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Relatório de Estagio no Ensino Fundamental

Por:   •  26/12/2018  •  12.575 Palavras (51 Páginas)  •  428 Visualizações

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Pimenta (1995, p.24) defende que “a atividade teórico-prática de ensinar constitui o núcleo do trabalho docente.” O pedagogo se baseia na teoria para fundamentar a sua prática. Portanto é importante para o formando em Pedagogia passar pelo estagio, pois terá a oportunidade de vivenciar tudo aquilo que aprendeu em sala de aula, de refletir sobre quais práticas serão adotadas, quais as formas de agir dentro de uma sala. É tempo de conhecer, analisar e experimentar as práticas na nossa realidade.

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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

- As Reformas Educacionais no Contexto Brasileiro

No Brasil, em meados da década de 70, passou a crescer um movimento crítico que lutava por mudanças no sistema educacional e defendia, entre suas bandeiras de luta, a educação pública e gratuita como direito a ser garantido pelo Estado; a erradicação do analfabetismo e a universalização da escola pública.

No período político do Brasil Colônia

“[...}a educação escolar passou por três fases: a de predomínio dos jesuítas; a das reformas realizadas pelo Marquês de Pombal, após a expulsão dos jesuítas do Brasil e de Portugal em 1759; e a época de D. João VI no Brasil (1808-21), quando o pais passou a ser sede do Império Português”. (GRIRALDELLI, 2009, p. 1).

Depois que o Brasil passou por estas três fases onde predominou as reformas dos jesuítas, Marquês de Pombal e o Brasil passou a ser sede do Império Português, a educação brasileira institucional passou a existir praticamente cinquenta anos após o Descobrimento. Depois que o Brasil ficou sobre o governo das capitanias hereditárias (1532-1549), o D. Joao III criou o Governo-Geral (uma forma de centralizar o poder na colônia e acabar com a desorganização administrativa). Tome de Souza foi o primeiro administrador desse novo regime, em seguida destacou-se o padre Manoel da Nóbrega e dois outros jesuítas que iniciaram a instrução e a catequese dos indígenas. Nóbrega objetivou formar mais padres, para isso “os jesuítas pioneiros desenvolveram escola de ordenação onde passaram a instruir os filhos de colonos brancos e mestiços”. (Ibid., p. 1-2). Desta forma o processo de formação de padres se deu de uma forma restrita e com grandes dificuldades, onde Manoel de Nóbrega montou um plano de ensino adaptado ao local e ao que ele entendia ser sua missão.

Segundo Ghiraldelli (2009, p.2) a primeira pedagogia, foi criada por Manoel da Nóbrega onde “montou um plano de ensino adaptado ao local e ao que ele entendia ser a sua missão”. Em seu plano de estudo, como primeira etapa, continha o ensino do português, a doutrina cristã e a escola de ler e escrever. Na segunda etapa o estudante poderia ser ensinado a musica instrumental e o canto orfeônico. Em uma determinada fase da vida ao concluir as etapas, poderia escolher terminar o estudo com o aprendizado profissional ligado á agricultura ou seguir em aulas de gramática e finalizar os estudos na Europa.

Depois da grande influencia dos colégios jesuíticos sobre a sociedade e a elite, o Marques de Pombal expulsou a Companhia de Jesus de Portugal e do Brasil. Pombal, atual ministro, empreendeu uma serie de reformas a fim de adaptar o país e suas colônias ao mundo moderno, nos pontos políticos, econômicos e culturais.

“A Companhia de Jesus foi expulsa de Portugal, empreendeu uma serie de reformas a fim de adaptar aquele país e suas colônias ao mundo moderno, tanto do ponto de vista econômico quanto politico e cultural. Neste ultimo campo, sua tarefa foi a de levar adiante, em termos concretos, ideias mais ou menos próximas ás do Iluminismo. Em bora os países, ainda que a mão de obra para o ensino continuasse a ser aquela formada pelos jesuítas, nasceu o esboço inicial do que podemos chamar de ensino público; ou seja, um ensino mantido pelo Estado e voltado para a cidadania enquanto nação que se articularia ao Estado, e não mais um ensino atrelado a uma ordem religiosa que, de fato - como denunciou Pombal -, estava tendo preponderância sobre o estado”. (GHIRALDELLI, 2009, p. 3)

Assim em 1759, a educação de Portugal e Brasil passaram a ser assumido pelo Estado, onde passou a realizar concursos, e acompanhar a literatura. Ocorreu a remoção do curso de humanidades, sendo substituída por aulas régias. As aulas eram separadas do latim, grego, filosofia e retórica. O ensino era passado de uma forma precária, pois os professores ministravam as aulas em casa e o Estado se encarregava de paga-los.

De acordo com (VIEIRA, 2019, p. 5). A educação no período do Império represente um intervalo de tempo de pouco mais de setenta anos, a cada uma de suas diferentes fases corresponde pelo menos uma lei de educação. Durante o Primeiro Reinado (1822-1831) é proposta a Reforma Januário da Cunha Barbosa, materializada nas leis de 11 de Agosto e 15 de Outubro de1827. Sob a Regência (1831-1840) é promulgado o Ato Adicional de 1834, que embora não sendo um instrumento especificamente educacional é de interesse para a área em decorrência dos desdobramentos dele advindos. As demais propostas de leis do Império são do Segundo Reinado (1840-1889), a saber: a Reforma Couto Ferraz (1854) e a Reforma Leôncio de Carvalho (1879).

Na cronologia do período monárquico o Primeiro Reinado corresponde ao governo de D. Pedro I que, mesmo sendo herdeiro do trono português, proclamara a Independência (1822). Sob tais circunstâncias os laços de domínio e dependência existentes entre a Metrópole Portuguesa e a antiga Colônia ainda se mantêm firmes, ao mesmo tempo em que começa a ser construída uma identidade brasileira.

“É uma fase marcada por conflitos de interesses e tensões políticas. De um lado, os que desejavam preservar as estruturas socioeconômicas vigentes; de outro, D. Pedro I e as forças a ele ligadas, com o intuito de aumentar e reforçar o poder do imperador. Esse equilíbrio de forças se expressa na primeira Constituição do Brasil (1824), concebida no alvorecer do Império e dele incorporando suas marcas”. (Ibid., p. 5-6).

Depois desta longa fase marcada por conflitos e interesses e tensões politicas, onde havia uma disputa de poderes dentro império, foi criado a primeira carta Magna com o intuito de disponibilizar dois dispositivo sobre a educação, “o principio da gratuidade da instrução primaria a todos os cidadão”, e a “referencia ao ensino de elementos da ciências, belas letras e arte”.

No período da Primeira República (1889-1930) ajudou muito na formulação das propostas de reforma

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