CONTRACORRENTES EM TEMPOS DE TEMPESTADES: O PENSAMENTO DE JANE ADDAMS E DE MARY RICHMOND NO SERVIÇO SOCIAL/ MARIA IRENE DE CARVALHO
Por: kamys17 • 30/8/2017 • 994 Palavras (4 Páginas) • 941 Visualizações
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partidária, tendo sua principal contribuição neste âmbito, introduziu princípios de justiça social e equidade, desenvolveu grupos de autoajuda, pois alegava que os assistentes sociais tinham que atuar com grupos sociais, com uma ação coletiva. “O impactos dessas ações constituiu uma referência para determinadas reformas sociais inovadoras nos EUA e para a independência da profissão do Serviço Social, numa perspectiva simultaneamente crítica e científica (baseada em evidências).” (CARVALHO, 2012, p. 162)
Mary Richmond, teve seu contato com as COS ao começar a trabalhar nas organizações, foi secretária, e após concluir seus estudos passou a ser visitadora domiciliar através da Sociedade de Organização da Caridade, fazia uso da aplicação de inquéritos, este sendo uma ferramenta para definir os critérios de ajuda social. Juntamente com as COS, Richmond implementa a primeira escola de Filantropia aplicada em Nova Iorque (1897-98), na qual foi professora. Entendia que o indivíduo era o objeto de trabalho do Serviço Social, pois intervindo no ser social, no seu comportamento e ideias é que se intervia no meio social.
Enquanto Addams voltava seu trabalho para imigrantes, trabalhadores pobres, mulheres, crianças, doentes e pessoas mais velhas, Richmond, estabeleu leis a favor das mulheres, crianças e deficientes mentais. As duas autoras lidavam com grupos vulneráveis, mas delimitaram seus trabalhos com grupos diferentes; e por conseguinte, para ambas as autoras " o que realmente se destaca é o desejo de pesquisar, o impulso científico e reformista na análise da realidade." Richmond, ainda implementou o método de caso, defendia que o diagnóstico social, na forma de inquérito era uma forte ferramenta para a ação dos assistentes sociais, e ainda definiu que o problema social é o objetivo principal da profissão, pois os problemas sociais eram vistos de forma integrada, e deveria-se atuar na transformação destes. Ainda, fundou e fundamentou um novo conhecimento e uma nova profissão através do seu livro O Diagnóstico Social.
Mary Richmond, “dotou o Serviço Social de um conteúdo teórico e sistemático, formalizou técnicas e conteúdos, definiu como objetivo do Serviço Social não só educar mas também investigar e denunciar situações injustas. [...] Para além desses contributos e inovações defendeu a profissionalização da assistência. Participou na institucionalização da profissão do Serviço Social e na sua transformação, inserindo este saber na rota da ciência. Criou uma teoria e uma metodologia próprias.” (CARVALHO, 2012, p. 163 - 165).
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