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A Violência contra os idosos

Por:   •  1/10/2018  •  9.954 Palavras (40 Páginas)  •  367 Visualizações

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Os conceitos sobre o envelhecimento passaram a fazer parte de discussões há alguns séculos pelos franceses. Entretanto, só no final do século XIX, de acordo com Peixoto(1998), eles passaram a dar um tratamento especial, ou social a velhice, a partir do momento em que passaram a distinguirem os velhos dos mendigos internados nos depósitos de velhos e nos asilos públicos. Neste momento o publico idoso passa a receber atenção do poder publico, e o interesse das ciências sociais francesas há algumas décadas e mais recentemente dos cientistas sociais brasileiros.

O fenômeno do aumento da população idosa, com mais de 60 anos, passou a ser observado e estudado pela antropologia, pois se tornou um problema social. A representação da pessoa envelhecida sofreu modificações e as mudanças sociais requeriam políticas voltadas para a velhice. Foram criadas categorias classificatórias adaptadas à nova condição moral e a construção ética do objeto “velho”. Neste contexto, constituíram-se diferentes categorias para designar esse segmento populacional.

Segundo Peixoto (1998), no século XIX na frança era denominado como velho ou velhote os indivíduos não tinham “status social” e os que possuíam uma condição financeira e social eram designados em geral como idosos. Anteriormente no século XVII, o termo velhote não possuía uma conotação pejorativa; ela designava também os velhos abastados, ou seja, o velho era aquela pessoa que vendia a sua força de trabalho, mas que, com o passar dos tempos tornou-se diminuído. Desta forma, a representação social da velhice era marcada pela inserção do individuo no processo de produção.

Na década de 60, com a implantação da nova política social para velhice, ocorre mudanças na estrutura social. As aposentadorias e pensões foram elevadas, e isso acabou trazendo prestigio aos aposentados, resultando ate nos termos de tratamento e uma nova percepção das pessoas envelhecidas, a partir desse contexto surge o termo idoso. Neste período, o termo idoso era empregado em duplo sentido, ora utilizado para caracterizar a população envelhecida em geral, ora para caracterizar a população originaria das classes sociais mais favorecidas.

- CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA NO BRASIL

Ao longo dos últimos cinqüenta anos, a população brasileira quase triplicou, passou dos 70 milhões em 1960 para 190,7 milhões em 2010. Por conseguinte o numero de idosos em 1960 era de 3,3 milhões de brasileiros, na faixa etária dos 60 anos ou mais, representado em percentual 4,7% da população. Em 2000, o numero de idosos chega a 14,5 milhões, ou seja, 8,5% dos brasileiros estavam nessa faixa etária e em 2010 a representação passou para 10,8% da população, equivalendo a 20,5 milhões de idosos.

As projeções do IBGE revelam que ainda no século XXI, a parcela de brasileiros que tem mais de 65 anos, aumentara dos atuais 12,4 milhões para 48,9 milhões e o numero de crianças caira dos atuais 50,2 milhões para 28,3 milhões.

Na visão de Bobbio(1997), a maior conseqüência da perspectiva negativa da velhice, foi o fato de que os idosos ainda hoje não conseguiram superar a exclusão da vida social.

Segundo Ramos (1993), vivemos num País que envelhece muito rápido, a passos largos. Apresenta alterações facilmente identificáveis na estrutura populacional e que no inicio do século XX, um brasileiro tinha expectativa média de vida em media 33 anos, ao passo que hoje essa expectativa de vida alcança os 65 anos. A expectativa de vida sofreu modificações ao longo dos últimos anos. Segundo a OMS (2009) a média de vida de um homem é de 71 anos (20 anos a mais do que no ano de 1950).

As projeções do percentual de idosos para o próximo milênio trás vários desafios, principalmente garantir e efetivar os direitos adquiridos pelo publico idoso.

Em suas palavras, Veras (2003), nos apresenta que o aumento do percentual de idosos nos traz a revelação de um aumento na expectativa de vida, principalmente pelos grandes avanços técnico-cientificos, através das grandes descobertas na medicina que contribuíram para o envelhecimento da população, em decorrência do acentuado declínio e sistematização da fecundidade.

A partir de 1962, na França, foi implementada uma política de integração da velhice. De acordo com Peixoto (1998, p76):

Faz-se então necessário criar um novo vocabulário para designar mais respeitosamente a representação dos jovens aposentados – surge a terceira idade. Sinônimo de envelhecimento ativo e independente [...] converte-se em uma nova etapa de vida, em que ociosamente

- O ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO

Segundo Figueiredo, 2007; Sequeira,2007 o envelhecimento biológico caracteriza-se pela diminuição da taxa do metabolismo há redução das trocas energéticas do organismo, e a associação da baixa capacidade de regeneração das células. Trata-se do conjunto de transformações físicas, a diminuição da eficácia dos sistemas orgânicos e funcionais, e apresentadas em situações normais não parecem causar perdas funcionais. Entretanto, se esta perda de capacidade é elevada, torna o idoso vulnerável, podendo desenvolver o surgimento de doenças crônicas, e como conseqüência diminuição na capacidade funcional.

O processo normal de desgaste biológico surge com as mudanças no aspecto exterior, os cabelos brancos, a lentidão dos movimentos, diminuição do equilíbrio e da força muscular, a velocidade de reações, as alterações emocionais e do cognitivo.

As modificações fisiológicas intrínsecas ao envelhecimento, surgem antes do aparecimento dos sinais externos Sendo sobretudo a presença dessas características sugestivas do processo de envelhecimento.

Outras alterações que afetam os idosos são relacionadas aos sistemas sensoriais, destacando-se a visão e a audição, os quais comprometem o seu contato com o ambiente.

- ENVELHECIMENTO PSICOLÓGICO E COGNITIVO

As mudanças psicológicas e cognitivas são absorvidas pelo envelhecimento, é traduzida pelas mudanças e alterações de comportamento e das atitudes. Nesse contexto o idoso esta sujeito à influência de uma série de fatores de ordem patológica, genética, ambiental e de mudanças sócio-cultural.

A preparação para um bem-estar psicológico e a inclusão da qualidade de vida nesse processo ressalta um envelhecimento bem sucedido. No contexto, a história de vida, os seus valores e sua integração social, são inerentes a um bem-estar

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