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Projeto Rádio Escola

Por:   •  23/9/2018  •  3.173 Palavras (13 Páginas)  •  368 Visualizações

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Para sistematizar, temos como objetivos específicos:

- Diagnosticar nos alunos problemas fonoaudiológicos, que interferem no processo de desenvolvimento da leitura e escrita como, respiração diafragmática ou superior, articulação de fonemas, nasalidade dentre outros;

- Desenvolver habilidades voltadas a locução de leituras informativas e esportivas bem como gêneros textuais voltados ao mundo jornalístico, estimulando-os ás práticas de leitura e escrita;

- Promover espaço em que se garanta a liberdade de expressão e acesso a informação aos alunos, estimulando-os ao desenvolvimento da linguagem e criação;

- Formar receptores conscientes e críticos, que sejam capazes de estabelecer uma relação dialógica com os novos meios de comunicação e mídias que estão surgindo, através da leitura, interpretação e locução de notícias que lhes serão dadas nas oficinas.

De acordo com a convenção da ONU sobre os direitos da criança e do adolescente (1989), toda criança terá direito à liberdade de expressão; este direito inclui a liberdade de procurar, receber e partilhar informação de todos os tipos, independentemente de fronteiras, seja oral, escrita ou impressa, na forma de arte ou através de qualquer outro meio de escolha da criança.

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MARCO TEÓRICO

Fundamentamos nosso trabalho em artigos que dialogam a mídia como instrumento de educação, que trazem a importância da rádio para a formação de idéias e aperfeiçoamento da leitura e que abordam a dificuldade de leitura e escrita de alunos com transtornos fonológicos nas escolas.

Assumpção (2006) aborda a relevância da comunicação e da educação na sociedade globalizada. A escola na atualidade não pode mais desconsiderar a onipresença das mídias no cotidiano do jovem. Elas se apresentam ao aluno como escola sem paredes porque são atraentes, agradáveis, envolventes, sedutoras e incondicionais, pois nada exigem de seu usuário. Procuram, apenas, seduzi-lo mediante as suas linguagens específicas. Por esta razão, a escola precisa, urgentemente, repensar o seu papel educativo frente às tecnologias da comunicação. A autora destaca, ainda, experiências com rádio nas instituições educacionais do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, mostrando como a escola pode utilizar a rádio na sua prática pedagógica. O rádio, como as outras mídias eletrônicas, é mais dinâmico, atraente, sedutor e rápido do que a dinâmica escolar. Os meios de comunicação são a extensão do homem (MCLUHAN, 1971, p. 36).

Hoje, o professor precisa conhecer outras linguagens, e o educando, saber ler e produzir textos sonoros, imagéticos, escritos e hipertextos. A leitura e a produção desses textos conduzem o aluno à compreensão das linguagens jornalística, radiofônica, televisiva e do computador (radiojornal, telejornal, jornal impresso e jornal “on line”), levando-o a distinguir e compreender o discurso simbólico. Segundo Nidelcoff (1991), um outro ver, compreender e interpretar a sociedade globalizada.

Este artigo traz à relevância de se trabalhar as mídias em salas de aula e a sua onipresença no cotidiano dos jovens atualmente, sendo impossível ignorar o seu alcance informativo e sua importância social, demonstrando a importância do nosso projeto em utilizar a rádio como instrumento de educação.Além disso, traz experiências com a utilização da radio nas escolas em outros projetos, mostrando exemplos de sucesso com a implantação dessa técnica e os resultados obtidos.

Salgado e Capellini (2004) trazem uma discussão sobre a questão do transtorno fonológico, que ocorre quando há dificuldade quanto à aquisição e uso dos sons da fala. O objetivo deste estudo foi caracterizar o desempenho em leitura e escrita de escolares com transtorno fonológico. Participaram do estudo 28 escolares na faixa etária de 7 a 9 anos de idade com trocas na fala. A amostra foi composta de 70% do sexo masculino e 30% do feminino. Os resultados revelaram que entre 57% e 85% dos escolares da 1a à 3a séries apresentaram transtorno fonológico presente na oralidade e na escrita, enquanto que 100% dos escolares da 4a série apresentaram transtorno fonológico evidenciado apenas na leitura e na escrita. Os achados deste estudo demonstraram que a linguagem oral está intrinsecamente relacionada com o desenvolvimento da leitura e da escrita e que alterações no processamento fonológico da criança podem desencadear alterações no desenvolvimento da leitura e escrita.

O artigo anterior demonstra estudos, dados e pesquisas sobre o desempenho em leitura e escrita de escolares com transtorno fonológico, dando embasamento cientifico ao nosso trabalho e comprovando a nossa idéia de que esse transtorno na fala prejudica os alunos no desenvolvimento da leitura e escrita.

Fontenele (2005) faz-se uma discussão sobre os potenciais do rádio e da comunicação popular como instrumentos de educação. Partindo das características intrínsecas ao rádio, como linguagem oral e a praticidade desta quando na transmissão das mensagens radiofônicas; baixo custo da produção em um comparativo a outras linguagens como a impressa e a áudio-visual que torna esse meio mais acessível à população em geral – seja como receptores ou como produtores; e a presença da oralidade no cotidiano do ser humano, em especial, no cotidiano das camadas populares. A compreensão de que tal potencial só se concretiza se houver interação entre educação e comunicação nos fez refletir sobre como se dão as inter-relações entre esses dois campos de conhecimento, presentes nos cotidianos sociais. Ao final, discuti-se como a comunicação popular – importante aliada dos movimentos populares – se trabalhada dentro de processos educomunicativos, pode contribuir para fomentar a consciência crítica e fortalecer os movimentos populares na busca por mudanças sociais, tornando-se um importante instrumento educativo.

Este artigo mostra a importância da rádio e como é possível trabalhar essa mídia como educação, comprovando a nossa idéia de que a rádio é um meio barato de implantação, de fácil acesso e sua praticidade quanto à linguagem oral.

Bérvort e Belloni (2009) tratam-se da importância da mídia para a formação de uma sociedade plural, inclusiva e participativa além da sua importância em produzir informações e formar opiniões. Hoje, é necessário oferecer aos jovens as competências para saber compreender tais informações, obter o senso critico e análise aprofundada

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