociais e políticos das classes trabalhadoras;

- Posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso a bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como a gestão democrática;

- Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças e opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação exploração de classe, etnia e gênero.

O agravamento da questão social causada pelo neoliberalismo, a falta de recursos financeiros e materiais instituo em desafios. Sendo alguns dos seus empregadores: o primeiro setor que é o Estado, em segundo o setor, que são as empresas privadas e o terceiro e ultimo setor ONGs (Organizações Não- Governamentais), OSCIPS (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e

Movimentos Populares.

Segundo FREIRE, 1996, p.100 “Ao reconhecer que, precisamente porque nos tornamos seres capazes de observar, de comparar, de avaliar, de escolher, de decidir, de intervir, de romper, de optar, nos fizemos seres éticos e se abriu para nós a probabilidade de transgredir a ética, jamais poderia aceitar a transgressão como um direito, mas como uma possibilidade. Possibilidade contra que devemos lutar e não diante da qual devemos cruzar os braços”.

[pic 10]

CONCLUSÃO

Ao desenvolvermos este trabalho percebemos que Podemos considerar que o Serviço Social brasileiro ainda é muito jovem se partirmos do seu renascimento com a ruptura em 79, esperamos ter contribuído

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