O DESAFIO NA INCLUSÃO ESCOLAR DA CRIANÇA COM
Por: Juliana2017 • 27/5/2018 • 2.750 Palavras (11 Páginas) • 449 Visualizações
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Deste modo esse artigo busca demonstrar o processo de inclusão da criança portadora de deficiência e o papel dos diversos agentes envolvidos nesse processo.
2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação envolvendo a escola inclusiva só poderia se tornar algo concreto com muitos melhoramentos no âmbito dos sistemas de ensino atuais, não pensar nesse tipo de mudança pode condenar a tentativa de inclusão a uma experiência que não é capaz de ofertar o aprendizado de forma consolidada e ainda oferece grandes obstáculos para a inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais.
Se não for feita de forma bastante sóbria a inclusão pode se tornar um processo segregatório, que cria uma divisão entre os conceitos de anormalidade e normalidade, tentado categorizar quais seriam as crianças a se encaixar no conceito de possuintes de “fortes razões” para não participarem da escola inclusiva. Apesar de ser obrigatória a matricula da criança com deficiência, a obrigatoriedade não tem se mostrado um dispositivo que promove a garantia ao acesso aos benefícios educacionais.
Essas observações evidenciam o qual conflituoso é o processo por de trás das tentativas da criação do ensino inclusivo, de modo que as crianças que passam por esse processo ainda não tem participação tão significante quanto se gostaria no quadro de atividades escolares.
Mesmo contando com avanços no que se diz respeito a teoria o desenvolvimento de inclusão ainda enfrenta muitos problemas, os professores atuam nos mais diversos espaços educativos vivenciando os processos de mudança social independente da interferência profissional. Muita das transformações ocorridas na parte educacional não tem a contribuição docente, que precisa acolher os discentes e acaba por inúmeras vezes arcando com o ônus das falhas desse processo de inclusão escolar sozinhos.
Por tanto é primordial que se ouça o professor e que ele tenha participação ativa na elaboração das estratégias para inclusão
Muitos profissionais acreditam que dependem de um preparo ou formação especifico e anterior para que possam atuar junto as crianças que necessitam de educação especial, porém Kupfer afirma que:
É preciso que se deixe de lado o mito de que os professores devem ser especializados para que venham a atender melhor as crianças com dificuldades especiais. Isso acaba por gerar uma "exclusão" do professor que nunca se vê capaz de exercer seu trabalho e impossibilitado de ocupar seu lugar de educador (Kupfer, 2000)
Desse modo fica claro que o trabalho do professor não deve ser norteado apenas pelo conhecimento restrito sobre os diversos tipos de deficiência, mas sim focar em obter estratégias para desempenhar seu trabalho em sala de aula inclinado ao respeito e aceitação das diferenças individuais.
Outro problema enfrentado por educadores em meio a esse processo é que os conselhos dados por profissionais com base teórica na maior parte das vezes não são eficientes, Bartalotti diz que os profissionais da saúde são encarado como verdadeiros invasores da sala de aula que não contribuem com a pratica pedagógica, diante disso uma alternativa valida é a avaliação de cada caso especifico de modo individual, seria essa a forma mais efetiva para solução de problemática que surgem no cotidiano.
2.1 Educação e educação especial, breve histórico.
A educação publica e gratuita no Brasil sempre desempenhou um papel de imensurável importância para o acesso geral a educação, isso não se faz diferente no contexto das crianças com deficiência, o conceito atual de escola publica tem haver com a concepção de entidade estatal que é mantida, concebida e organizada pelo Estado que abrange todos os ramos e graus do ensino, estudos apontam que historicamente o estado de São Paulo teve uma tentativa bastante avançada no que diz respeito a um sistema de educação orgânico, após a implementação de serviços de educação em formato de um sistema educacional que se dá através de uma forma de organização pedagógica e administrativa com a instalação de órgãos responsáveis pela manutenção do funcionamento deste sistema, esse modelo se deu em 1892 e 1896.
Depois durante o período da republica pode se notar um grande crescimento no analfabetismo, evasão e repetência, mesmo com esse novo modelo implementado, após um período onde a educação deixa de ser direto explicito na constituição por volta da década de 30 com o estado novo. Após esse período foi criado o Ministério da educação, porém ainda assim nas próximas décadas com a ascensão do ensino profissionalizante tanto alunos como professores ocupariam de certa forma um papel coadjuvante na educação.
Nas décadas de 70 e 80 movimentos começaram a se manifestar contra essa forma antipedagógica de ensino, com destaque para a participação nestes movimentos da concepção libertadora criada e divulgada por Paulo Freire centrada no saber e na autonomia, na década de 90 se tem algumas mudanças significativas e se passa a valorizar a importância do aprender, através das ideias do neoescolanovismo quando o professor começa a ajudar o aluno dentro de seu processo de aprendizagem, inclusive constando nos novos parâmetros curriculares educacionais (PCNs) que melhoram as perspectivas da educação;
O início da educação das pessoas com deficiência foi na Europa, por volta do final do século XVIII, com uma abordagem médico-educacional, quando se passa a contatar que a falta de convívio social agrava a situação dos portadores de deficiências, em meados do século XIX se tinha noção da deficiência como uma anomalia que deveria ser sanadas, nessa época a concepção era de habilitação e recuperação das pessoas “doentes”, vigorando ainda a forma excludente de tratamento, no Brasil o movimento seguia os mesmos passos de tratamento, tendo como marco o tratamento e educação a principio de deficiências como cegueira e surdez.
Ao fim do período marcado por guerras que deixaram uma grande fatia da população mundial de certa forma deficiente, pode se notar um crescimento nos esforços para recuperação dessas pessoas o que acaba resultando algumas movimentações em âmbito legislativo e educacional em todo o mundo com incentivo maior ainda após o surgimento dos direitos humanos.
No Brasil dos anos 50 pode se notar a implantação de um numero significativo das chamadas classes especiais principalmente nas escolas publicas, nesse período que abrange os anos 50 e 60 a educação de crianças
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