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A GESTÃO ESCOLAR E O DESAFIO DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO

Por:   •  13/3/2018  •  4.146 Palavras (17 Páginas)  •  527 Visualizações

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➢ Examinar as condições do ambiente escolar para receber as mesmas.

➢ Analisar as formações dos educadores na preparação para a educação dessas crianças.

3 JUSTIFICATIVA

O tema autismo nos remete a grandes indagações, pois o autista ainda é tido como uma criança que não sorri e que não olha pra você quando se conversa com ela. Com tudo, estudos apontam que o autismo é caracterizado pela incapacidade de estabelecer contato visual e afetivo com outra pessoa.

Como professora da escola, senti a necessidade de estudar este assunto para compreender as barreiras encontradas tanto pelo aluno autista, quanto pela escola em conseguir recebê-la, bem como apresentar sugestões de superações de ambas.

Algumas escolas vêm recebendo essas crianças para incluí-la nas atividades escolares sem ter uma estrutura necessária como espaço maior e jogos apropriados. E os professores não estão preparados para dar uma atenção maior a elas, pois não têm o curso qualificado para trabalhar com crianças especiais.

Por esse motivo consideramos interessante pesquisar esse tema “A gestão escolar e o desafio de inclusão de crianças com autismo”, porque é uma deficiência pouco conhecida e que deve ter um olhar mais carinhoso para que essa população não fique mais distante e passe a se envolver com o restante da sociedade.

4 REFERENCIAL TEÓRICO

Os Transtornos do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por uma desordem do desenvolvimento do cérebro, que pode ocorrer antes, durante ou após o nascimento. O que o caracteriza é a dificuldade de comunicação social e comportamentos repetitivos. Em 1943, Leo Kanner descreveu, pela primeira vez, 11 casos que denominou distúrbios autísticos do contato afetivo, onde logo observou uma “incapacidade de relacionar-se” de formas usuais com as pessoas desde o início da vida e também observou respostas incomuns ao ambiente (Kanner, 1943).

Segundo o Manual de Saúde Mental – DSM-5[4] que é um guia de classificação diagnóstica, diz que.

Todos os distúrbios do autismo, incluindo o transtorno autista, transtorno desintregativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Sindrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado Transtorno do Espectro Autista – TEA

O autismo, também conhecido como deficiência autística, apresenta vários tipos, como: autismo da infância, autismo infantil e autismo infantil precoce, também conhecido como transtornos invasivos do desenvolvimento (TID). Nessa condição, existe um marcado e permanente prejuízo na interação social, alterações da comunicação e padrões limitados de comportamentos e interesses e esse transtorno é uma condição permanente, ou seja, a criança crescerá e se tornará um adulto com autismo.

Para dar um diagnóstico desse transtorno requer alguns critérios comportamentais, dentre eles estão os distúrbios na interação social, comunicação e padrões restritos de comportamento e interesses. E existem quatro critérios de definição no grupo “Prejuízo qualitativo nas interações sociais”, incluindo (i) prejuízo marcado no uso de formas não-verbais de comunicação e interação social (ii) não desenvolvimento de relacionamentos com colegas (iii) ausência de comportamentos que indiquem compartilhamento de experiências e de comunicação (iv) falta de reciprocidade social ou emocional. (Kanner, 1943).

Neste artigo iremos tratar especificamente sobre o autismo que é um distúrbio crônico e que se deve ter um cuidado e atenção cautelosa, pois se pode tornar agressivo, com tudo se houver e manter uma rotina vive-se bem e se for orientado de forma correta apresentará um bom desempenho e se desenvolverá em alguma determinada área mesmo apresentando problemas de comunicação. Sobre o autismo confirma Ritvo e Feedman (1978), o autismo não tem uma frequência maior quanto à condição sócio – cultural, de raça e etnia.

Sabe-se que existem muitas crianças com TEA, assim ser necessário incluí-las em escolas privadas ou públicas, respeitando suas limitações, no entanto, mesmo nos encontrando no século XXI, há muitas barreiras para serem enfrentadas por esses autistas e pelo meio que tenta englobá-las num contexto social e moderno de hoje.

A maioria das pessoas autistas é boa em aprender visualmente, ou seja, tudo que lhe for mostrado e de preferência concreto o ajudará bastante em seu desenvolvimento. A pesar de viverem em seu mundo elas são muito atentas aos detalhes que há ao seu redor e em alguns casos elas demonstram lealdade e possuem uma memória bem elevada.

E para incluir essas crianças em escolas comuns os professores precisam ter uma preparação para melhor compreende-las e a escola uma estrutura acessível e agradável. Utilizar de materiais visuais e concretos facilitará um desenvolvimento e se as aulas forem muito extensas ela não vai ter nenhum tipo de interesse.

Para garantir essa inclusão foram implantadas várias leis que pudessem garantir uma assistência a essas crianças com qualidade igualmente a dos demais, e para isso temos documentos como a Declaração Mundial de Educação para todos, de 1990, e a Declaração de Salamanca, de 1994 que são uns dos documentos contendo leis para garantir o acesso de todos à educação.

A Lei de Diretrizes e Bases em 1996 no que se refere sobre o autismo, informa que terão atendimento educacional especializado com direito a qualquer tipo de serviço institucional por meios de redes públicas ou privadas. Mas isso por meio da Resolução n.2/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, onde temos um avanço quanto à percepção na educação brasileira (PEREIRA, 2008)

No entanto com a recomendação de que os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, e cabendo às escolas organizar-se para dar o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, assegurando todas as condições necessárias para dar uma educação de qualidade para todos. Porém a realidade desse processo de inclusão é bem diferente quando analisadas e comparada com o que se propõe na legislação notamos que requer muitas discussões sobre este tema. (PEREIRA, 2008)

Dessa forma é de fundamental importância garantir os direitos educacionais dessas crianças com autismo para adquiri conhecimentos de forma prazerosa e de qualidade. E o professor, junto com o grupo gestor deverá

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