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O LÚDICO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

Por:   •  14/11/2018  •  2.853 Palavras (12 Páginas)  •  416 Visualizações

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Quando a criança começa a escrever ela tem a necessidade de compreender e trocar as imagens por símbolos. A medida que as crianças vão amadurecendo elas começam a entender e substituir os objetos ou imagens por outras coisas que os representam. Quando se faz brincadeiras com as crianças onde trocamos um objeto por outros, elas vão transformar a estrutura do objeto e esse vai se transformando em signo e com essa consciência de signo se desenvolve nas brincadeiras, vimos a extrema importância dos brinquedos, das cantigas e do mundo do faz de conta no processo de alfabetização.

A vontade de aprender leva a criança ao sucesso ou ao fracasso escolar, o jogo pode ser essencial para estimular a vontade de aprender que as crianças vão buscar na escola e que muitas vezes são esquecidas nas salas de aulas, consequentemente levando o aluno ao fracasso na aprendizagem. Muitas pesquisas têm demonstrado o valor do lúdico para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem. Esse aspecto afetivo que há no jogo ou na brincadeira deve ser aproveitado no momento da aprendizagem, pois estes elementos, como já esboçados anteriormente desenvolvem aspectos cognitivos da criança.

Conhecendo o valor educativo contido nos jogos e brincadeiras, o educador poderá alcançar um desenvolvimento globalizado, atingindo necessidades de seu aprendiz, de forma que este seja um sujeito ativo na construção de seu conhecimento, pois o encanto natural das crianças de todas as idades e realidades sociais pelo brincar, nos fez pensar na importância dos jogos e brincadeiras como parceiros do processo de ensino-aprendizagem.

As atividades lúdicas vêm sendo usado por muitos educadores, como uma forma de atividade educacional, na melhoria do ensino e aprendizagem, mas qual o real significado desta palavra que ainda hoje existe pessoas que não a conhecem. De acordo com Johan Huizinga (200, p.33), o jogo é:

“Uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da ‘vida quotidiana’

Assim entendemos que a criança entende o que lhe é ensinado conforme sua maturidade. O que ela traz de sua vida fora da escola vem de duas vivencias no meio em que está inserida e também das vivencias trazidas pelas pessoas que a cercam. O que ela aprende na escola vem de conhecimentos específicos que são apresentados aos poucos, conforme seu aprendizado vai evoluindo, com a ajuda de profissionais especializados, professores e outros profissionais do meio escolar. Segundo Vygotsky (1991, p.93):

A criança adquire consciência dos seus conceitos espontâneos relativamente tarde: a capacidade de defini-los por meio de palavras, de operar com eles à vontade, aparece muito tempo depois de tê-los adquirido. Ela possui o conceito (isto é, conhece o objeto ao qual se refere), mas não está consciente do seu próprio ato de pensamento. O desenvolvimento de um conceito cientifica, por outro lado, geralmente começa com sua definição verbal e com sua aplicação em operações não espontâneas – ao se operar com o próprio conceito, cuja existência na mente da criança tem início a um nível que só posteriormente será atingido pelos conceitos espontâneos.

Partindo das afirmações a cima, podemos pensar em uma metodologia nova, onde se pensa nas particularidades dos alunos e em suas necessidades para construir uma educação mais prazerosa.

Nesta nova maneira de pensar, o brinquedo tem um papel fundamental, pois é através deles que a educação acontece espontaneamente. A brincadeira é uma necessidade para as crianças, faz parte da continuação de um ciclo que se concluirá através da maturidade no ambiente escolar.

Além de se desenvolver a capacidade cognitiva, a ludicidade ajuda a criança a se conhecer melhor e a conhecer seus colegas, traz entrosamento, como nos explica Wajskop (2001 p.27):

A criança que brinca pode adentrar o mundo do trabalho pela via da representação e da experimentação, o espaço da instituição deve ser um espaço de vida e de interação e os materiais fornecido para as crianças podem ser uma das variáveis fundamentais que auxiliam a construir e apropriar-se do conhecimento universal.

Podemos aproveitar a vasta quantidade de atividades baseadas na ludicidade que tem um alto grau de aprendizagem, tornando os alunos críticos, hábeis, com raciocínio lógico. Para alfabetizar, por exemplo, ao invés de usar livros para ensinar a soletrar, usar uma música e tornar esse momento leve e prazeroso. A medida que as brincadeiras vão acontecendo e através da observação do professor ele vai conhecendo seus alunos e analisando as melhores formas de facilitar o conhecimento.

2.2 O JOGO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

A importância do lúdico na aprendizagem, segundo PIAGET, o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Ela precisa brincar para aprender, precisa do jogo como equilibrarão com mundo (BARROS). Para W.Winnicott (psicanalista inglês autor do livro (O BRINCAR E A REALIDADE). Para ele a criança que não brinca, será um adulto não participativo e não criativo culturalmente.

As atividades lúdicas correspondem um impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, pois o ser humano apresente uma tendência lúdica; O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo. Ele é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de uma forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo.

Segundo PIAGET (1967) “O JOGO não pode ser visto apenas como um divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. Através dele se processa a construção do conhecimento, principalmente nos períodos sensório- motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando a representação finalmente, a lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivo a como emocionais.

2.3 COMO UTILIZAR ESTA PRATICA

Saber como introduzir a ludicidade para melhorar o conhecimento é muito importante para o professor. Como esta é uma prática nova, muitas vezes assusta os professores, mas se analisarmos a facilidade

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