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FORMAÇÃO RELIGIOSA INFANTIL ATRAVÉS DA PERSPECTIVA EDUCACIONAL E SUA IMPORTÂNCIA SOCIOCULTURAL.

Por:   •  10/1/2018  •  5.992 Palavras (24 Páginas)  •  371 Visualizações

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Key - words: curriculum, discipline, religious education, basic education.

- INTRODUÇÃO

Este trabalho aborda a questão do currículo inserido na escola, pois é a partir desse que se estabelecem as diretrizes, para o ensino. Discutir a formação do currículo escolar nos documentos oficiais significa fazer uma reflexão acerca da forma como este tema tem sido tratado de acordo com sua significativa importância para o processo sócio educacional, ou seja, o que se propõe é uma análise crítica que investigue de que maneira a formação do currículo escolar e referenciada nos documentos legais do país, os quais servem como base para um bom desenvolvimento da educação brasileira. Neste trabalho, serão três os documentos legais analisados: a Constituição Federal Brasileira de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), e o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCN). Tendo em consideração o estudo do currículo, mostramos que a educação religiosa é uma disciplina que requer uma importância tanto como às outras.

Observando que a educação religiosa se predispõe em vários aspectos a serem conceituados com sua importância para a formação do cidadão, pois a Educação: — é o processo do fundamento espiritual e moral da criação e a Instrução: — é o processo do desenvolvimento da capacidade mental da criança. Estas são duas atividades diferentes. Este artigo nos leva a vários questionamentos sobre a importância da formação religiosa no contexto educacional e sua base na sociedade. O mesmo tem o parâmetro de fazer entender todo esse processo e sua eficácia no âmbito religioso com a relação educacional contextualizado no sistema de construção da grade curricular das escolas. Tendo como objetivos de identificar o quanto a educação religiosa é fundamental para a valorização do homem com ser social e cultural, com ideias e conceitos fundamentados na educação condizente com a maneira de agir, pensar e com valores refletidos em um ser pacifico baseado numa educação com preceitos religiosos. E conhecer como é colocada pelo sistema educacional brasileiro a posição da educação religiosa no contexto curricular das escolas.

A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica, em livros, e pesquisas na internet para fundamentar todo o trabalho na área da educação religiosa inserida no ensino regular da educação infantil, pois é um tema tão importante quanto qualquer outro, porque ela se baseia nos princípios morais e os valores familiares.

Este artigo possui agradecimento, resumo, introdução, resultados e discussão, conclusão e referencias bibliográficas.

- RESULTADOS/DISCUSSÃO

2.1 INÍCIO DO ENSINO RELIGIOSO NO BRASIL

Observando a importância do artigo buscamos informações de como se deu desde o inicio o ensino da religião no Brasil, observamos q durante o período colonial, o governo português preocupou-se em expandir a fé cristã nas colônias conquistadas, com essa finalidade desenvolveu o processo de evangelização e catequização das populações indígenas e dos africanos, o que de acordo com Ranquetat (2007) foi de certa maneira uma espécie de ensino religioso, de educação e de formação religiosa nos moldes da doutrina católica. Nesse período surge as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia (1707), esse foi o primeiro documento oficial que tratou da educação religiosa aqui no Brasil e previa a obrigação dos senhores proprietários cuidarem da educação religiosa de seus escravos. Cabia aos padres da época ensinar a doutrina cristã aos escravos e aos meninos, porém vale destacar que não se falava ainda do ensino religioso como uma disciplina, se tratava de uma formação religiosa (OLIVEIRA apud RANQUETAT, 2007).

Os filhos de escravos e de índios aprendiam a ler e escrever através de livros religiosos (...) simultaneamente com a alfabetização ocorria à doutrinação das crianças de acordo com os princípios da religião católica, a preocupação das autoridades da época era conciliar o ensino das letras, da matemática com o ensino da religião. A Igreja Católica era subordinada ao Estado, funcionava como um departamento deste. A esfera da educação era comandada pela Igreja Católica (...) os padres eram os professores e os catequizadores (op cit, p. 164).

No século XIX, o Brasil assume a condição de Império e o estado brasileiro passa a ter o Catolicismo como religião oficial, à união entre Estado e Igreja é firmada na Constituição de 1824, nesse contexto o ensino religioso na educação brasileira se afirma através da lei de 15 de outubro de 1827 que estabelecia em seu artigo 6° que os professores deveriam ensinar a ler e escrever, as operações aritméticas, as noções de geometria, a gramática e os princípios de moral cristã e da fé católica (CURY, 1993).

No final do período imperialista muitos alunos não católicos foram excluídos da obrigatoriedade de assistir as aulas de ensino religioso de orientação católica e o ensino religioso passa a ser substituído pela disciplina de educação moral e cívica, que visava transmitir nas novas gerações, os valores republicanos e seculares. Essa disciplina ganhou força após a proclamação da república em 1889, pois nesse momento se estabelece a secularização do estado brasileiro. Com o passar do tempo foi estabelecida A Constituição de 1891 que consagra a separação entre Igreja e Estado, assim o ensino religioso deixou de existir nas escolas brasileiras, fato gerou inúmeras críticas:

Os bispos brasileiros e a intelectualidade católica de orientação conservadora reagiram à secularização promovida pela constituição republicana. Pretendiam uma distinção entre o poder espiritual e o poder temporal, mas discordavam com a total separação entre Igreja e Estado. Para estes, caberia ao poder espiritual tudo aquilo que se relaciona com as questões espirituais, sobrenaturais. Já o poder temporal deveria se preocupar com as questões naturais e de ordem política e social. Ambos os poderes tinham suas responsabilidades e competências específicas, mas deveriam viver em clima de harmonia e aliança (MOOG, apud RANQUETAT, 2007, p. 165).

Para os católicos a ausência do ensino religioso nas escolas públicas representava um preconceito contra a religião católica, enquanto os liberais, maçons, positivistas, socialistas, e alguns grupos protestantes afirmavam que a existência do ensino religioso significava a presença do elemento eclesial na escola servindo aos

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