Tendencias pedagógicas religiosas
Por: Hugo.bassi • 16/4/2018 • 1.764 Palavras (8 Páginas) • 301 Visualizações
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Na Índia e no Brasil fizeram uma missão notável assumindo-se como grandes difusores da cultura portuguesa e da língua para além da obra apostólica e artística S. Francisco Xavier, José de Anchieta, e Pe. Antônio Vieira, Manuel da Nóbrega, além de muitos outros, missionários e exploradores, são algumas das figuras cimeiras dos jesuítas em Portugal.
O século XVII é marcado na história da companhia por tentativas de reformas que tendem a suprimir um caráter hierárquico da estrutura e o governo vitalício, intrigas e cabalas são tentadas contra o papa para resolver as contendas. Passada essa fase agitada, a ordem conhece um desenvolvimento e expansão vigorosos. Porém com a chegada do iluminismo, as suas exigências racionalistas e a implantação de uma nação de estado origina mudanças de fundo na companhia de Jesus. O seu sucesso se dá pelo elevado numero de colégios constituídosque aos olhos de seus inimigos eram vistos como um grande obstáculo à difusão das ideias iluministas e das luzes da razão. O iluminismo foi o período de transformações na estrutura social, na Europa onde temas giravam em torno da liberdade do progresso e do homem. O iluminismo foi desenvolvido para corrigir as desigualdades das sociedades e garantir os direitos do individuo como a liberdade e a posse de bens. Os iluministas acreditavam que Deus estava presente na natureza e também no próprio individuo sendo possível descobri-lo por meio da razão. O iluminismo não foi apenas um movimento ideológico, mas também político, potenciado pela revolução francesa. O iluminismo é uma doutrina filosófica e religiosa preconizada no século XVIII baseada na existência de uma inspiração sobrenatural.
Simultaneamente as fortes tensões desencadearam em várias sensibilidades o que dificulta a defesa das ofensivas a cair no plano político com difamações e ataques violentos. A forte ligação dos jesuítas com o papa é a preferência pelos enciclopedistas e filósofos para atacar a companhia e nesse clima de agressividade a companhia mantém suas atividades culturais e educacionais a par do apostolado.
Contudo o século XVIII é marcado em grande amplitude no conflito entre os jesuítas e o mundo intelectual da época. A partir dai começam as expulsões da companhia. A primeira ocorre no ano de 1759 em Portugal, essa perseguição se deu por parte do Marques de Pombal, em 1754 na França Luís XV condena a ordem como sendo contrária ao direito natural. Em 1767 são expulsos da Espanha por Aranda, ministro de Carlos III, mas o golpe final será dado pelo papa Clemente XIX, que suprime a companhia da igreja católica em 1773.
Alguns conseguiram refugiar-se na Rússia e manter viva a chama do projeto de Santo Inácio de Loyola. Espalhando-se pelo mundo e a partir de 1814 o papa Pio VII restaura a companhia sendo que de 600 membros o seu numero aumenta para 36.000 em 1974 não parando de crescer e tornando-sea maior ordem católica religiosa.
Em 2009 a companhia de Jesus é o instituto religioso masculino de maior numero na igreja católica, pois conta com 18.516 membros aproximadamente com uma média de idade de 57 anos sendo que 11.112 são sacerdotes, 1.676 são irmãos e 2.920 são jesuítas em formação e 809 são noviços. Essa distribuição se faz por 127 países dos cinco continentes, sendo que o maior número de jesuítas está nos Estados Unidos e na Índia. Por cerca de 500 anos a ordem jesuíta não ocupou lugares no alto clero do Vaticano, devido a sua distancia em relação aos altos cargos da igreja. O primeiro jesuíta eleito papa foi o argentino Jorge Mário Berglogio, o papa Francisco eleito que foi eleito em 2013 após a renuncia do papa Bento XVI,além de ser o primeiro jesuíta foi também o primeiro Sul-americano no papado. As missões jesuítas impressionaram pelo espírito de inculturação, ou seja, adaptação à cultura do povo a quem se dirigem. As reduções do Paraguai e a adoração dos ritos malabares e chineses são os exemplos mais significativos.
A atividade educativa tornou-se a principal tarefa dos jesuítas. A gratuidade do ensino e companhia favoreceu a expansão dos seus colégios. Que em 1556 já eram 46. A experiência pedagógica dos jesuítas sintetizou-se num conjunto de normas e estratégias, chamando de Ratio Studiorum, ou seja, ordem dos estudos, que visa à formação integral do homem cristão, de acordo com a fé e a cultura daquele tempo.
Os primeiros jesuítas participaram ativamente da reforma católica e do esforço de renovação teológica da igreja católica. No Concílio de Trento, destacaram-se dois companheiros de Santo Inácio (Lainez e Salmeron) desejando levar a fé a todos os cantos do saber, os jesuítas dedicaram-se as mais diversas ciências e artes: matemática, física e astronomia. Entre os nomes de Crateras da lua há mais de 30 jesuítas, No campo do direito Suarez e seus discípulos desenvolveram a doutrina da origem popular do poder. Na arquitetura havia muitos irmãos jesuítas combinando o estilo Barroco da época com um estilo mais funcional. Hoje a sociedade está muito diversificada (existem judeus, católicos, protestantes). Para os católicos existe a adoração a Maria, a catequese que existe até hoje, para os evangélicos, os cultos, a escola bíblica dominical. Mas o estado diz que a escola deve ser laica, ou seja, se caracteriza por um ensino desvinculado da educação religiosa, sem religião.
Nesse caso a educação é de responsabilidade do estado, e não mais da igreja. No Brasil, teve inicio com a expulsão dos jesuítas no Período Pombalino, sob influencia do Iluminismo na Europa. Com isso, os colégios com educação religiosa foram fechados
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