Licenciatura em Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas
Por: eduardamaia17 • 3/1/2018 • 1.268 Palavras (6 Páginas) • 482 Visualizações
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Existe uma constante luta, no âmbito das escolas regulares, que compreende a capacitação do corpo docente, a eliminação de barreiras arquitetônicas, e principalmente o contínuo desenvolvimento e aplicação prática de métodos de ensino que valorizem a diversidade dos alunos portadores de necessidades educativas especiais e minimizem as diferenças provocadas pelas necessidades especiais.
Contudo, é importante constatar que a inclusão no Brasil vai além do âmbito escolar, pois também deve enfrentar o desafio de abrir novas portas para minimizar as diferenças entre as pessoas.
Pode-se afirmar que a escola é reconhecidamente o espaço que mais promove o convívio social de crianças e adolescentes, principalmente levando-se em conta o isolamento promovido pelas tecnologias modernas.
Historicamente e mais expressivamente a partir da obrigatoriedade do ensino para todos – a escola assumiu o papel de principal (e muitas vezes de primeiro) espaço para inclusão. É nela que os jovens têm a oportunidade de experimentar a convivência com uma diversidade, que na comunidade, é apenas observada por elas.
É nesse momento que o corpo escolar deve assumir o seu papel de agente integrador, responsabilizando-se pela educação desses jovens, com objetivo de erradicar a discriminação e o preconceito, ao passo que acultura o alunado para o respeito à diversidade, consolidando a escola como um dos principais agentes da inclusão e pilar da construção de uma sociedade mais justa e solidária.
Historicamente a educação especial foi pautada no modelo segregado configurou-se como um sistema paralelo de ensino, restrito ao atendimento para atuar como suporte à escola regular no recebimento do alunado portador de necessidades educativas especiais.
A institucionalização da educação especial em nosso país se deu nos anos 70, onde o sistema educacional público preocupou-se em garantir o acesso à escola aos portadores de deficiências.
Foi possível observar que na década de 80 o modelo segregado de educação especial passou a ser questionado, desencadeando a busca por alternativas pedagógicas para inserção de todos os alunos, sendo instituído neste período, no âmbito das políticas educacionais, a integração.
Destaca-se que o modelo integrador, ainda é o mais prevalente em nossos sistemas escolares, tem como premissa preparar o aluno advindo das classes e escolas especiais para ser integrado em classes regulares recebendo, na medida de suas necessidades, atendimento paralelo em salas de recursos e outras formas de atendimento especializado, mais adaptados às necessidades individuais.
Na evolução do pensamento da escola como principal frente de acesso cultural percebeu-se que a escola precisa dar conta tanto do acesso à cultura como de se constituir em espaço de convivência social que favoreça e estimule a formação da cidadania e, para isto, a escola deve ser um espaço que estimule as ideias.
Neste aspecto a educação inclusiva surge como uma concepção teórica que favorece o estímulo à diversidade no âmbito das escolas, pois a escola é o meio mais capaz de combater as atitudes discriminatórias, tendo como foco a construção de uma sociedade inclusiva e propiciando a educação para todos.
Destaca-se que o conceito de escola inclusiva implica em uma nova postura da escola que deve propor no projeto político-pedagógico, no currículo, na metodologia, na avaliação e nas estratégias de ensino, ações que favoreçam a inclusão social e práticas educativas capazes de atender a todos os alunos. Pois, numa escola inclusiva a diversidade é valorizada em detrimento da homogeneidade.
CONCLUSÃO
A educação inclusiva representa a ruptura com o modelo segregado e representa o amadurecimento do pensamento humano que, ao longo da história, foi omisso à discriminação e o preconceito às pessoas entendidas portadores de necessidades especiais ou simplesmente consideradas “diferentes” por uma classe majoritária.
É possível afirmar que o conceito de educação inclusiva, deve estar presente em todos os agentes da sociedade indo além do ambiente escolar, pois só assim portadores de necessidades especiais, negros, homossexuais e outros serão vistos de forma cada vez mais respeitada e que juntos escola e sociedade possam alcançar cada vez mais o respeito à diversidade em detrimento a homogeneidade, garantindo assim uma sociedade mais justa e igualitária.
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REFERÊNCIAS
MORGAN, Gareth. Imagens da organização: São Paulo: 1996. Disponível em: http://institutosiegen.com.br/documentos/imagens_organizacao_resumo.pdf. Acesso em 02 de maio . 2015.
DECLARAÇÃO de Salamanca. Sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educacionais especiais, 1994. Disponível em: http://pt.wikisource.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_de_Salamanca. Acesso em 02 mai. 2015.
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