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TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  25/11/2018  •  5.707 Palavras (23 Páginas)  •  373 Visualizações

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A realização das atividades acontecerá em uma escola particular de Colinas do Tocantins, com dezoito crianças entre quatro e cinco anos de idade, observadas quanto ao uso do tablet, serão ainda aplicadas entrevistas com a coordenadora pedagógica e a professora da turma. Serão utilizados tablets distribuídos para os alunos com programas específicos que trabalhem os conteúdos propostos pelo professor. Os principais autores serão Tapscott (1999), Ferreira et al (2005) e Santos (2011).

A avaliação dos alunos será realizada através de registros dos avanços ao longo do processo de aprendizagem no desenvolvimento das tarefas propostas, usando os aplicativos.

Falar das tecnologias digitais é um desafio, pois apesar de ser algo comum, quando voltado para o ensino representa uma tarefa difícil haja vista que não deve ser usada apenas para brincar, se divertir, mas para apropriação dos conteúdos, ainda que se configure algo divertido. O professor tem um papel importante na mediação da construção do conhecimento pelo aluno, pois é ele quem direciona não só o conteúdo, mas a forma como os alunos lidam com a máquina.

Esse tema se deu a partir das observações de como é importante associar tecnologia em ensino desde cedo para que as crianças saibam conduzir seu aprendizado usando a tecnologia como instrumento e não apenas para diversão. São poucos os trabalhos sobre este assunto e na rede particular de ensino em Colinas do Tocantins não existe pesquisa similar realizada para esse fim.

Para fazer uso de tecnologias digitais em sala de aula é preciso ter uma sequência didática bem planejada e aparelhos compatíveis. É necessário ainda ter uma boa comunicação com os alunos para que os mesmos compreendam a finalidade do uso do equipamento. Os aplicativos usados devem ser adequados à faixa etária das crianças e dos conteúdos escolhidos e a avaliação pode ser realizada com o registro do desempenho dos alunos a fim de se perceber sua compreensão sobre o objetivo da atividade como um todo.

O objetivo deste projeto é trabalhar o uso de aplicativos destinados a crianças de 4 a 5 anos na pré-escola no Colégio Albert Einstein em Colinas do Tocantins. Além disso, trabalhar as letras e números e a coordenação motora dos alunos com os programas para tablet: Kids Numbers and Math e Kids ABC Letters. O professor trabalha cada letra e número usando o aplicativo e direcionando a criança a também desenhar e pintar favorecendo a coordenação motora.

As letras que foram trabalhadas foram de A até a H associando palavras e figuras e números de 1 a 20 também associados a figuras e sons. As imagens também poderiam ser pintadas com cores diferentes e também com contornos semelhantes à caligrafia e desenho.

As crianças serão observadas no desenvolvimento do trabalho e seu desempenho será registrado em fichas que constam o avanço individual, por exemplo, como conseguir associar letra e palavra, reconhecer os números e pintar dentro dos contornos da figura. Os aparelhos modelo tablet serão distribuídos de forma individual, além de fichas de registro para a professora e um questionário contendo perguntas sobre as crianças, os conteúdos e a relação do professor com a tecnologia.

Um dos autores base para este trabalho é Piaget (1993) que contribui de forma significativa ao dizer que a aprendizagem com crianças deve contemplar a brincadeira e os jogos, pois geram um tipo de atividade particularmente poderosa para o exercício da vida social e da atividade construtiva da criança. Dessa forma, entendemos que é preciso usar a tecnologia digital como meio para promover essa aprendizagem.

Revisão Bibliográfica

É comum ouvir entre as pessoas que as crianças já nascem sabendo de tudo, principalmente quando o assunto é tecnologia. Porém, de acordo com Heywood (2004), até o século XII, as crianças eram vistas como animais suspirantes, como o índice de mortalidade era alto, era desconsiderado a importância de investir tempo e esforço em criaturas que tinham grandes possibilidades de morrer. As crianças só passavam a ter identidade quando passavam a realizar atividades iguais aos adultos. O descaso era tão grande que os adultos que se dedicavam aos cuidados das crianças não recebiam nenhuma preparação especial. Até mesmo na arte as crianças eram desconsideradas ou representadas de forma inadequada.

Ainda de acordo com o mesmo autor, no século XIII as crianças eram vistas como tábuas rasas, folhas em branco, assim consideravam que as mesmas deveriam ser preenchidas e preparadas para a vida adulta mediante a transmissão de conhecimentos dos adultos. Só a partir dos séculos XV e XVI, crianças têm um significado diferente e são vistas como indivíduos que necessitavam de cuidados especiais.

O marco principal está no século XVIII quando as crianças passaram a serem consideradas indivíduos que necessitavam de tratamento especial tendo suas características diferenciadas do mundo adulto. Um dos autores que contribuíram para essa mudança de prisma foi Rousseau, pois para ele havia de se buscar no homem, o homem e na criança, a criança, diferenciando a psicologia infantil da psicologia adulta.

Fundamentando em Rousseau vários teóricos desenvolveram teorias vigentes até hoje com destaque para Froebel que segundo Dobrovoski (2015) foi um dos primeiros educadores a considerar a infância como uma fase decisiva na formação do indivíduo, fundando os primeiros Jardins de Infância. Dobrovoski cita ainda que Rousseau afirmava que a educação para as crianças devia ser voltada para o ensino de valores e moral, e não levando em conta as funções atribuídas aos adultos. Mas essa mudança na concepção de infância não ocorreu de forma homogênea em todas as classes sociais.

Após a Revolução Industrial, em que homens e mulheres de classe popular precisavam trabalhar, surgiu uma espécie de quarentena da escola, um regime de internação para os filhos de classes populares, onde as crianças eram isoladas e recebiam cuidados necessários por amas de leite, tinham somente um caráter assistencialista. Já o internato para filhos da classe social mais alta já contava com caráter educativo indo além do assistencialismo.

O reconhecimento do direito de todos os membros da família se deu pela proclamação da Carta das Nações Unidas, em 1945. Mas foi em 1948 com o surgimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos que foi declarada a proteção à infância, e assim surgiu o documento da Convenção sobre os Direitos das Crianças em 1989, visando garantir a proteção e os cuidados à criança, bem como incluir

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