O USO DE JOGOS E BRINCANDEIRA NO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
Por: SonSolimar • 2/4/2018 • 4.237 Palavras (17 Páginas) • 521 Visualizações
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O ato de jogar e brincar na sala de aula propicia a construção de novos conhecimentos, um aprofundamento do que foi trabalhado, a revisão de conceitos já aprendidos, caracterizando-se como uma metodologia favorável à aprendizagem, e nesse sentido, a figura do professor assume papel de suma importância, pois é a intencionalidade pedagógica do professor que garante a exploração dos aspectos educativos dos jogos, servindo como um momento de avaliação pelo professor e de auto avaliação pelo aluno.
Para fundamentar este trabalho, foram realizadas diversas reflexões com base na leitura de textos pensados e repensados por autores como: Patrick Barbosa Moratori, Jean Willian Fritz Piaget e Viviam Santim Tremea. Cada autor aqui citado, dotado de um conjunto de competências, e é neste contexto que o jogo ganha espaço como ferramenta ideal da aprendizagem, estimulando o interesse do aluno.
Trabalhar os jogos nos anos iniciais é a oportunidade de tornar as aulas mais lúdicas e prazerosas, despertando nos alunos a curiosidade, permitindo-os ampliar seus conhecimentos por meio de desafios, estimulando a criatividade, a capacidade de resolver problemas, a estimar, desenvolvendo o raciocínio lógico e seus aspectos cognitivos, social, motor, emocional e intelectual. Assim, delineamos os tópicos que se apresentam neste trabalho, a fim de responder a seguinte questão: Qual a importância dos jogos no processo da aprendizagem nos anos iniciais?
- JOGOS E BRINCADEIRAS: RECURSOS PARA O PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Para melhor entender e compreender os estudos relativos aos jogos e brincadeiras e sua relação com o processo de aprendizagem buscou-se os referenciais teóricos de Vygotsky (1984, 1994, 1998) e Kishimoto (1993) os quais tem em comum o estudo sobre a importância dos jogos e brincadeiras na educação.
Kishimoto (1993) ressalta que o brinquedo assume a função lúdica e educativa. Como função lúdica o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer. E como função educativa, ensina tudo àquilo que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo.
Entende - se que os jogos e brincadeiras estão presentes no cotidiano das crianças, e isto é direito constituído por lei, sendo atividades livres e espontâneas, onde o conhecimento acontece por meio das relações com as demais crianças e os objetos a sua volta.
Segundo Vygotsky (1994, p. 54),
A brincadeira tem um papel fundamental no desenvolvimento do próprio pensamento da criança. É por meio dela que a criança aprende a operar com o significado das coisas e dá um passo importante em direção ao pensamento conceitual que se baseia nos significados das coisas e não dos objetos. A criança não realiza a transformação de significados de uma hora para outra.
Constata-se que, ao incentivar o uso de brinquedos e jogos que beneficiem uma maior interação entre as crianças, permite que elas se interajam com outras pessoas expressando suas angústias e alegrias. Brincar é também uma das formas de socialização que se propõe na escola, pois brincando as crianças aprendem a conviver em sociedade. A atividade lúdica mais trabalhada atualmente nas escolas pelos professores é o jogo, principalmente nas salas de aula do ensino fundamental por ter sua clientela na maioria das vezes formada por crianças. Sendo relevante dizer que a palavra “jogo” foi utilizada para se dirigir ao “brincar”, se tratando de forma lúdica, levando em conta que sujeito não apenas se diverte jogando, mas também aprende.
“É sempre bom lembrar que a criança necessita de espaço físico, amplo, iluminado, onde ela possa por si só determinar, seus instantes e suas brincadeiras favorecidas, mas não podem esquecer também de socializá-la com outras crianças para que seu desenvolvimento psíquico possa ser aprimorado independente e seguro. É preciso que a criança passe por experiência de brincar sendo sempre uma experiência criativa na continuidade, como uma forma básica do viver, livre de regras e condições impostas por adulto, às características reunidas que permitem identificar as utilidades do jogo. Neste contexto, o significado da arte de jogar é o que ele tem na área da educação, ou seja, associado á função de propiciar diversão, prazer e mesmo desprazer ao ser escolhido de forma voluntária o jogo com sua função educativa, aquele que ensina, completando o saber, o conhecimento e a descoberta do mundo pela criança” (KISHIMOTO, 2008, p.96).
A palavra “jogo” etimologicamente origina-se do latim “iocus”, que significa brincadeira, divertimento. Em alguns dicionários da Língua Portuguesa aparece com definição de “passatempo, atividade mental determinada por regras que definem ganhadores e perdedores”.
O uso dos jogos no desenvolvimento de uma criança é um dos principais objetivos pedagógicos para ser trabalhado, pois amplia e desenvolve o raciocínio logico, trabalha a ansiedade, aumenta a autoestima, torna a criança mais independente e além de tudo aperfeiçoa a coordenação motora, aumentando a atenção e a concentração da criança envolvida.
Estão sempre presente no jogo, diversos pontos de vista, fundamental ao desenvolvimento do pensamento, pois oferece estímulo á vida social e á atividade construtiva do indivíduo por meio de uma situação particularmente rica como afirma Piaget (1971 apud TREMEA, 2000 p. 76).
O uso pedagógico de jogos visa favorecer a aprendizagem e contribuir na avaliação do aluno, assim sendo, é importante considerar que a prática de jogos só acontece de forma eficiente quando o professor atua como orientador nesse processo, buscando proporcionar um ambiente estimulador, organizado, capaz de atingir os objetivos propostos pelo jogo.
Para um aprendizado eficiente dos jogos submetidos aos alunos, o professor é a mola propulsora para a realização dessas práticas, cabe a ele proporcionar um ambiente favorável e estimulável para assim seus objetivos propostos serem alcançados.
A psicologia do desenvolvimento destaca que a brincadeira e o jogo desempenham funções psicossociais, afetivas e intelectuais básicas no processo de desenvolvimento infantil.
O jogo se apresenta como uma atividade dinâmica que vem satisfazer uma necessidade da criança, propiciando um ambiente favorável e que leve seu interesse pelo desafio das regras impostas por uma situação imaginária, que pode ser considerada como um meio para desenvolvimento do pensamento abstrato. (MORATORI, 2003, p. 9)
Os jogos é um meio eficaz para o processo educacional,
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