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A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL

Por:   •  25/11/2018  •  2.389 Palavras (10 Páginas)  •  473 Visualizações

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Entende-se que “a transferência de informações de um indivíduo ou grupo para outro, seja através da fala ou por meio da mídia de massa dos tempos modernos – indispensável em qualquer sociedade”Carvalho (2016) apud Giddens (2007, p. 374).Sendo assim, no processo comunicativo percebe-se transformações relevantes “provocadas pelos avanços tecnólogicos se refletem na sociedade de uma maneira geral ,influenciando culturas,hábitos,costumes e identidades culturais”.(ALMEIDA,2011)

Importante refletir que ,“além de nos fazer sentir, comunicação também nos faz pensar, ou nos força a pensar” (MARCONDES, 2010, p. 10),e assim “constitui-se num meio para convívio em sociedade, desde a fala até as mais diferenciadas mídias utilizadas hoje".(DELORS,1998).Portanto ,afirma ainda Carvalho(2016), quem a utiliza para dar visibilidade ao trabalho desenvolvido deve entender que neste meio é essencial que se esteja por dentro do seu desenvolvimento continuo devido às mudanças tecnológicas, que são rápidas e processuais.

2.2 Comunicação Comunitária

A comunicação comunitária, segundo Peruzo (2006), ganhou destaque com a produção de várias pesquisas com enfoque para a construção da cidadania e também pela consolidação do Terceiro Setor, multiplicação das organizações não governamentais (ONGs) e,

[...] se caracteriza por processos de comunicação baseados em princípios públicos, tais como não ter fins lucrativos, propiciar a participação ativa da população, ter propriedade coletiva e difundir conteúdos com a finalidade de desenvolver a educação, a cultura e ampliar a cidadania. Engloba os meios tecnológicos e outras modalidades de canais de expressão sob controle dos movimentos e organizações sociais sem fins lucrativos. Em última instância, realiza-se o direito à comunicação na perspectiva do acesso aos canais para se comunicar. Trata-se não apenas do direito do cidadão à informação, enquanto receptor – tão presente quando se fala em grande mídia –, mas do direito ao acesso aos meios de comunicação na condição de emissor e difusor de conteúdo. E a participação ativa do cidadão, como protagonista da gestão e da emissão de conteúdo, propicia a constituião de processos educomunicativos, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento do exercício da cidadania. (PERUZZO, 2006)

A autora afirma ainda que, foi mantido o significado de caráter político, mesmo que seja de “ uma forma de expressão de segmentos excluídos da população, mas em processo de mobilização visando atingir seus interesses e suprir necessidades de sobrevivência e de participação política” (IDEM,2006).

2.3 Comunicação Popular

Com caráter mobilizador, a comunicação popular surgiu através de mobilizações populares, e

[...] representa uma forma alternativa de comunicação e tem sua origem nos movimentos populares dos anos de 1970 e 1980, no Brasil e na América Latina como um todo. Ela não se caracteriza como um tipo qualquer de mídia, mas como um processo de comunicação que emerge da ação dos grupos populares. Essa ação tem caráter mobilizador coletivo na figura dos movimentos e organizações populares, que perpassa e é perpassada por canais próprios de comunicação. A comunicação popular foi também denominada de alternativa, participativa, horizontal, comunitária e dialógica, dependendo do lugar social e do tipo de prática em questão. Porém, o sentido político é o mesmo, ou seja, o fato de tratar-se de uma forma de expressão de segmentos excluída da população, mas em processo de mobilização visando atingir seus interesses e suprir necessidades de sobrevivência e de participação política. (PERUZZO,2006)

2.4 O Serviço Social

Segundo a plataforma online Observatório de Comunicação Comunitária (2012), os discursos foram se adaptando a nova ordem democrática, incorporando o lúdico, a cultura e o divertimento para além do caráter combativo, extrapolando os limites dos movimentos sociais, portanto em relação ao profissional do Serviço Social ,a comunicação consiste, “numa das mediações que devem integrar doravante a formação e a sua atuação, como requisito do tempo presente e futuro [...] trata-se também do cultivo de necessidades radicais no profissional do serviço social” (SALES e RUIZ, 2009,p.26).

Visto que o trabalho do assistente social, em grande parte é amplamente dirigido ao usuário das políticas públicas, VIEIRA (2015) assegura que

o processo de comunicação, possui algumas funções básicas em uma instituição, uma vez que a orientação transmitida pelo profissional age no controle do comportamento dos usuários, facilitando a motivação em busca de justiça e ao mesmo tempo provoca interação entre os indivíduos usuários dos serviços (família ou grupo específico), já que a comunicação fornece o meio para a expressão emocional de sentimentos e de atendimento das necessidades sociais de cada indivíduo.

Nota-se que o Serviço Social em tempos atuais,

[...] é marcado por transformações constantes da realidade social, que não só emoldura novas condições de trabalho como redimensiona a profissão a um aprofundamento e atualização de seus fundamentos, requisitando um novo pensar sobre o exercício e a formação de profissionais. Esse novo pensar busca compreender a construção de respostas acadêmicas, técnicas e ético-políticas dos processos sociais em curso, bem como a atualização e na adequação do seu projeto ético-político aos novos tempos, sendo necessário contextualizar a comunicação como um espaço interdisciplinar do conhecimento científico e suas contribuições para o Serviço Social, bem como destacá-la como um direito humano e suas perspectivas para o trabalho do assistente social na contemporaneidade. (FILHO; LOPES,2015)

Os autores relatam ainda que, o acesso à informação constitui um direito humano importante, pois entre as competências cada vez mais requisitadas ao profissional de Serviço Social, necessárias na “contemporaneidade destaca-se o emprego dinâmico das ferramentas da comunicação, a análise do discurso midiático e o uso de recursos didáticos nas ações socioeducativas e socioassistenciais do assistente social” (IDEM,2015).

Sabe-se que refletir sobre o potencial da comunicação para a difusão e disseminação de direitos no âmbito do trabalho profissional não é algo novo para a categoria, tão pouco imposto somente

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