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Análise de Conjuntura

Por:   •  11/12/2017  •  3.075 Palavras (13 Páginas)  •  389 Visualizações

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é necessário entender que ao dar o salto político ideológico, o assistente social se deu conta dos fenômenos diferentes daqueles que ele supunha, até então, infalíveis ou eficientes para a transformação da sociedade.

Devemos contestar a desigualdade, a exploração social, a dependência e a dominação política, assim com a exaltação de compromisso com as classes desfavorecidas, visando, a necessidade de organização e, se for o caso, mobilização popular.

A profissão do Serviço Social se inscreve como instrumento que intervém nos processos e programas conhecidos, geralmente, como desenvolvimento social. A simples constatação deste fato já chama atenção do sistema capitalista, em vista da forma dependente e subordinada em relação ao econômico e também da colocação subordinada e dependente dos técnicos que operam no campo social, no jogo das reais decisões do poder burocrático.

Dentro das políticas do desenvolvimento social ocorre uma clássica seleção: políticas de nível assistencial e políticas de nível promocional. Mesmo que a sua diferença, em muitos casos, inexista na prática e obedeça mais os critérios já conceituados, as primeiras estão dirigidas para o tratamento de fatores considerados formais, tais como a mendicância, a prostituição, o alcoolismo, o uso de drogas, a reabilitação carcerária, etc., ou então, pelo caráter de “problemas sociais”, que se referem às demandas dos setores de saúde, habitação, emprego, bem estar familiar e proteção aos menores, entre outros.

Devemos nos conscientizar que as políticas promocionais poderiam ser classificadas como aquelas que não limitam a prestação de serviços diretos, mas que incluem, igualmente, objetivos de educação, de capacitação, de organização e até de mobilização, seja com a finalidade de racionalizar e agilizar os programas de desenvolvimento (caso predominante), seja a fim de criar grupos de pressão para eliminar obstáculos ao poder sócio-político na implementação de políticas que são redistribuídas.

Temos que cuidar para que dentro de uma escala gradual, como o assistente social é um elemento mais condicionado para uma ação repetitiva e rotineira e altamente mecânica, não nos deixarmos levar por esse caminho, até porque o assistente social é o profissional que busca procurar caminhos que atenuem os problemas políticos, econômicos e sociais da sociedade.

Não podemos confundir assistência social com o serviço social. O Serviço Social é política social em si, voltada para saúde, educação e outros setores. O Assistente Social cria projetos, para esses setores de forma que a população tenha acesso a eles.

Quem se dedica ao Serviço Social é um eterno incomodado com a questão social do país. O Assistente Social busca soluções que diminuam as desigualdades sociais.

O assistencialismo é, pois, a prática que se faz tendo por base, mais do que realidade objetiva, a crença que uma parte de nossa atividade, o bem real que um serviço produza, é a verdade total. O Serviço Social viveu seus trinta primeiros anos mergulhados nessa convicção e somente a partir da década de sessenta é que surgiu, no âmago da profissão, através da Reconceituação, uma crítica à prática assistencialista.

O objetivo é buscar ter profundos conhecimentos da realidade social, econômica e política brasileira. Buscar e elaborar projetos e aplicá-los de acordo com a necessidade da população da família ou do indivíduo atendido ou ainda, da comunidade. Podendo também ser organizador ou assessor de grupos de trabalho, promotor de ações com o objetivo a conseguir recursos da própria comunidade, promovendo união entre a comunidade e o Estado, para agilizar a prestação de serviços e para explicar a legislação e funcionamento dos programas, executor de tarefas, culturais e recreativas, articulador das relações humanas, etc..., e ainda, em certos casos, verdadeiramente poucos, é o distribuidor de alimentos, o socorrista dos mínimos sociais. A profissão de assistente social, nos anos trinta, era atrelada às igrejas, era realizada voluntariamente, levando a ser conduzida como “assistencialismo” “caridade”. Com o amadurecimento do capitalismo na era Vargas e o surgimento de grandes centros, esta profissão passou a ter mais força, hoje seu código de ética é um dos mais progressistas e visa o comprometimento total com a democracia.

A profissão é regulamentada pela Lei nº. 8662, de 07 de junho de 1993.

Assistencialismo qualquer um pode fazer, mas, o trabalho técnico que o profissional desenvolve, exige dele um aprendizado e treinamento de formas operativas de trabalho e de execução que são, também, instrumentos reais de qualquer projeto de transformação.

Sob o ponto de vista da pesquisa, a reunião e a sistematização de cifras e estatísticas, de descrições das situações e dos problemas, de técnicas e métodos de trabalho, o conhecimento do funcionamento interno dos organismos, suas possibilidade dentro das limitações, são, também fatores constituintes da análise científica.

As instituições, como organismos técnicos operacionais, não mudarão radicalmente, por causa das conjunturas políticas favoráveis. O seu processo de transformação é lento e gradual e poderá ser acelerado em razão da união de uma série de elementos, conforme o conhecimento que deles se tenha, conhecimento este de importância para uma clara diferenciação do alcance estratégico dessas instituições.

Quando se admite em último caráter com a rigidez com que o fazem, não se estaria negando a prática política transformadora, com a defesa da prática mantenedora? Do ponto de vista da atuação científica ocorre problema semelhante o positivismo que se produz na prática burocrática seria criticado pela produção teórica, histórico estrutural da prática política, mas, com a mesma lógica, por ocasião do exercício profissional, esta última produção poderia ser formalizada e burocratizada.

Se dentro das instituições só é permitido trabalhar em função do sistema dominante, chega-se a seguinte conclusão: há momentos e lugares para cada uma das práticas políticas – os horários do escritório corresponderiam à burguesia, as horas de trabalho político, ao proletariado. Qual delas vence, nesse duplo exercício? Com certeza a resposta correta é um problema de relação mútua das forças de classe, o único que se desintegra é aquele mais frágil, conjunto e integralmente,

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