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O PAPEL DO PROFESSOR COM A TECNOLOGIA ASSISTIVA E SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DO ALUNO COM DEFICIENCIA INTELECTUAL

Por:   •  5/8/2018  •  3.460 Palavras (14 Páginas)  •  650 Visualizações

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Para isso formulamos e aplicamos um questionário com 17 questões fechadas para um número de 23 professores, cujo critério já foi abordado anteriormente - o medo e/ou resistência no uso do computador. Realizamos posteriormente uma palestra com orientações sobre o processo de uso e seus benefícios para o aluno e sua aprendizagem.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Com o avanço das tecnologias e sua inserção no processo de ensino e aprendizagem, fica evidente a importância do papel do professor como articulador e facilitador da aprendizagem. Bueno (1999), referindo-se ao papel desempenhado por esse profissional no contexto da tecnologia, diz que:

(...) é por suas mãos, seu pensamento, seu saber científico, suas ações, envolto num ambiente de trabalho, num processo produtivo de pensar, agir, fazer, relacionar-se com os demais e avaliar, que se constroem máquinas ou mesmo se inaugura uma nova corrente de pensamento, um novo paradigma. (BUENO, 1999, p.86).

O professor desempenha um papel fundamental na aplicação pedagógica da tecnologia uma vez que esta possui recursos mais sofisticados e mais nocivos que qualquer outro ao conhecimento, comportamento e atitudes dos indivíduos.

Pensar, agir, fazer, interagir e relacionar-se com seus educando, o professor cria condições para que eles entendam o processo de construção do conhecimento e sua aplicação no dia a dia. É desse modo que poderão extrair de maneira crítica e criativa o potencial de contribuição das tecnologias nesse processo.

De acordo com Lévy, os processos educacionais passam a contar com poderosos aliados da aprendizagem, elas favorecem novas formas de acesso à informação, como navegação hipertextual, caça de informações por meio de portais de busca, estilos de raciocínio e conhecimento. Entretanto essa interação só ocorre quando a escola usufrui dos recursos tecnológicos da cibercultura e ensina os educando a se apropriarem de conhecimentos partindo das próprias experiências pessoais, de sua realidade, de livros e das informações vindas da comunicação em rede. O professor na cibercultura “é incentivado a tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos.” (LEVY, 1999ª, p.156, 158)

Dessa forma, a utilização dos recursos tecnológicos se inclui em um processo espontâneo a ser desenvolvido na escola, ou seja, o êxito depende também da forma como os profissionais se empenham em organizar e extrair das informações obtidas conteúdo que contribua para potencializar os processos educacionais. Por outro lado ressaltamos que é importante evitar práticas de burocratização para os professores a esses recursos e permitir que haja acesso livre aos locais onde estão disponíveis os computadores, para não criar empecilhos e desencorajamento a sua utilização.

Mas e quando os problemas não são esses citados acima, e sim algo que está mais intimamente relacionado às características pessoais como, medos e insegurança desses profissionais em lidar com essas novas tecnologias?

Estamos atualmente em um período na história em que a vida humana está condicionada praticamente à tecnologia, cujos avanços da ciência têm sido motivados pelo desenvolvimento tecnológico e que, infelizmente ainda nos deparamos com professores que tem dificuldade de integrar/inserir as suas ferramentas nas práticas de ensino.

Muitos professores ainda não (re) conhecem o potencial das mídias como proposta pedagógica. Há aqueles que são resistentes ao uso das mídias, que prezam pela aula tradicional expositiva, em que os alunos pouco dialogam e o professor assume o papel de transmissor e controlador das informações. Esse professor demonstra alguma insegurança no sentido de abrir espaço para que o aluno possa desenvolver sua própria aprendizagem, tornar-se autônomo, ser autor, expor suas ideias e desenvolver um senso crítico diante de suas descobertas, passando a ser um sujeito ativo e criativo.

Há por parte dos órgãos públicos estaduais e federais como o PROEM e PROINFO que incentivam a utilização das tecnologias na educação cujo investimento em laboratórios e formação docente objetivou viabilizar o desenvolvimento de estratégias pedagógicas para melhorar a aprendizagem dos alunos.

Mesmo com essa intenção pouco se atingiu o corpo docente da rede pública, o que levou a questionar que motivos podem estar impedindo e/ou dificultando a construção de uma prática voltada a utilização desses recursos como o computador.

Em vista disso procuramos levantar e analisar essas dificuldades apontando algumas alternativas a estes docentes.

3. TECNOLOGIA NO AMBIENTE ESCOLAR: DIFICULDADES DE UTILIZAÇÃO PELOS PROFESSORES

As mudanças ocasionadas pela inserção das tecnologias na sociedade estão trazendo novas exigências ao sistema educacional atual, principalmente no que diz respeito ao corpo docente e seus gestores que precisam se adequar e promover junto ao PPP (Projeto Político Pedagógico) um (re)planejamento das aulas com propostas que motivem os alunos a aprender e os professores a modificarem sua metodologia de ensino a fim de que sejam alcançados os objetivos de sua implantação, quais sejam: criticidade, conhecimento, habilidades e autonomia.

Sobre o processo de inserção das tecnologias em instituições de nível fundamental e médio, Alonso e Almeida (2005, p.9) dizem que se trata de uma tarefa complexa, pois supõe a mobilização de todas as pessoas que “fazem a escola” a fim de criar circunstâncias que proporcionem o apoio e o compromisso mútuo para com um processo de mudança. Essa tarefa, segundo as autoras, não só limita ao âmbito estritamente pedagógico da sala de aula, mas se estende também à esfera administrativa.

Com base nesse pressuposto, consideramos que qualquer proposta de inovação educacional terá êxito somente se o gestor e os membros internos da escola estiverem efetivamente envolvidos nessa tarefa.

Referindo-se especificamente ao papel do gestor, Paro (2008) afirma que esse profissional precisa:

Ser um líder pedagógico que apóia o estabelecimento das prioridades, avaliando, participando nas elaborações de programas de ensino de desenvolvimento e capacitação de funcionários, incentivando a sua equipe a descobrir o que é necessário para dar um passo à frente, auxiliando os profissionais a melhor compreender a realidade educacional em que atuam, cooperando na solução de problemas pedagógicos, estimulando os

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